segunda-feira, 8 de junho de 2015
O CALOTEIRO DA ASPRELA E AS APALPADEIRAS/OS
O caloteiro da Asprela que foi posto há mais tempo do que o desejável a presidir ao Conselho de Administração do Hospital de São João e que deve 25.000€€ sem juros a este Sindicato que não gosta de o ver naquelas funções porque tirando-lhe o aspecto afantochado da coisa, onde é relativamente bom, dá-se mal, quando a coisa é séria. E não é o caso da nossa dívida, o mais importante.
Para mostrar serviço contratou uma empresa tipo Gama, para apalpar os... aos homens e as... às mulheres, à saída do serviço. Não se riem porque a coisa é séria.
Ao certo sabemos, como justificação do contrato:
1 - Foi apanhado um Enfermeiro com um frasco de betadine, no valor inflacionado de 10€€.
Processo disciplinar feito pelo paquete, tudo junto, sem contar com as assinaturas dos decisores iluminados pelo clarão Ferreira, a estrela do Norte, em Administração hospitalar, custou uns milhares de euros ao erário público, só minimizados com os descontos de um mês de suspensão, que a I.U. que lavrou o processo (não Enfermeira) sugeriu e o astro aceitou.
2 - Lançada a revista foram apanhados 2 Médicos; 1 levava estupefacientes, ao que dizem, para uso próprio, o 2 levava instrumental cirúrgica de grande valor, mas para a sua clínica.
Agora prestem atenção ao Ferreira Justiceiro da Asprela e à sua salomónica decisão.
Pegou no auto-de-notícia lavrado pelo apalpador de serviço e objectos aprisionados e, perante os intervenientes em matéria furtada e implicações disciplinares exarou justa sentença:
1 - Se fizer mais autos-de-notícia a Médicos, por furtos, suspendo de imediato os seus serviços, não obstante...
Ao jurista, de caneta afiada, para lavrar a nota de culpa, natural e automática, sem direito a inquérito, dado o flagrante delito, e avisou-o, solenemente, do alto da sua estatura pequena: se precisa do emprego, nem uma palavra sobre este caso deve sair desta sala, onde o assunto vai ser encerrado e enterrado.
Aos Médicos apalpados, com êxito, pediu desculpa, pelo incómodo, pois aquele serviço do apalpanço foi ali montado, para caçar Enfermeiros e Assistente e não Médicos.
Esta cena foi-me contada pelos ouvidos das paredes, minhas amigas e conhecedoras, pelo apreço que me reconhecem, por cenas deste elevado nível de desfaçatez, do tempo em que fiz parte do CA do HSJ, que este espécimen raro substituiu e, pelos vistos muito mal, para o meu gosto.
Podiam institucionalizar o lóbi ou bando imune e impune, como há em certos países, para darem vivas ao 25 de Abril, em Portugal, por mais essa liberdade.
Assim, não!
Claro está que este é um assunto para colocar às autoridades, mormente à IGAS, pois os ouvidos das paredes, que me puseram, sobolho, esta cena e os seus pressupostos contornos, sabem que, em mim, produz o mesmo efeito que a manteiga em focinho de cão; derrete e espalha-se imediatamente.
Com amizade,
José Azevedo
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