quinta-feira, 11 de junho de 2015

CESARIANAS: COMÉRCIO OU VIOLÊNCIA ?



Ontem dia da Raça, que habita esta "Ditosa Pátria Minha Amada", a SIC ofereceu-nos um comentário sobre as cesarianas e os partos naturais, timidamente referidos. Pois se o tema é as cesarianas, é à volta delas que temos de gravitar.

Põe-se neste tema o mesmo dilema dos medicamentos: genéricos ou de marca.
Se o problema está mal equacionado, não pode ter uma solução.
Devia pôr a equação medicamentos: sim ou não?
Com as cesarianas o dilema é o mesmo: cesarianas sim ou não?
É evidente que a cesariana é ao mesmo tempo um comércio e uma violência da natureza.
Mas esconde a forma como  como o negócio é feito:
1 - no hospital público só paga ao Médico/a, o resto é por conta do hospital;
2 - no hospital privado é mais caro, porque tem de pagar as despesas da tabela.

Mas o que esconde está estratégia é o crime que as administrações dos CSP estão a cometer não abastecendo os Centros de Saúde de Parteiras, que seguissem as grávidas e tudo o que com elas se relaciona.
Empurram as mulheres para os consultórios dos ginecobstetras, onde as cesarianas são negociadas, porque uma cesariana só pode ser feita pelo Médico, com mais um de reserva (são as regras do negócio, consentido, pela vaca sagrada).
Um parto seguido por uma parteira sem oxitocina a acelerar, demora várias horas.
A segunda violência é sobre a natureza da mãe e do filho que perdem uma das mais naturais formas de prevenção de doenças no primeiro semestre de vida.
Bem gostávamos de ver as parteiras a lutarem mais pelo seu papel e estatuto, na gravidez e no parto, escorraçando, como cães vadios, quem as arredasse do seu nobre papel de parteira.
O Médico só devia ser chamado, quando algo falhasse e a parteira não se sentisse capaz de resolver o parto, com a mãe, simplesmente, e precisasse de ajuda.
Portanto o problemas das cesarianas começa e acaba na organização dos serviços ginecoobstetrícia e na assistência dos CSP.
Lembro a escaramuça que tivemos com a SRNOM, sendo Miguel Leão o semi-bastonário, por causa de uma experiência que a actual Enfermeira Directora ensaiou para tirar uns estudos pós-graduados.
Os ataques da OM foram tantos e tais que experiência abortou.
Soubemos, mais tarde, que até inventaram uma morte de mãe, para completar o cenário de abortar a experiência que tinha a ver com o acompanhamento da parteira da grávida, no CS e, da parturiente, no hospital da ULSM,
Mentirosos.
Frouxos
Mentirosos os que inventaram a patranha que estava prejudicar as ginecobstetras da área. Ouvimo-las, nos seus lamentos:
Frouxos os Enfermeiros que desistem de defender o seu estatuto, covardemente.
E quem sofre com esta ignóbil estratégia é a grávida, que devia escolher livremente com o filho a hora e o método do parto, tal como o reino animal o definiu, para todas as mães.
E a parteira, aos pés da cama, escutando o diálogo entre mãe e filho, devia assistir a esse diálogo único, irrepetível, entre a mãe, parturiente e o filho nascituro, aos pés da cama fingindo-se distante, mas muito atenta aos dois.

Portanto as cesarianas são comércio desonesto e violência criminosa contra a natureza, que é muito mais sábia do que todos os que a violam.

Com amizade,
José Azevedo

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