segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A IMPERATRIZ Dª CATARINA - A PEQUENA E OS PENSIONISTAS




Enquanto Costa está a treinar a forma de "surfar", para cavalgar as ondas, que crescem, à sua volta, a Dª Catarina, já tem uma solução, para a viabilização de acordo de tacho.
Os primeiros beneficiários do contrato de assistência, que celebrou com a proprietária das minas de Santa Bárbara a receberem as primeiras pepitas de ouro, vão ser os reformados, com as possibilidades todas de as transformarem, em euros, no banco de Portugal.
Com este tiro, para o ar, Dª Catarina Imperatriz mata vários coelhos, mas os mais chumbados são dois:
1 - As pensões degradadas pela malvadez dos acordos com a famigerada troika (o careca, o etíope e o mudo), vão ser regeneradas com juros e pedido de desculpa, aos pobres pensionistas, sobretudo os das pensões mínimas, que nunca fizeram descontos;

2 - Parte dessas pensões vão servir para esconder o desemprego, pois os pais pensionistas não vão ter coragem de não alimentarem filhos, no desemprego, e netos, na penúria. Lá dizia o "americano" que isto de ter os filhos junto dos pais, até tarde, é próprio dos países subdesenvolvidos...

3 - Enquanto Costa se agarra à prancha, entre as ondas, para tentar não se afogar, nesse seu novo desporto do surf, Dª Catarina subtrai-lhe o argumento dos pobres e desprotegidos, que é um chavão convincente, com que os praticantes do "politicamente correcto", sobretudo de esquerda, enchem os seus pensamentos nobres, mas que nunca deixam os pobres deixar de serem pobres, para não esgotarem o argumento e as boas intenções dos politicamente correctos. Fazem lembrar os familiares que não têm Médico de Família e que aumentam na proporção directa das contratações de Médicos para o SNS: quantos mais Médicos o Ministro contrata mais sem Médico de família há. Até parece que duplicam os ficheiros.

Se esta Dª Catarina não tivesse deixado o teatro, para ajudar a transformar a política num drama, como diriam os criadores da tragédia grega, onde ela foi tirar o modelo, de saltar do coro para a plateia e, daí, começar a dialogar com o coro, como personagem principal da "trama", ou "drama", em grego; alguém teria de inventar um personagem parecido.
Esta faz parte do grupo dos que são eficazes, antes de serem eficientes.

Que os ature quem tiver paciência.

José Azevedo

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