sexta-feira, 8 de abril de 2016

A FÚRIA DAS CIRURGIAS


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A fúria cirúrgica não é fenómeno actual, vem de longe.
A enfermaria 5 do Velho Hospital de Santo António dedicava-se à cirurgia.
Albino Aroso e Ferreira de Abreu. Este foi o melhor cirurgião da cidade do Porto, que passou silencioso, pela vida. O seu lema era ajudar os pobres sem lhes levar dinheiro.
Quando via muita gente no seu consultório fugia, porque muitas vezes os medicamentos que receitava mandava pô-los na sua conta, que não pagava. atingia o cúmulo de não ter dinheiro para beber uma cerveja, quando chefia a equipa de urgência da Medicina Operatória.
O povo de Valongo chamava-lhe  o segundo Pai Américo.
Porque vendia de graça aquelas mãos de cirurgião excelente, o seu nome nunca apareceu nos jornais, nem nas entrevistas, apesar de ser o maior e melhor. Acabou na cirurgia pediátrica.
Pois estes 2 vultos da cirurgia tinham fama de operarem tudo que mexia. Contam que um dia o vidraceiro foi substituir o vidro na enfermaria 5 e acordou na cama operado ao estômago.
Dado que os volumes de cirurgias condicionam o financiamento, estou à espera de ver a disputa, entre hospitais.
Quem teve a ideia é idealista.
Aqui fica o meu aviso: para que não vos aconteça o mesmo que ao vidraceiro tende cuidado quando passardes por perto de um cirurgião, pois podeis, como ele, acordar numa cama hospitalar operados e sem qualquer pedaço de carne.
Com amizade,
José Azevedo

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