HOJE, 22 DE ABRIL DO ANO 2016 ASSISTI E GRAVEI O PROGRAMA DA RDP ANTENA 1- DITO "BOCA-ABERTA" E QUANDO COMECEI A OUVIR OS MÉDICOS A FALAR EM 1200€, PARA IREM TRABALHAR NO INTERIOR DO PAÍS, COMO QUE A FAZEREM POUCO DOS ENFERMEIROS, QUE AINDA É ESSE O SEU VENCIMENTO DE MUITOS, COM 15 E MAIS ANOS DE SERVIÇO, NO ESTADO, DE BOCA-ABERTA FIQUEI EU E FUI BUSCAR A TABELA SEM SUPLEMENTOS, QUE TÊM DESDE 2009 (podem confrontar com o ACT publicado em Boletim do Trabalho e Emprego - BTE-).
Como podem ler; começam por 2.746.24€ (para o jovem assistente que acaba o internato, também pago, ainda) e podem progredir até aos 5.063.38€ (para o velho graduado), Bem longe, portanto, dos 1200€ mensais, para trabalhar no interior profundo do país. Não se preocupem: eu gravei estas mentirolas, em que muitos, infelizmente, acreditam.
Manuel Pizarro, Camarário, hoje, quando tivemos a infelicidade de o ter como Secretário de Estado e da Saúde, disse, numa reunião alargada a todas as representações profissionais; « há Médicos em Centros de Saúde do interior a ganharem 28 mil euros por mês...».
Não resisti à tentação de lhe dizer que, uma vez sabedor deste fenómeno, que se confirmou, em Alijó, por exemplo, e não só, sendo responsável do Governo, se houvesse justiça, em Portugal, devia estar preso, por ocultar esta enormidade.
Para não jurar falso, fui ver o "REGULAMENTO DEONTOLÓGICO MÉDICO" publicado em DR 2ª série - nº77 de 20 de Abril de 2016, página 12603 Aviso nº 5128/2016. Há dois dias, portanto.
Não encontrei nada, relativo a dinheiro e horários, porque o Regulamento de Deontologia Médica é para profissionais liberais e quant às coisas do Estado, podem mentir descaradamente. É o caso.
Depois, armam em coitadinhos, por estarem 24 horas de urgência, muitas delas a dormir, fazendo do Hospital casa, cujas horas entram na conta das horas trabalhadas, ditas 24.
Quem é o monstro administrador, que impede os Médicos de fazerem turnos de 8 horas, como qualquer funcionário, que é o que são, e não profissionais liberais, ao serviço do Estado?!.
Estão a dizer-me, aqui, ao lado, que é por interesse médico e não do serviço, pois esse só sai prejudicado com esse horário.
Será que a Comissão do Pacto já pensou mexer nisto, para os patos verem, como é?
Uma vergonha, para pessoas de bem, o que disseram, em nome duma Classe prestigiada, que joga desta maneira, à rua, o conceito de idoneidade moral, que os incautos têm, na Classe, que se transforma, assim, em desavergonhada, brincando com a desgraça dos outros, mormente dos Enfermeiros.
Quem é que recebe 85% da remuneração total do Ministério da Saúde?
A Classe Médica, obviamente. A fonte é do próprio MS.
Quanto recebem todos os restantes, onde se incluem os Enfermeiros: 15%, sendo certo que os Enfermeiros constituem um terço do total dos funcionários do Ministério da Saúde.
À medida que a Classe Médica foi tomando conta do poder foram encontrando administradores e Ministros, tipo Correia de Campos, que iam diminuindo aos rendimentos do trabalho Enfermeiro.
Mentirosos,
Desavergonhados. (Que dirá a tudo isto o doutorando Alexandre de jeitinho ensaiado?)
E para terminar, por que não os obrigam a optar pelo interior, onde pouca falta fazem, aliás, pois para fazerem a triagem dos doentes, para os hospitais mais próximos, estão lá os Enfermeiros, que também têm os mesmos problemas da interioridade.
Ou ainda não perceberam todos incluindo os responsáveis mais directos que, quantos mais Médicos meterem nos CS, mais entopem os hospitais?
Se não sabem ler as estatíticas, peçam para ir aos locais e verem directamente...
Mas permitem a promiscuidade médica das grandes cidades, que podiamos especificar, porque são governos e governantes froixos que usam a figura do ciclista (pontapeiam para baixo e vergam-se, servilmente, para cima.).
Seria para criar estas elites que se fez o 25 de Abril, em 1974?
Tenham a hombridade de se mirarem no espelho, para depois, especularem sobre a figura que fazem...
Custa tanto não ser suficientemente estúpido, para não perceber estas manobras ignobeis, dos grupos instalados?!
Com esperança em dias mais justos e limpos,
José Azevedo
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