A FENSE (SE e SIPE), dois dos Sindicatos mais antigos da Enfermagem, decretou uma greve de zelo, com inicio em 10 de Maio e, por tempo indeterminado.
A displicência com que o Ministério da Saúde, em 1º lugar e, todos os outros, depois, tratam os Enfermeiros Associados destes Sindicatos é merecedora de séria reflexão, quanto ao entendimento que estes governantes têm do exercício dos direitos laborais e sindicais.
1- O Sr. Ministro da Saúde começou por pôr entre parêntesis a legalidade da greve, que não contestou junto da entidade competente; o Tribunal Arbitral;
2 - Serviu-se doutra estrutura sindical paralela para demonstrar, através dela, o que pensa dos Enfermeiros.
Aproxima-se o dia 3 de Julho, onde as Enfermeiras Parteiras vão deixar de ser abusadas e roubadas e, sabendo que têm todo o nosso apoio e algum da estrutura sindical paralela, como foi garantido em 13 de Junho corrente, em Coimbra, pelo seu Presidente, a paralização aproxima-se.
Há uma evidência e uma carência:
- É evidente a falta de respeito pelos Enfermeiros e suas organizações sindicais; não só estas duas como a paralela, que está a usar de forma pouco ética.
- É preciso que os Enfermeiros ensinem os governantes, estes e outros, a respeitá-los. Isto só se consegue com uma mudança de atitude e comportamento, perante as situações concretas, aprendendo a usar o NÃO.
A greve de zelo é um bom exemplo e ajuda, para, quando as Enfermeiras especialitas em obstetrícia, deixarem de fazer serviço especializado e as outras especialistas as não puderem substituir, porque estão em greve de zelo e nem podem correr, porque ver correr estimula, na parturiente, a secreção exagerada de adrenalina, que inibe, por sua vez, a secreção da oxitociana, essencial, no parto; nem podem sair de junto da sua parturiente, como determinam as normas da greve de zelo.
Não são eles que estão errados ao mostrarem aquilo, que pensam de nós e do que são capazes; somos nós que o temos tolerado;
Não são eles que têm de se corrigir, somos nós que temos de lhes exigir comportamentos democráticos e civilizados, usando a força que temos.
Estão habituados a não nos levarem a sério, porque os
desmancha-prazeres, só estragam!
P'la FENSE
José Azevedo e Fernando Correia
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