NB:
Parece o Pai Natal, mas é o retrato de Marx, um fenómeno da era moderna de quem se diz o que ele nem pensou nem fez, mas que os seus humildes servidores, que o autor do texto do "Diabo" classifica de Idiotas Úteis (I.U). Não se esgota aqui a idiotice, pois são detetados I.U. noutras muitas e variadas áreas.
Althusser foi um dos relançadores dos ditos rascunhos de Marx, esta duvidoso de si para consigo e teria escrito a epistemologia do Socialismo à Marx, pois segundo Althusser, só o "socialismo marxista" é científico, porque os outros são todos utópicos, se num acesso de fúria não tivesse estrangulado a esposa, como estrangulou, o que o levou a internamento “ad æternum”, num manicómio, como doente mental, alternativa, à prisão, como estrangulador, de tão ilustre marxólogo académico.
Gramsci teve menos sorte; morreu tuberculoso e abandonado, sem direito a tratamento, numa prisão, em 1937.
A sua obra mais famosa é "Cadernos do Cárcere".
Percebe-se, através da temperatura da água do banho vertida pela visão de Gramsci (1891 - 1937) e Althusser (1918 - 1990), por que, após o 25 de Abril de 1974, os marxistas Enfermeiros, vestidos de MDP/CDE/PCP é, pelo célebre Dr. Galhordas, cirurgião dos Hospitais Civis, posto em evidência por Maria de Lurdes Pintassilgo - Primeira Ministra -, assaltaram o ensino de Enfermagem nas longas e acaloradas assembleias de dias inteiros, nas instalações do Instituto (INSA) de Ricardo Jorge, onde estava sediado o Departamento de Ensino de Enfermagem (DEE), que administrava o setor, a nível nacional.
Os opositores ao assalto foram: Luis Gamboa (Escola Ângelo da Fonseca, em Coimbra), José Pacheco (Escola de Reabilitação do Alcoitão) e José Azevedo (Sindicato dos Enfermeiros).
Não obstante, os assaltos deram-se, uns com sucesso, outros nem tanto, como foi o assalto falhado da Silva Lopes à escola de São João.
Escolas houve, que foram ocupadas, pacificamente, com o banho que os diretores sofreram de marxismo, à MDP/CDE/PCÉ, a autodenominada área intelectual do PCP.
A propósito, dizia Jaime Durate, que foi a Presidente do CA do Hospital de São João:
« Filiei-me no MDP/CDE que é um partido para intelectuais»!
Ao que o Prof. Correia dos Santos, ilustre cardiologista, com a serenidade que lhe é reconhecida, retorquiu: «Ó Jaime, se o MDP/CDE é para intelectuais, que estás lá a fazer?» (gargalhada geral).
Somente quem conhece Correia dos Santos pode saborear, integralmente, a serena beleza deste reparo magistral.
Do assalto às Direções das Escolas de Enfermagem, passaram ao assalto às Direções de Enfermagem dos Hospitais. grandes e pequenos, estes nacionalizados por Vasco Gonçalves, em 1975, com exceção do de Marco de Canavezes.
Estes ditos I.U. da Enfermagem, Classe que, por natureza, é totalmente incompatível com o socialismo dito marxista, mas que é, "gramsciano", primeiro e "althusseriano" depois, estão na base das causas de muitas coisas que estão a acontecer com a Enfermagem e que iremos esclarecendo, aos nascituros, pós-assalto!
Estou a tentar imaginar o que diria Marx acerca do que dizem dele.
Provavelmente diria:
« Eu não disse nada disso, pois que até fechei parte dos meus delírios para não serem vistos por ninguém. Estes dois caluniadores é que estão a inventar coisas que; não pensei, não disse, nem escrevi, por isso tirem o meu nome dessa coisa, a que chamam socialismo marxista»!
Feliz e próspero ano novo - o das vitórias!
(José Azevedo)
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O Personalismo de Emmanuel Mounier
FILOSOFIA
Personalismo foi a alternativa de Emmanuel Mounier entre o marxismo e o espiritualismo para enfrentar a crise e o individualismo.
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O que foi o Personalismo?
O Personalismo, como movimento intelectual e filosófico, surgiu no contexto histórico pós-crise econômica de 1929 e da ascensão do Nazismo em 1933.
Se o marxismo respondia à crise com a necessidade de mudar as estruturas capitalistas, com a abolição da propriedade privada e com a instituição do Comunismo – a crise era de raiz econômica, portanto –, o espiritualismorespondia à crise com a necessidade de transformar o humano, como forma de transformar a sociedade – a crise era, para os espiritualistas, uma crise de valores.
Esses dois eventos da década de 30 – e também as ditaduras fascistas, Frente Popular, Guerra Civil Espanhola e início da Segunda Guerra Mundial – denunciavam a existência de uma crise mais profunda: o aniquilamento da pessoa humana. Emmanuel Mounier, por essa razão, apontou que a saída da crise deveria ser, a um só tempo, uma revolução econômica e moral (III, 1990, p. 199).
O “Personalismo”, a alternativa apontada por Mounier e desenvolvida em torno da revista Esprit,cuja primeira edição data de 1932, surgiu como uma “atitude civilizadora”, não como ideologia ou como sistema filosófico. Por isso, apresentava métodos de ação para operar as transformações no mundo em um contexto político e social marcado pelo pessimismo. Na revista Esprit, os autores que contribuíam tinham um livre espaço para manifestar seus posicionamentos políticos, como a posição em favor dos republicanos espanhóis e o apoio à liberdade argelina.
No entanto, o próprio Mounier afirmava que o Personalismo era mais do que uma “simples atitude”, era uma filosofia, mesmo que não tivesse um caráter sistemático, como a filosofia hegeliana, por exemplo. Central no pensamento personalista é a noção de “pessoa”, sua liberdade e responsabilidade, seu direito à não objetificação e à inviolabilidade. Também se trata de uma pessoa inserida no mundo – e, por isso, na relação com o “outro” – e na história. Afinado com a preocupação com o comunitário, o Personalismo posiciona-se contra o capitalismo, considerando-o uma subversão da ordem econômica, mas também contra aquilo que se referem como “coletivismo marxista”, que seria a negação da “pessoa”.
“O personalismo e a revolução do século XX”, de Emmanuel Mounier
Para Mounier, em seu ensaio “O personalismo e a revolução do século XX”, o Personalismo deveria desenvolver-se a partir das seguintes “linhas de ação”:
1) Deveria ter independência em relação aos partidos políticos, mas sem assumir uma posição anárquica ou apolítica. Era preciso avaliar as perspectivas e, em caso de ações coletivas que permitissem ao indivíduo determinar sua própria ação, fazer parte do coletivo deveria ser preferível ao isolamento;
2) As atividades e os meios de realização deveriam ser delimitados de forma rigorosa. Apenas afirmar os valores não tem uma força absurda ou mágica;
3) Coerente com a busca por uma perspectiva ampla, afirmada no tópico 1, em cada questão é preciso diferenciar os “dados vis” dos “dados nobres”;
4) Deve-se buscar a liberdade, até mesmo a liberdade em relação aos nossos próprios pensamentos que se mostrem equivocados durante a investigação. Por isso, é preciso libertar-se de doutrinas que guiam a nossa visão, mesmo que isso signifique ter que assumir uma posição diferente da que se tinha assumido até então para permanecer fiel ao próprio espírito;
5) A revolução não leva automaticamente a uma solução da crise. O que solucionaria a crise seria uma completa revisão dos valores, modificação das estrutras da sociedade e renovação das classes dirigentes.
O ser humano entendido como “pessoa”
Para Mounier, entender o ser humano como “pessoa” é entender o “valor absoluto” do humano, ou seja, como finalidade da organização política. Por estar inserida no mundo, a pessoa sofre as ações dos outros e age transformando aquilo que está à sua volta e, por consequência, transformando a si mesma. Considerar a pessoa como um “valor absoluto” significa, para o autor*:
1. Que uma pessoa não pode ser objetificada, ou seja, usada como meio por um grupo ou por outra pessoa. No que se refere ao humano, não existe nada que possa ser considerado “impessoal”, apenas a matéria é impessoal;
2. Como as pessoas não podem ser tratadas como objetos, todos os regimes políticos que tratem as pessoas como tal, negando seu direito à liberdade, são condenáveis;
3. O conjunto de leis, regras e normas ao qual damos o nome de “sociedade” não tem como objetivo tornar as pessoas submissas ou gerir suas vidas;
4. Cada pessoa deve ser livre para construir seu destino.
Importante para compreendermos a noção de “pessoa” e como ela se distingue do individualismo, objeto de crítica do próprio Mounier, é a sua relação com a comunidade: é somente inserido na comunidade que o humano se realiza como tal, pois tudo aquilo que define uma pessoa – sua liberdade de agir, sua responsabilidade, o corpo pelo qual está no mundo e na história, os desejos que manifesta – é construído na relação com os outros. Por isso, a pessoa é fundamentalmente “comunitária”. Assim, também podemos entender que, para Mounier, a política e a sociedade são noções que só podem ser pensadas a partir da noção de “pessoa”.
* Para saber mais sobre isso, procure por: MOUNIER, 1992, p. 209-210.
Fontes:
MOUNIER, E. Obras completas. Traducción de Juan Carlos Vila et al. Salamanca, España: Sígueme, 1992. tomo I.
MOUNIER, E. Obras completas. Traducción de Carlos Díaz et al. Salamanca, España: Sígueme, 1990. tomo III.
MOUNIER, E. Obras completas. Traducción de Carlos Díaz et al. Salamanca, España: Sígueme, 1990. tomo III.
Por Wigvan Pereira
Graduado em Filosofia
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O que é Humanismo:
Humanismo, no sentido amplo, significavalorizar o ser humano e a condição humana acima de tudo. Está relacionado com generosidade, compaixão e preocupação em valorizar os atributos e realizações humanas.
O humanismo foi um movimento intelectual iniciado na Itália no século XIV com o Renascimento e difundido pela Europa, rompendo com a forte influência da Igreja e do pensamento religioso da Idade Média. O teocentrismo (Deus como centro de tudo) cede lugar aoantropocentrismo, passando o homem a ser o centro de interesse. O humanismo procura o melhor nos seres humanos e para os seres humanos sem se servir da religião.
A filosofia humanista oferecia novas formas de reflexão sobre as artes, as ciências e a política, revolucionando o campo cultural e marcando atransição entre a Idade Média e a Idade Moderna.
Através das suas obras, os intelectuais e artistas passaram a explorar temas que tivessem relação com a figura humana, inspirados pelos clássicos da Antiguidade greco-romana como modelos de verdade, beleza e perfeição. Alguns autores humanistas mais conhecidos são: Gianozzo Manetti, Marsílio Ficino, Erasmo de Roterdão, Guilherme de Ockham, Carlos Bernardo González Pecotche, Francesco Petrarca, François Rabelais, Pico de La Mirandola, Thomas Morus, Andrea Alciati, Auguste Comte.
Nas artes plásticas e na medicina, o humanismo esteve representado em obras e estudos sobre anatomia e funcionamento do corpo humano.
Nas ciências, houve grandes descobertas em vários ramos do saber como a física, matemática, engenharia, medicina e etc., que contribuíram para um levantamento concreto da história da humanidade.
Características do Humanismo
Entre as principais características do humanismo destaca-se:
- Período de transição entre Idade Média e Renascimento;
- Valorização do ser humano;
- Surgimento da burguesia;
- Nascimento do antropocentrismo, ou seja, o homem no centro do universo;
- As emoções humanas começaram a ser mais valorizadas pelos artistas;
POR QUE É A ENFERMEGEM INCOMPATÍVEL COM O COMUNISMO MARXISTA?
PORQUE O COMUNISMO NÃO É UM HUMANISMO
Pierre Teilhard de Chardin: a sabedoria do teólogo da noosfera
Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana.
Teilhard de Chardin13 Abril 2015
"O pensamento teilhardiano é otimista. Apesar das duas guerras mundiais, Teilhardconserva uma esperança que se fundamenta na Revelação e na ciência, uma porta aberta para uma nova maneira de viver e de expressar o cristianismo."
Por ocasião do 60º aniversário da morte dePierre Teilhard de Chardin, no dia 10 de abril, publicamos um texto do pastor evangélico francês Vincens Hubac.
O artigo foi publicado no sítio Il Sismografo, 09-04-2015. A tradução é deMoisés Sbardelotto.
Eis o texto.
Um menino recolhe seixos pelos caminhos de Auvergne. A localidade se presta para esse hobby, graças à sua riqueza geológica. Pierre Teilhard de Chardin nasceu no dia 1º de maio de 1881, nos arredores de Orcines Puy de Dôme, em uma antiga e muito católica família de Auvergne.
Aos 11 anos, Pierre entrou no colégio dos jesuítas. Toda a vida de Pierre Teilhard de Chardin seria marcada por essa dupla filiação: científica (como geólogo) e espiritual. As duas configurações da sua vida jamais se dividiriam.
Pierre Teilhard é, acima de tudo, um cientista conhecido em todo o mundo. Foi admitido entre os jesuítas em 1899 (no noviciado em Aix-en-Provence), fez os seus primeiros votos em 1901 e, nesse meio tempo, continuou os seus estudos e as suas pesquisas. Sempre com os jesuítas, mas na ilha anglo-normanda de Jersey (por causa das leis anteriores à separação entre Igreja e Estado), ele estudou filosofia até 1905, depois tornou-se leitor de química no Colégio da Sagrada Família no Cairo(Egito).
Após quatro anos de teologia perto de Hastings (Inglaterra), Pierre Teilhard foi ordenado sacerdote em 1911, o acontecimento central da sua vida. Paralelamente, continuou os seus estudos de geologia. Em julho de 1912, encontrou-se com Marcellin Boule, renomado geólogo e paleontólogo, fundador da escola francesa de paleontologia humana.
Pouco depois, Teilhard fez outro encontro fundamental, com o abade Breuil, apelidado de "o papa da pré-história"! A Grande Guerra interrompeu as suas pesquisas e os seus encontros, mas não o deixou desprovido de perguntas sobre o ser humano. Foi justamente durante a guerra de 1914-1918 que se especificou a sua vocação.
Em 1918, fez os votos solenes e permaneceria fiel toda a sua vida à Igreja Católica, sobre a qual tinha uma opinião elevada, embora nunca a tenha realmente reconhecido. Retomou os seus estudos, depositou a sua tese na Sorbonne, em 1921, e defendeu-a em março de 1922. Ficou encarregado do curso de paleontologia no Instituto Católico de Paris.
Sempre apaixonado de geologia, de pedras e de fósseis, participou das pesquisas paleontológicas do Museu de História Natural. Sob a influência de Marcellin Boule e do abade Breuil, Pierre Teilhard foi cada vez mais atraído pelo problema das origens e da paleontologia humana; não nos esqueçamos de que a tese defendida em 1922 tratava dos "Mamíferos do eoceno inferior francês e os seus habitats".
Por toda a sua vida, continuou a sua formação científica e as suas pesquisas, e fez grandes descobertas em âmbito pré-histórico. Pierre Teilhard defendeu o transformismo contra o fixismo, debate que na época estava longe de se encerrar. As suas pesquisas se acompanhavam de viagens incessantes, como à China, onde chegou pela primeira vez em 1923 com o padre Licent, ele também jesuíta e paleontólogo.
Voltou para Paris, de novo na China, depois Paris, o Cantal e o Ariège (terra da pré-história), seguidos por uma viagem a Obock e Abissínia (África Oriental), a convite de Henri de Monfreid. De 1929 a 1936, ele esteve de novo na China, onde fez a descoberta capital do Sinanthropus e assim por diante!
Em 1931, encontramo-lo como participante, na qualidade de geólogo, na mítica"Travessia Amarela" de André Citroën. Pierre Teilhard também foi convidado para muitas outras expedições desse tipo, como a "Harvard-Carnegie" naBirmânia (1937-1938).
Por fim, assinalamos uma viagem à Rodésia e à África do Sul em 1953. Na África Oriental, perdeu por pouco a expedição do doutor Leakey em Olduvai. Teilhardtambém participou de inúmeros congressos e debates sobre a paleoantropologia.
O leitor pouco habituado à leitura de Teilhard não deve se surpreender diante dessa rapidíssima, mas necessária, corrida da vida e das pesquisas científicas de nossa parte. Teilhard é, acima de tudo, um fenomenólogo no sentido etimológico do termo, ou seja, um observador; ele vê, estuda, compreende, observa o mundo do qual é um "cidadão"ante litteram, é um hiperativo fascinado pela Criação, pela evolução, pelo coração da matéria.
Desde a infância, ficou impressionado com o ferro, para ele a matéria misteriosa e poderosa. Concebeu o cosmos como um todo e a Terra sobre a qual não parou de viajar. O seu pensamento, a sua reflexão, a sua ação não se curvam jamais sobre si mesmos.Pierre Teilhard se relacionou com um número incrível de países, de povos e de pessoas de todos os tipos. Encontrou filósofos como Huxley ou Le Roy, sucessor deBergson no Collège de France, com o qual lançou a revista Géobiologie, aventureiros como Henri de Monfreid e, obviamente, os cientistas do seu tempo.
Junto com Boule, Licent, Breuil, o conde Begouën e Cartaillac, fundou a paleontologia e a antropopaleologia modernas. Teilhard repensaria a evolução e o ser humano. O homem é um dos centros do pensamento teilhardiano, que traz consigo um profundo respeito pelas culturas exóticas dos países que ele atravessa: pensemos apenas em todos aqueles que trouxeram consigo os tesouros arqueológicos do Oriente, enquantoTeilhard contribuiu com a construção de museus in loco com as suas descobertas, como o de Zhoukoudian, na China, onde se encontram os fósseis do homem mais antigo então conhecido, o Sinanthropus, um pitecantropo de cerca de 600 mil anos de idade.
O museu fundado por Teilhard sobreviveu à Revolução Cultural, e uma estela foi preparada em sua honra. Não é possível compreender o seu pensamento, muito difícil e exigente, se ignorarmos o seu percurso científico, as suas viagens e o seu caminho religioso. Não se pode compreender Teilhard de Chardin se, segurando na mão um micaxisto, um calcário ou um granito, vermos apenas um cascalho vulgar e não uma pedra cósmica, ao mesmo tempo resultado da evolução e portadora da potencialidade da vida, graças a uma energia que veio de fora.
O cientista e o místico
Teilhard é um cientista, mas também um visionário e um místico. Se Pierre Teilhard é um homem da terra, do cosmos, também é um homem de Deus, que desde a infância busca o Absoluto... talvez, no fim, a busca de toda a sua vida.
"Quanto mais eu posso rastrear nas minhas recordações (de antes da idade de 10 anos), noto em mim a existência de uma paixão claramente dominante: a paixão pelo Absoluto... A necessidade de possuir, em tudo, 'algum Absoluto' era, desde a minha infância, o eixo da minha vida interior. Entre os prazeres daquela idade, eu não era feliz (se bem me lembro) senão em relação com uma alegria fundamental, que consistia geralmente na posse (ou no pensamento) de algum objeto precioso. Ora se tratava de qualquer pedaço de metal, ora de um salto para a outra extremidade, eu me comprazia no pensamento de Deus-Espírito" (O meu universo).
Lendo essa citação, vocês compreenderão que, se Teilhard é um cientista, é igualmente um homem de altíssima espiritualidade, se não um místico. Para começar a ler as suas obras, "A missa sobre o mundo" é uma boa introdução, assim como "O ambiente divino".
É nesse tipo de escritos que se mede a altura da sua visão. Aqui estão algumas linhas: "Verdadeiramente, através da operação ainda em curso da encarnação, o Divino penetra tão bem nas nossas energias de criaturas que nós não poderemos, para encontrá-lo e abraçá-lo, encontrar um ambiente mais apropriado do que a nossa própria ação. Na ação, para começar, eu faço adesão ao poder criador de Deus; coincido com ela; torno-me não apenas o seu instrumento, mas também o seu prolongamento vivo. E, como não há nada de mais íntimo, em um ser, do que a sua vontade, eu me confundo, de algum modo, através do meu coração, com o próprio coração de Deus. Esse contato é perpétuo porque eu ajo sempre e, ao mesmo tempo – porque não poderia encontrar um limite para a perfeição da minha fidelidade nem para o fervor da minha intenção –, me permite me assimilar a Deus ainda mais estreitamente, indefinidamente. Nessa comunhão, a alma nunca deixa de se alegrar nem perde de vista o fim material da sua ação. Não é, talvez, um esforço criativo aquilo com que ela se une?" (O ambiente divino).
Evolução e consciência
Teilhard de Chardin, como muitos místicos, é um homem de ação, que alcança os recursos da sua ação, das suas pesquisas e das suas descobertas científicas na contemplação de Deus e na visão do mundo em evolução que a ela se acompanha e nas quais ele "vê" Deus – o que ele chama de "diafania".
É justamente nessa altura de visão, nessa mística a serviço da qual ele coloca todos os seus conhecimentos científicos, que Teilhard elabora a teologia evolucionista e viva que o caracteriza. Pierre Teilhard é um fenomenólogo que olha para as coisas e tenta penetrar no seu mistério e sentido.
O seu olhar de paleólogo remonta muito no tempo. A evolução é uma evidência que se impõe. Ao infinito do espaço e ao infinito do tempo de Pascal, ele acrescenta um terceiro infinito, o infinitamente complexo. Para Teilhard, a matéria se diversifica ao extremo, torna-se cada vez mais complexa no turbilhão da vida, sob a ação criadora da energia divina, até que parece o pensamento, o imaterial gerado pela matéria.
A matéria se espiritualiza, e, através dela, é o cosmos que se espiritualiza em um infinito atemporal e imaterial. Da matéria bruta à alga azul, do oceano primordial seguido pelo aparecimento da vida, Teilhard vê uma evolução que, por estágios sucessivos, vai desde a cosmogênese à biogênese e à antropogênese.
O "fenômeno humano" (título de uma das suas obras fundamentais) ilustra o surgimento de um "sempre mais" de consciência e de espírito. A antropogênese é o lugar, o cumprimento da evolução. Certamente, o ser humano é um ser inteligente, mais do que as outras espécies animais. Acima de tudo, o ser humano pensa e sabe em um nível jamais igualado: pense que pensa e sabe que sabe. No ser humano, existe a consciência, eis o que é – junto com o surgimento da vida e da inteligência – uma fonte de admiração.
O ser humano é mais do que o junco pensante pascaliano perdido no "gelo infinito" do espaço e do tempo. O ser humano é a própria presença do infinitamente complexo que pensa e é consciente. Ele é espírito, espiritual e sinal visível da noosfera ("esfera do espírito", em grego). A noosfera vem se sobrepor, completar e ultrapassar a biosfera. Camada pensante do ser humano, ela é o lugar e a união dos espíritos pensantes em comunicação uns com os outros e movidos pelo espírito dinamizante de Deus, o Cristo Evoluidor. A noosfera é centrada em Deus e resolutamente voltada para a frente, rumo ao ponto Ômega.
Essa antropogênese, sempre a ser construída, emerge somente através da dinâmica de uma energia espiritual inscrita no eixo evolutivo do mundo: o Cristo Evoluidor. Aqui, o padre jesuíta é influenciado pelos apóstolos Paulo e João. Nessa pesquisa, encontram-se evidentemente o Cristo Pantocrator do primeiro (cfr. as Epístolas aos Colossenses, aos Filipenses e aos Efésios) e o Verbo criador do segundo (cfr. João 1).
A antropogênese é a ponta do eixo da evolução, e no ser humano é a Igreja que é a ponta extrema desse eixo. O padre Teilhard vê na missa a presença do Cristo Evoluidor, ou seja, um Cristo presente no mundo, ativo, que dinamiza a cosmogênese e que é o centro das energias. O Cristo Evoluidor recentra em si a noosfera e atrai o mundo para Si no Cristo Ômega.
Através do Cristo Evoluidor, "pode-se passar, sem deformar a atitude cristã, do conceito de 'humanização através da redenção' ao de humanização através da evolução?" (A minha fé). Através da diafania crística – e da presença real –, o sacerdote associa o cosmos inteiro ao acontecimento. O pleroma aparece como a plenitude, a totalidade que reúne Deus e a multiplicidade da criação, sem confusão, mas preservando a sua identidade e alteridade na união.
O pleroma é o cumprimento da evolução material, biológica e espiritual em Deus, outro modo de definir o ponto Ômega. Não nos esqueçamos nunca de que Teilhard é católico e que, para ele, a Igreja Católica é "a ponta" da evolução. Em todo o caso, há uma criadora formidável na visão teilhardiana que reencontramos, em certa medida, na teologia do processo.
Uma busca do sentido do Cosmos
Se Teilhard conhece bem as obras de Bergson (e do seu sucessor Édouard Le Roy, com o qual mantém uma correspondência contínua), ele se distingue dele, porém, no sentido de que, para ele, a dinâmica do espírito é transcendente. Essa dinâmica chega rapidamente e atravessa o mundo para elevá-lo, dinamizá-lo, fazê-lo evoluir e espiritualizá-lo àquele "para a frente" que nada mais é do que o ponto Ômega.
Tal Espírito vem de Deus e permite a conscientização do cosmos, a aparição danoosfera. É "para a frente" que se desdobra o presente, é para a frente que tendem as energias criadoras e espiritualizantes, apesar daqueles que veem o fim dos tempos como a destruição do mundo ou o "Big Crunch" (o contrário do Big Bang).
Aqui, a curva evolutiva da complexidade-consciência sai do espaço-tempo, foge da matéria, segue o eixo crístico e foge, assim, da entropia. Essa entropia é uma forma de mal que se opõe ao "esforço" de espiritualização e de Amor.
Hiroshima, assim, para Pierre Teilhard, é um exemplo do mal, porque, além dos danos humanos e materiais, a energia foi desviada do uso que deveria ter tido: em vez de estar a serviço do Espírito, foi posta a serviço da destruição e da morte.
A questão das energias desviadas já tinha chamado a atenção de Pierre Teilharddurante a Primeira Guerra Mundial. É na frente de nós, rumo ao ponto Ômega, que se encontra a imortalidade. O seu pensamento e a sua vida, de fato, são uma busca de sentido para o Cosmos e para o ser humano.
Teilhard permanecerá sempre um pouco a criança que recolhia seixos pelos caminhos de Auvergne, como Théodore Monod, outro visionário. As suas estradas se cruzam: para eles, Deus é Deus do Mundo, este mundo que é preciso amar.
O Amor
O amor, obviamente, é uma ideia central para Teilhard. Amor pelo outro, pelo próximo no sentido mais clássico do ágape, mas Teilhard não desenvolve o seu pensamento nesse sentido, talvez evidente, mas para ele insuficiente.
O Amor também é o amor do casal, em que cada parceiro é portador "da realidade universal que brilha espiritualmente através da carne". Esses dois modos de ver o amor, de fato, são englobados em uma terceira concepção do amor, que vê no Amor um modo dinâmico e dinamizante de amar, que permite tecer e construir a noosfera.
Todo o sistema de pensamento de Teilhard se fundamenta na caridade. Toda relação marcada pelo selo do Espírito se inscreve nesse modo de ver. Talvez hoje diríamos "tecer laços". Todas as relações de amor permitem, assim, que o mundo se encontre em Cristo e entre na espiral aspirante em torno do eixo que conduz ao ponto Ômega.
O Cristo Evoluidor está bem presente nessa forma dinâmica de viver o amor cristão, reserva sagrada de energia. "O Amor é a mais universal, a mais formidável e a mais misteriosa das energias cósmicas", escreve ele no seu livro "Eu me explico".
O Amor, energia cósmica, permite a união que tudo diferencia, assim como diferencia a união com o Cristo cósmico. Nesse campo, o padre Teilhard se insere na visão genésica para a qual o ato criador é um chamado, uma diferenciação, a identidade dos elementos que compõem o caos inicial. "Na mente, Elohim criou os céus e a terra, a terra era tohue bohu (caos), uma treva sobre a superfície do abismo, mas o sopro de Elohim pairava sobre a face das águas […]" (Gênesis 1, 1, na tradução de André Chouraqui).
O Amor crístico, amor de Deus, é justamente um ato criador contínuo. Essa maneira de ver o amor é típica do seu pensamento e da sua visão do universo e de Deus, toda movimento e ação. "No universo tornado pensante, tudo se move no e rumo ao pessoal, é obrigatoriamente o Amor que forma e que formará cada vez mais, em estado puro, o tecido da energia humana... O Amor não pode ser, pura e simplesmente, na sua essência, a própria atração exercida sobre cada elemento consciente pelo Centro do Universo?"
O Centro aqui é um Deus presente no mundo e à frente em relação ao mundo, que Ele atrai para Si. O Amor, para Teilhard, não é simplesmente caridade: o Amor engloba a caridade em uma dinâmica de vida total.
O dinamismo de Deus
Vocês poderiam pensar que Teilhard é um criacionista. De modo algum. Deus é energia, dinamismo, dinamizante, força convergente que atrai, envolvendo-o em Si mesmo, o modo espiritualizado rumo ao seu cumprimento Ômega.
Teilhard continua sendo um cristão clássico que evita toda confusão, independentemente do que digam os seguidores da Nova Era, que muitas vezes o recuperam e o citam. Ele não vê Deus como um "Grande Tudo" no qual se possa se perder, se diluir: ao contrário, a convergência em Cristo presente no mundo permite conservar a identidade de todos os elementos que concorrem para a noosfera, porque no amor há a individuação.
Se há panteísmo, é um panteísmo de convergência e de união, certamente não de confusão e de unificação. Deus se manifesta no mundo através do Cristo Evoluidor. A diafania crística permite a visibilidade de Cristo no mundo e do mundo em Cristo. Se Deus continua sendo o Deus clássico que conhecemos através da Revelação e da encarnação em Jesus Cristo, a especificidade de Deus tal como o concebe Teilhard de Chardin é de ser transcendente.
Deus chama o mundo e o ser humano a um "sempre mais" de espiritualidade, de humanidade, de laços e de vida entre cada pessoa. A altura de visão, a mística revestem-se de um interesse particular. O apelo ao "sempre mais" vem do Deus "diante de nós", que espera, atrai, dinamiza a cosmogênese, ou seja, a evolução do mundo da matéria ao Espírito.
Se Teilhard não rejeita as ideias clássicas sobre a redenção fundadas sobre a morte e a ressurreição de Jesus, isso não impede que, para ele, a Salvação do mundo e o sentido se encontrem também na evolução, na cosmogênese.
Para ele, o cristianismo moderno (e futuro) não pode não levar em consideração esse aspecto da Salvação ligado à evolução. Eis um aspecto dos mais fundamentais do seu pensamento: a Salvação em Cristo Evoluidor, Cristo Ômega na sua inteireza em Deus Ômega. O ponto Ômega, no horizonte da nossa vida e do mundo, não é, portanto, um ponto de diluição, mas Deus inteiramente personalizante em que é posto o nosso ser, a nossa personalidade.
O pensamento teilhardiano é otimista. Apesar das duas guerras mundiais, Teilhardconserva uma esperança que se fundamenta na Revelação e na ciência, uma porta aberta para uma nova maneira de viver e de expressar o cristianismo.
Uma Sabedoria criadora
A leitura das obras de Pierre Teilhard de Chardin, muitas vezes, é difícil porque criou uma linguagem própria (noosfera, Cristo Evoluidor, ponto Ômega, cosmogênese etc.) e porque mistura implacavelmente ciência, mística, filosofia e dogmática.
Muitas vezes, é preciso passar por um ou dois volumes para ver claramente. Mas o esforço (também um conceito teilhardiano) vale a pena. O seu pensamento é deslumbrante, de alta espiritualidade, um pensamento que pertence ao fundo comum do cristianismo, embora os protestantes possam se surpreender com a abordagem às vezes bastante católica do padre jesuíta.
Como classificar esse pensamento cristão e moderno? Como no caso do pastor Georges Crespy, um dos melhores conhecedores de Teilhard, nós não vemos uma gnose (embora moderna) no seu sistema, mas sim uma Sabedoria como a da tradição judaica, uma Sabedoria criadora como a do capítulo 8 dos Provérbios, uma Sabedoria como a que inspirou o logos criador do prólogo de João ou o Cristo Pantocrator da Epístola aos Colossenses.
Essa sabedoria, essa palavra que atua, essa presença de Cristo não se manifestaria, talvez, diante dos nossos olhos de maneira espetacular na nossa sociedade moderna dahipercomunicação, em que cada elemento da humanidade pode estar em relação com todos os outros?
Resta prosseguir o esforço de espiritualização na sociedade moderna, se quisermos que a curva da complexidade-crescimento que nos trouxe até aqui realmente reflita o mundo espiritualizado da noosfera. No contexto da noosfera, que é Cristo no alto dos céus, a festa da Ascensão, hoje um pouco esquecida, é uma das festas mais importantes do cristianismo.
Jesus Ressuscitado que sobe ao céu nos mostra a direção, nos atrai para o eixo da evolução do mundo que se espiritualiza e se torna mais complexo, envolvendo-se em si mesmo, dinamizando-se e aproximando-se do eixo que conduz ao ponto Ômega, o Cristo em glória, ponto final da espiritualização e da vida que se realiza no fim em Cristo.
Para encerrar, deixamos a palavra a Pierre Teilhard. Em março de 1955, poucos dias antes da sua morte ocorrida em Nova York no dia 10 de abril, ele escreve: "Há muito tempo, em 'A missa sobre o mundo' e 'O ambiente divino', diante daquelas perspectivas que ainda se formam fatigantemente em mim, eu tentei conter a minha admiração e o meu estupor. Hoje, depois de 40 anos de contínua reflexão, é exatamente a mesma visão fundamental que eu sinto a necessidade de apresentar e de compartilhar, na sua forma levada à maturação uma última vez. Não com o mesmo frescor e exuberância de expressão que tinha no momento do seu primeiro encontro, mas sempre com a mesma maravilha – e a mesma paixão" (O ambiente divino).
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O jesuíta, teólogo, filósofo e paleontólogo francês Pierre de Teilhard de Chardin nasceu na comuna de Orcines, no dia 1 de maio de 1881. Ele tentou, em sua época, realizar um feito então quase impossível, e até hoje difícil de se concretizar, conciliar as visões científica e teológica por meio de suas publicações.
Este empreendimento, porém, custou-lhe incompreensão e intolerância de ambas as partes, pois nem a ciência via com bons olhos seus escritos, acusando-o de defender um ponto de vista místico, assim como a instituição católica o discriminava, impedindo-o de dar aulas e de lançar seus trabalhos teológicos.
Chardin constituiu sua espiritualidade a partir dos ensinamentos de Inácio de Loyola na ordem que escolheu para seguir o sacerdócio, e esta escolha marcaria essencialmente sua forma de interagir com a era moderna. Mas o núcleo de sua teologia seria definido por seu encontro com a mística desenvolvida por Paulo de Tarso, estruturada em torno do ‘ser em Cristo’ e do Messias cósmico. Através deste discurso pauliniano ele constrói seu próprio mistério cristão.
A árdua trilha percorrida por Teilhard passa necessariamente por essas referências teológicas; somente com este instrumental ele pode enfrentar o inóspito território pós-moderno em sua procura de Deus. Sua formação científica no campo da geopaleontologia lhe fornecia as bases fundamentais para a compreensão do desenvolvimento planetário e da humanidade.
Por outro lado, sua vivência religiosa lhe propiciava a clara ciência de que é imprescindível a construção de uma espécie de metacristianismo, pois esta esfera cumpriria seu papel nos esforços para a preservação do Planeta e do ser humano. Ele via a evolução como um processo que se desenrola desde o estágio caótico do Universo até a emersão da consciência humana no Globo terrestre, a qual precede o momento da Noogênese, quando todos os pensamentos irradiados por uma mente humana desenvolvida constituirão uma tessitura inteligente única. Neste momento um estrato a mais envolverá o Planeta, a Noosfera.
Para Teilhard, um fio condutor interior à matéria conduz este mecanismo evolutivo rumo a um centro de convergência: o Ponto Ômega. Neste sentido, pode-se dizer que seu pensamento é panenteísta, já que ele crê em todo o Cosmos abrigado em Deus, mas a divindade transcende tudo que engloba, sem, porém, se despojar do sentido de unidade. Esta concepção difere, em alguns pontos, do Panteísmo, filosofia segundo a qual o Criador e o Universo se ajustam completamente.
A teoria de Teilhard é elaborada justamente sobre o ponto em que se cruzam o ancestral cosmologismo e a concepção contemporânea de fenômeno. Ou seja, o Universo de Galileu se desnuda diante de todos que desejam desvendar seus códigos, mas isso não é possível sem a contribuição do pensamento científico da modernidade, o qual passa necessariamente pelo âmbito empírico, instrumento essencial para se decifrar a Natureza. Assim, lado a lado vê-se o mundo enquanto evento fenomênico e a Ciência como chave do entendimento deste universo.
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