Antecedentes da greve dos enfermeiros às
horas extraordinárias
Há 41346 enfermeiros no SNS, dos
quais 27635 têm CTFP e 13711 têm
CIT.
Com
a entrada em funções do presente governo, CTFP e CIT praticavam 40h/semana.
Sucede
a primeira reversão de horários de trabalho com a passagem de 40h para 35h para os CTFP em Julho de
2016, sem o reforço dos serviços em matéria de pessoal, aliás,
contingencial e tardiamente reforçado com recurso a mão-de-obra temporária para
fazer face a picos de procura (como a situação da gripe, por exemplo) e com o
garrote da ACSS que retarda cada vez mais a competente contratação (até que a
necessidade naturalmente se extinga).
Com a segunda reversão, há a passagem
de 40h para 35h para os CIT, a ter início em Julho de 2018, sem
o reforço dos serviços em matéria de pessoal, serviços esses que já se
encontravam depauperados e com recurso sistemático a falsas horas
extraordinárias como paliativo para problemas estruturais por resolver que se
traduzem em taxas de absentismo crescentes até ao máximo actual de 12% (fonte: Relatório
Social do Ministério da Saúde e SNS; ACSS; 2017).
Daí advém o seguinte: redução do número
de horas total que corresponde a 12,5% do número de horas necessárias para
assegurar o normal funcionamento dos serviços e a consequente necessidade de
contratação de 6000 Enfermeiros, para fazer face a necessidades permanentes e não supridas.
A
FENSE
Sem comentários:
Enviar um comentário