Enfermeiros querem ser
os primeiros a avaliar doentes nos centros de saúde
Ordem dos Médicos discorda.
Os centros de saúde funcionam bem e não precisam de "porteiros",
ironiza o bastonário José Manuel Silva.
Projecto
prevê que cada profissional fique responsável por 300 a 400 famílias numa
determinada área Nuno Ferreira Santos
Se as pessoas não estão
necessariamente doentes quando vão a um centro de saúde, por que razão é que
devem ser vistas por um médico? Este é um dos argumentos que servem de base à
mudança de paradigma neste momento em preparação para os cuidados de saúde
primários.
A
ideia é revolucionária: os enfermeiros querem passar a ser os primeiros a
avaliar os cidadãos nos centros de saúde – à semelhança do que se faz há muito
tempo nas urgências hospitalares, onde os doentes são previamente triados por
estes profissionais antes de serem encaminhados para os médicos, compara o
bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), Germano Couto.
É uma reforma para ser concretizada
em três anos: pretende-se que cada utente tenha, até 2016, o seu enfermeiro de
família, que será o responsável pelo acompanhamento periódico das crianças e
pelo apoio aos doentes crónicos, por exemplo, e que tratará de encaminhar as
situações que se justifiquem para os médicos, nutricionistas, psicólogos ou
enfermeiros de outras especialidades. Assegurando, portanto, algumas funções
hoje a cargo dos médicos e conseguindo prevenir e detectar problemas numa fase
mais precoce.
"Não podemos continuar
a ser os profissionais das injecções e dos tratamentos", defende Germano
Couto, que lembra o percurso já efectuado por outros países para sublinhar que
Portugal está muito atrasado neste caminho.
Nalguns pontos do país
fizeram-se entretanto várias experiências deste tipo, ainda que não suportadas
em qualquer base legislativa, e o ex-ministro Correia de Campos chegou a
admitir que ia criar esta carreira.
Com os
melhores cumprimentos de,
Sem comentários:
Enviar um comentário