O MEDO GUARDA A VINHA

Esta é uma informação interessante, porque interessa para quem se dedica aos números de estatísticas,
que, no dizer do Povo as Estatísticas, em Portugal, só provam uma coisa; estão erradas.
Mas, nós temos uma maneira de ver diferente: as esdtatísticas não mentem; a leitura que fazemos nelas e delas, é que pode ser diferente.
Comecemos pelo que disse o Sr Presidente da ARSLVT: «...é simples: nada de doenças ou , pelo menos que expliquem o aumento de 47% de nesta ARSLVT. A única explicação será o receio de perder o seu médico. Em causa está a  actualização de listas de utentes que começou no início do ano  em todo o SNS de utentes, que há mais de 3 anos, não frequentaram o seu Centro de Saúde e, portanto, o respectivo Médico de Família».
Os que reapareceram são 441.000, em Lisboa e arredores; são 116.000, no Porto e arredores;
são 1.400 No Alentejo; são 2.510, no Algarve. A soma é: 561.135. Do meio milhão ainda crescem sessenta e um mil e cento e trinta e cinco.
Mas terão aparecido todos os ausentes há mais de 3 anos dos seus Centros de Saúde de referência e, onde estão ainda, nas listas?
Certamente que não vieram todos.
Mas, e se de todos os que faltaram à chamada, de renovar a inscrição, que não é o mesmo de aumentar o número de consultas...
Mas, e se esses continuaram a consumir cuidados de Enfermagem, que não são registados, porque o que conta para a estatística é a famigerada consulta médica, todos esses somarem outros tantos ou mais ou menos, estaremos perante um milhão e muitos de utentes que não querem nada com os Centros de Saúde, mas que entram na contabilidade para fazer USF, ou não fazê-las, para, prudentemente evitar contagens incómodas... Não vá o Diabo tecê-las!
Não sabemos como se encontraram os algarismos de 9,8 milhões de utentes, menos 378.000 utentes o que daria um total 9.422.000, faltando, portanto; cerca de 78.000 para atingir os nove milhões e meio.

Isto numa lógica profundamente errada, pois o prazo de 3 anos é muito largo e negligente, pois estar 3 anos a pessar, num ficheiro, sem qualquer gesto lógico e necessário, à verdade, é uma boa parte, da mentira dos números, que suportam um método de atendimento errado, nos CSP, profundamente errado, que não tem outro objectivo, que não seja a medicomania da Assistência Primária.

Bastava manter um mapa razoável de Enfermeiros e uma lista de avençados Médicos, que quisessem trabalhar para o SNS - Cuidados Primários, como já acontece com os especialista Médicos de Otorrino, Oftalmologia, etc.
O Sr. Vitor, ministro do "corta e coze-nos", já fez contas de quanto ia poupar, nesta racionalização, ou verdadeira reforma dos Centros de Saúde?
Até o Povo ficava mais alegre e empreendedor, porque confiante em si mesmo, sem ter de andar a cismar com as doenças que lhe inventam, além das que já tem de suportar, naturalmente.
Mas para isso ser possível, é preciso que os Senhores Ministros deem mostras da sua "Vis", fonte de onde brota a virilidade.