Caros Colegas
Na reunião que decorreu no dia 2 de Junho pelas 11h00 na sede
da Unidade de Saúde de Ilha de S.Miguel e que contou com a participação da
Presidente da USISM, Dra. Maria João Carreiro e da Enfº Directora do Centro de
Saúde da Ribeira Grande, Enfº. Emília Silveira.
Tendo em conta que o assunto pelo qual se solicitou a
reunião (cobertura de turnos na escala de enfermagem do Serviço de atendimento
permanente da Ribeira Grande, por recusa dos enfermeiros em fazer horas
extra-ordinárias que são descontadas na remuneração complementar regional) terá
deixado de fazer sentido quer pela promessa do Governo Regional em revogar no
próximo plenário da Assembleia Legislativa Regional (15 de Junho) a legislação
que originou este problema, quer pela decisão do Tribunal Constitucional de
repor as remunerações sem "cortes".
Assim, e estando reunidos, aproveitei para abordar as
interlocutoras relativamente a outros assuntos que preocupam os enfermeiros do
SAP da Ribeira Grande, nomeadamente:
1 - escassez de enfermeiros no serviço, resultado de
mobilizações de enfermeiros para outras unidades "mais desfalcadas" e
uma gravidez de risco de uma colega: foi assumida essa escassez e a
tentativa de recrutamento por prestação de serviços para agilizar o processo o
mais breve possível;
2 - insatisfação por parte da equipa pela substituição de um
elemento no turno da manhã e de um elemento no turno da noite pelo enfermeiro
efecto à viatura de Suporte Imediato de Vida. Os enfermeiros consideram que os
rácios de segurança não estão garantidos, ficando no turno da manhã 2
enfermeiros + 1 de SIV e no da noite 1 enfermeiro + 1 de SIV.
Acresce que aos enfermeiros escalados para SIV é exigida a
prestação de cuidados em 2 contextos no mesmo turno: no pré-hospitalar quando a
SIV é accionada e no SAP quando não estão ocupados em emergência pré-hospitalar.
Adicionalmente consideramos estarem claramente comprometidos os padrões de
qualidade mínimos, quando o enfermeiro escalado em SIV é obrigado a prestar
cuidados no SAP, que interrompe para atender as activações de pré-hospitalar. Foi
informado pela administração da USISM que esta organização foi indicada pelo
Director Regional de Saúde (Enf. Armando Almeida) e que seria mantida até
outras orientações, justificando que também não existem muitas activações de
SIV que justifiquem mais enfermeiros por turno.
Basicamente foram estes os assuntos discutidos e as
respostas.
Cordialmente
Sandro Melo
Obrigado Sandro pelo bom desempenho num assunto de tão grande importância para os Enfermeiros dos Açores e que se arrastava há bastante tempo.
Aqueles que defendem que o SEP devia ser o único sindicato dos Enfermeiros, podem buscar nos Açores o exemplo.
Tem sido praticamente exclusiva a representação sindical do SEP, nos Açores, desde o tempo da sua designação "Sindicato Nacional dos Enfermeiros do Sul e Ilhas".
Portanto, no tempo em que os Sindicatos eram regionais, até que os cucos do Sul e Ilhas, resolveram tornar-se de âmbito "nacional" unilateralmente, traindo os outros, nos quais nos incluímos, pela mão de Maria Augusta de Sousa, em Julho de 1987, que infelizmente, como uma desgraça nunca vem só, lá a tivemos 15 anos na Ordem dos Enfermeiros, o que fez dessa Organização uma inutilidade profissional, para os Enfermeiros.
Lentamente os Enfermeiros começam a acordar para a realidade de quem são os responsáveis primeiros e únicos da baixa de nível dos Enfermeiros, apesar de terem subido no reconhecimento académico e técnico públicos e legais.
Ora, como não é possível subir descendo, eis o resultado.
Não obstante, o "élan vital" da Enfermagem está a regenerá-la, tal a força desse "élan vital".
Este pequeno, mas significativo exemplo dos Açores e do Sandro assinalam o renascer duma nova esperança, para os Enfermeiros.
Mas ainda há muito trabalho a fazer, pois a aposta, que o PCP fez, na despromoção da Enfermagem para os fins comunistas a atingir, na sociedade portuguesa, através dos amanhãs que cantam, desgraçando-nos os "agoras"...
Com amizade,
José Azevedo
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