sexta-feira, 30 de junho de 2017

AS AMEAÇAS FICTÍAS DO MINISTRO DA SAÚDE



Ministro da Saúde avisa enfermeiros para “consequências disciplinares” na greve de zelo

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, assinalou esta manhã que os enfermeiros que deixem de prestar tarefas nos blocos de parto e centros de saúde enfrentam “aspectos de natureza ética e disciplinar”. E critica a Ordem dos Enfermeiros por lhe “encostar uma faca”.
Ministro da Saúde avisa enfermeiros para “consequências disciplinares” na greve de zelo
João Cortesão
     
Bruno Simões 30 de junho de 2017 às 14:25
A greve de zelo dos enfermeiros, que a partir desta segunda-feira se deverá materializar na recusa em prestar serviços em maternidades e centro de saúdes, recebeu fortes críticas do ministro da Saúde. Depois de, esta quinta-feira, ter pedido à Procuradoria-Geral da República um parecer sobre o assunto, Adalberto Campos Fernandes disse esta manhã que os enfermeiros que alinharem neste protesto enfrentam consequências a nível ético e disciplinar.

À margem da apresentação das 58 medidas do Parlamento da Saúde, o ministro, que se manifestou convicto de que "não vai acontecer nada", sublinhou que quem alinhar no protesto enfrenta "aspectos de natureza ética e de natureza disciplinar". "As questões de regulação ética e disciplinar estão bem definidas na lei. Se houvesse situações limite, há outro tipo de consequências", acrescentou o ministro.

Adalberto Campos Fernandes critica a intervenção da Ordem dos Enfermeiros, que, no seu entender, não tem qualquer competência na negociação em curso, que passa pelo reconhecimento (com tradução remuneratória) dos enfermeiros especialistas.

"O Governo tem estado a trabalhar com os sindicatos, que são as entidades que estão constituídas como tendo poder para o fazer, no reconhecimento da necessidade de distinguir de maneira diferente os enfermeiros especialistas dos não especialistas". Este é um "processo que se arrasta há mais de 10 anos" e que "tem o seu tempo e terá a sua acomodação orçamental em 2018".

Uma "faca no pescoço"

"Outra coisa é de uma forma intempestiva, unilateral, entidades que não têm sequer poder de representação nas questões remuneratórias tomarem este tipo de medidas, que no fundo indiciam um abandono dos cuidados" de "uma forma que não compreendemos", denunciou o ministro, numa crítica à Ordem liderada pela bastonária Ana Rita Cavaco.

"Não é a meio do ano, agora de repente, que se encosta uma faca ao pescoço de qualquer governante, a dizer assim: a partir de amanhã, se não alterarem o nosso regime remuneratório – coisa que não é possível há 10 anos – nós deixamos de fazer determinado tipo de actividade", criticou. "Os portugueses não compreenderão isto, os cidadãos não compreenderão, e estou certo que os enfermeiros não estão alinhados com este tipo de comportamento", acrescentou.

O ministro procurou passar uma mensagem optimista. "Nós temos a certeza que conhecemos bem os enfermeiros portugueses" e que "o elevado sentido ético e de consciência profissional que têm demonstrado" farão com que nada aconteça.

O ministro garantiu que existe "claramente um compromisso do Governo com os enfermeiros de que esta diferenciação, de capacitação e formação profissional, deve ser revista em tempo e modo adequado". E esse momento é "naturalmente o de apreciação orçamental".

Ministro quer contratar "todos os médicos que estiverem disponíveis"

Esta manhã, em entrevista à Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, estimou que faltem "quatro ou cinco mil médicos especialistas dentro do SNS". Actualmente, 45 mil médicos estão registados na Ordem e 27.900 trabalham no Serviço Nacional de Saúde – e cerca d 18 mil são médicos especialistas. (e são todos especialistas; "fartar vilanagem", dizemos nós).
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NB: Quando o prof. perguntava ao aluno; que espécies de aves conheces?
Resposta do aluno: pássaros, passarinhos, passarões, aves de arribação e cucos.
Diz o prof. : e uma chumbada para matar essa passarada toda?
Responde o aluno: falta-lhe o olho vesgo para fazer pontaria.
Também este Ministro fanfarrão e ignorante, mostra desconhecer que para haver processo disciplinar, tem de haver infração;
para haver infração tem de haver função;
para haver função de especialista tem de haver um contrato e uma categoria.
Se quer especialistas, de borla, forma-os com dinheiro do Estado, como faz com os Colegas Médicos.
Estes especialistas formaram-se à sua custa e não têm nenhum dever de fazer nenhuma tarefa especializada, (de j a p), na carreira de Enfermagem.
Está mesmo a precisar dumas liçoezinhas de ética, para a usar corretamente, pois ninguém comete infrações deontológicas sobre deveres que não tem.
Para trabalho diferente, salário diferente, não é!

p' la FENSE,
José Azevedo e Fernando Correia

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