Declarações Ministra Saúde
“…podemos transformar o tal suplemento remuneratório, num elemento da remuneração, consagrando o grau de Enf.º Especialista.
Não é uma categoria de facto, mas é um grau, porque entendemos que não deve cristalizar como categoria, as exigências de um serviço publico moderno.
Não são compatíveis com direitos inquestionáveis…”
É na carreira que está a principal divergência entre o Ministério e os Sindicatos.
Os Sindicatos exigem 3 categorias, uma de Enfermeiro, uma de Enfermeiro Especialista e outra de Enfermeiro Diretor.
O Ministério propõe apenas duas categorias, sendo que o titulo de Especialista será um grau e não uma categoria e não quer que o ultimo degrau tenha o Titulo de Enfermeiro Diretor, o Governo prefere uma designação mais próxima de chefia técnica ou funcional.
1 - A Senhora Ministra ao dizer estas coisas esqueceu o que a comissão negociadora e Sindicatos negociadores já aprovaram e não vão permitir recuos perante os mais fortes; os patrões de que o seu Ministério faz parte, pois é contra os mais fortes que os Sindicatos da FENSE, montam as suas lutas.
2 - Não lhe fica bem, tendo a carreira de administradora hospitalar;
tendo sido presidente da Associação desse grupo de administradores, acalentar preconceitos contra uma categoria de especialista nos Enfermeiros, quando vários Técnicos de Saúde (Médicos e Outros) detêm essa categoria, paga até pelo próprio erário público, ao contrário dos Enfermeiros que pagam a especialização do seu bolso.
3 - «O governo prefere uma designação mais próxima de uma chefia funcional», isto a propósito do título de Enfermeiro Diretor.
Julgávamos a Senhora Ministra mais conhecedora do que são direções e chefias técnicas e funcionais, assim como a "complementaridade".
Desde 1981 que os Enfermeiros têm a categoria de Enfermeiro Diretor, quer por nomeação para conselhos de administração quer por carreira. Bastava-lhe ler o DL 411/99.
E de passagem podia pedir que lhe lessem o art.º 18º do DL 248/2009, que determina funções de direção e chefia dos Enfermeiros . Ora se as funções são de direção e chefia o funcionário que as executa, não exagera se se designar diretor.
Ou será que a Senhora Ministra, administradora de carreira, não reconhece a autonomia da Enfermagem para se auto dirigir, apesar de terem mais conhecimentos de administração enfermeira do que qualquer administrador!?
A não ser que com os seus preconceitos ou da classe a que pertence - a dos administradores hospitalares - pretenda(m) amesquinhar os Enfermeiros e as suas direções, não se divisa outra razão que não seja a de manter uma situação que não aceitaríamos nunca!
O Major Melo Antunes disse um dia que o PCP fazia falta à democracia nascente. Mas nós declaramos que é um inimigo intolerável da Enfermagem. E os Enfermeiros vão-se afastando dos seus militantes.
Se não quer acabar com este suplício mais depressa não repita a gracinha de 2009, com uma carreira fictícia, como essa gente propôs e propõe.
DE
A
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