NB: Se não diariamente, pelo menos de 2 em 2 dias, lá vem uma reciclagem de Médicos, uma descoberta deles, na Amazónia, na Patagónia ou América Central, enfim; tudo maneiras e tentativas desesperadas de adiar a necessidade evidente de restruturar os Serviços de Saúde com uma maior percentagem de Enfermeiros, relativamente a Médicos.
Nos hospitais, a medida pode estar muito acertada, pois há falta de professores, com qualidade e saber feito de olho clínico, que já olhou muitas situações patológicas, para ensinar os recém (s).
Já nos CSP, as falhas são devidas a um erro de concepção estrutural dos serviços, nos quais o núcleo das operações devia estar na consulta de Enfermagem e não na consulta Médica, que devia surgir, como consequência da primeira, e não em vez dela.
Com os serviços assim organizados, cada Médico devia ter um limite de consultas, mínimo e máximo e não um número de Utentes que é ineficaz no uso que esses mesmos Utentes fazem do Médico.
A experiência demonstra que é tudo muito relativo e a percentagem de contactos Utente/Médico, dificilmente atinge os 30%.
Ora, aqui está a prova real do desperdício do potencial Médico.
Também, em consequência desse desperdício, os Enfermeiros não assumem, como deviam, a Promoção da Saúde e a Prevenção da doença e repetem-se, Médicos e Enfermeiros, na área curativa.
Mas os surdos lá de cima, mandam os mudos transmitir aos cegos, as evidências, que apontamos e urge evidenciar.
Afinal, à falta de dinheiro temos de acrescentar a de coerência e de imaginação criadora, em visão panorâmica.
Um dia a asa do cântaro vai partir!
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