quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ABUSO DOS ANTIBIÓTICOS


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Portugueses devem evitar consumo abusivo de antibióticos

Publicado em 2013-09-13

 
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O diretor-geral da saúde, Francisco George, defendeu, esta sexta-feira, que os portugueses devem declarar guerra ao consumo abusivo de antibióticos, salientando que o país tem um problema de resistência das infeções.
 
foto GERARDO SANTOS / GLOBAL IMAGENS
Portugueses devem evitar consumo abusivo de antibióticos
Francisco George
 
"Temos um problema em Portugal que é, sobretudo, a resistência das infeções e, uma vez as bactérias resistentes, os antibióticos deixam de fazer efeito. Isto é um problema absolutamente dramático, todos nós temos de combater este problema em conjunto, não são só os médicos", afirmou Francisco George, que acrescentou: "Todos os portugueses devem declarar guerra ao uso abusivo e indevido de antibióticos e trabalharmos no sentido de reduzir a taxa de resistência que é alta no nosso país".
O responsável, que falava aos jornalistas à margem do 3.º Congresso Ibérico dos Serviços de Urgência dos Hospitais EPE (entidades públicas empresariais), no qual foi orador, no Funchal, considerou que os portugueses consomem "antibióticos a mais e de uma forma, muitas vezes, indevida, não só em excesso, no plano quantitativo, como também nas questões ligadas ao tipo, à qualidade da administração do antibiótico".
"Não devemos usar antibiótico por iniciativa própria, a chamada automedicação é absolutamente uma contraindicação", salientou, referindo que "o antibiótico é um medicamento muito importante, tem de ser guardado, tem de ser preservado e deve ser tomado, exclusivamente, por prescrição médica" e, "em regra, nunca mais de cinco dias".
Para Francisco George, "esta é a regra base", e "saber qual o antibiótico mais indicado" e se a doença que implica a sua administração "tem ou não tem indicação formal para fazer esse tipo tratamento".
"Há doenças, como infeções respiratórias, que são provocadas por vírus, e as doenças de natureza viral não devem ser tratadas com antibióticos, porque os antibióticos só fazem efeito a combater indicações de natureza bacteriana", advertiu o diretor-geral da saúde.

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