Sem Sindicatos livres não há democracia.
Sem contratação colectiva não há Sindicatos.
Sem Sindicatos os trabalhadores são presas fáceis dos exploradores: patrões ou lacaios do tipo "outsourcing", abortos ou fora-da-mãe.
Nem todos têm jeito para deitarem contas à vida, mas para eles e os outros, cá estamos nós, para lhes lembrarmos a destruição, que têm vindo a fazer, na Enfermagem, porque é a base da privatização encoberta dos Serviços de Saúde.
Começaram por nos retirar as merecidas bonificações, que tínhamos, nos 35 anos de serviço e 57 anos de idade.
Como se isso não bastasse, começaram a instabilizar o método de contratação e de quadros.
Para completar a obra, destruíram as carreiras e a hierarquia.
Tudo isto foi feito pelo governo de José Sócrates e seus Ministros. E este Governo aproveitou o bonus.
Mas, depois, preso, passou a receber 12.000+12.000€€= 24.000€€/mensais da Octapharma+Dinamcspharma, para vender plasma no deserto da Patagónia e do Sará, por conta do P.L.C.
E nada disto é casual. Tudo tem a ver com o embaratecer o trabalho dos Enfermeiros, encarecer o dos Médicos e o de um ou outro dos Administradores bem colocados no Meio.
Por isso, faz sentido haver um Sindicato que não quer negociar ACT, porque aposta, no quanto pior melhor e ajuda-os a destruir a Enfermagem.
Porém, como está, aqui e agora, o Sindicato dos Enfermeiros -SE, este que vos protege e obedece só aos vossos interesses, juntamente com os nossos Colegas do SIPE, que comunga dos mesmos ideais nobres, vamos forçar a barra, até onde forem as nossas forças, para negociar 1 ou 1000 ACT, para valorizar os Enfermeiros, a sua carreira de desgaste rápido e exigir o reconhecimento do grau 3 de complexidade com que, cinicamente, classificaram o Enfermeiro, em acção.
Já estamos a treinar os limites da lei, para executarmos as nossas formas de luta, até os que desconhecem a força dos Enfermeiros aprenderem a lição: sem Enfermeiros não há Enfermagem; sem Enfermagem não há evolução, na assistência hospitalar e comunitária. Pára tudo, ou quase.
Se as coisas correrem como esperamos, vão lembrar-se desta lição, durante duas gerações, pelo menos.
Mas não nos culpem, porque nós somos as vítimas, a quem assiste o direito à reação adequada!
Com amizade,
José Azevedo
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