Com a minha formação do tipo moscardo pensava que não havia quem desse ferradelas certeiras.
Os Hospitais da Feira e de Guimarães são dois dos que têm na presidência do Conselho de Administração não Médicos.
Essa qualidade desencadeia uma atracão especial, no Presidente da seção Regional Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM), Dr.Miguel Guimarães.
A última foi ter descoberto no 9ª andar do Hospital de Guimarães, uma arrecadação com doentes em macas, por falta de capacidade dos Médicos para assumirem as altas, de forma organizada e responsável.
Claro está, que as principais vítimas são os Enfermeiros, que têm de atender e assistir estas pessoas em más condições e maior dispêndio de energias, porque são os profissionais da proximidade próxima.
Por exemplo; na sarna de Vila Real foram atingidos vários Enfermeiros e auxiliares. Apenas uma Médica, que olhou de longe a doente sarnosa, fez uma medicação de prevenção, talvez para ensaiar uma vacina contra a escabiose tipo sarna, ou para sossegar a sua consciência e uma pontinha de inveja, por não ter com que se coçar.
Nós aqui, não tínhamos pensado nisto, nestes termos. Até nos parece esta iniciativa da OM local, cheia de boas intenções.
Mas estamos à espera de quem se segue nas visitas desta organização para alinhar uma teoria.
Penafiel, Vila Real e Bragança estão na calha para confirmar a teoria.
Para quem está honesta e desinteressadamente (sem interesses secundários) nas Administrações destas casas, sabe que os menos indicados para isso são os Médicos, porque não conseguem distanciar-se suficientemente da Profissão que consideram a única e essencial, a Medicina.
Os sobreviventes do que foi a Administração do HSJoão pelo Provedor João Rodrigues e pela Superintendente de Enfermagem Madalena Taveira, constata, que foi modelar.
Começo a decair quando passou a ter um Diretor, Professor da Faculdade de Medicina, Ernesto de Morais, de seu nome. Nunca mais atingiu os níveis de conforto e eficácia anteriores, apesar de até haver um Médico de Pediatria (Dr. Barbeiros) que tinha uma pasta, no seu gabinete, que dizia: "despachos do mentecapto". Abrindo-a, podiam ler-se os despachos do Provedor.
É mediante a inevitável comparação destes comportamentos, que se pode tirar conclusões, a posteriori, cunhadas pela experiência, portanto.
Transformar a Medicina, no eucalipto do SNS é o melhor método para por em perigo, o maior dos perigos, a sustentabilidade do SNS.
Por enquanto, os Enfermeiros, a título de exemplo, ainda não assimilaram bem as causas de 85% das verbas de remunerações, serem só para Médicos e 15% para todos os outros.
Quando intuírem esta monstruosidade, a reação terá de ser adequada e espontânea.
Com amizade,
José Azevedo
Sem comentários:
Enviar um comentário