METER O ROSSIO NA BETESGA <clique aqui>
Mas não são os Médicos que mandam na saúde?
Não são eles que talham e retalham, desde o mais modesto posto de comando, até ao mais elevado, incluindo o Ministério, onde já inventaram uma doença, a cada um dos seus ocupantes fictícios, a que classificam de amanuenses?
Claro que são e é bem feita!
Mas nós temos outra perspectiva:
O SEP interrompeu as negociações com o MS.
O Presidente honorário da FNAM (médicos), Dr. Mário Jorges das Neves, interrompeu as negociações das 4ª s negociações de ACT dos Médicos, contra zero dos Enfermeiros;
O SEP fez greve para os Enfermeiros ou para os Médicos, visto que o ideólogo é o mesmo Dr. Mário Jorge, no Comité Central do PCP, não é?
Mas há uma coisa em que têm razão:
Meter tanto Médico, numa vasilha com tão poucos Enfermeiros, é o mesmo que tentar meter litro e meio de água numa garrafa que está cheia com um litro, ou como dizem em Lisboa; tentar meter o Rossio na Betesga, que é pequenina, para quem conhece, ou pode ir verificar no local.
Efectivamente, continuam a bater na tecla do Médico de Família - o faz-tudo - quando deviam pô-lo a fazer só medicina e não lhe averbar senão um número razoável de consultas diárias, ou mais bem; avençá-los visto que nunca alguém os vai proletarizar e fornecerem a lista desses avençados aos Enfermeiros, para estes encaminharem os só doentes para os médicos avençados, isto se o interesse fosse olhar razoavelmente para as necessidades da população; mas não é, longe disso.
Deviam ter uma pontinha de vergonha: os Médicos que continuam a bater na tecla já gasta e quem lhes tolera esta música.
Se a equação não se ajusta às incógnitas, reformule-se a equação, porque está mal equacionada.
Isto é; acabem com o paradigma de porem Médicos a tratar de igual modo os sãos, que nunca os visitam e os doentes, que não saem do consultório, pois já saem de lá com a próxima visita marcada.
Médico gastou não pouco do erário público, para aprender a tratar doentes e não para engordar estatísticas com os não doentes.
O que é estranho é ver os que se auto-intitulam arautos da nova democracia à portuguesa a defenderem estas aberrações, fazendo de todos os outros parvos; é mesmo muito esquisito!
Com amizade e paciência do tipo da de Jó,
José Azevedo
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Médicos fogem para o privado e estrangeiro
HELENA NORTE
| Ontem
Mais de três mil médicos pediram reforma antecipada desde 2011. A maioria saiu do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para ir para o setor privado, mas há um número crescente de profissionais a emigrar.
É um êxodo nunca visto no país, nem durante a Guerra Colonial. O alerta é da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), que fez ontem, em conferência de imprensa, um balanço de quatro anos de governação na área da saúde.
Desde 2009 que um número elevado de médicos solicita aposentação antes de atingir a idade da reforma, mas é desde 2011 que a tendência se agravou. Este ano, parece haver um ligeiro declínio nos pedidos de reforma antecipada, mas os números não são ainda definitivos, explica Merlinde Madureira. A presidente da FNAM considera que a saída massiva de profissionais coloca em risco os serviços públicos, ao mesmo tempo que torna mais distante a concretização da meta de todos os portugueses terem médicos de família.
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Mas este projecto não começou em 2011.
É bem mais antigo. Que o diga o mítico Correia de Campos.
A Fnamica Merlinde Madureira, embora seja o espelho, onde se reflecte Mário Jorge Neves, ou vice-versa, devia dar mostras mais evidentes do muito que sabe e comprimiu para inventar uns quantos Médicos, que vão tirar especialidades ao estrangeiro, que cá não existem, como a medicina espacial, ou não têm tantas vagas disponíveis, quantas as requeridas, pelos potenciais candidatos.
Entendo que devia demonstrar conhecer mais bem o projecto da Classe Médica para a privatização do SNS, pois é tão claro, que até se pode ler em braile, sem os piquinhos.
Mário Jorge disse que Ministro da Saúde desinvestiu no dito SNS.
Os Enfermeiros que o digam, pois tem sido o congelamento dos seus salários desde que Sócrates tomou posse em 2005, que se veio agravando ao ponto de os Médicos consumirem 85% da massa salarial total do Ministério da Saúde e os outros todos, onde estão incluídos os Enfermeiros, terem de se contentar com os sobrantes 15%. É esse congelamento de que o Ministério da Saúde, este e o anterior se serviram para reduzir as dívidas.
E a culpa não é da Classe Médica; é dos bacocos que acreditam que as doenças só se curam com Médicos, fingindo, ou não; desconhecer o papel dos Enfermeiros.
E a culpa não é só dos Ministros deste Governo; é sobretudo, de quem entregou a "Nova Gestão da Saúde à Classe Médica, perita em atirar a pedra e esconder a mão.
Para os estrategas é muito bem feito.
Então se o ministeriável Adalberto, que já se vai mostrando, ganhasse altura, então é que a coisa se vai complicar; pelos ares que já exala... se pode ver a carruagem.
Ao que um Enfermeiro e um Sindicalista estão sujeitos e têm de ouvir e ver!
Com amizade, mas atento,
José Azevedo
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