domingo, 16 de outubro de 2016
ENTREGA DE CÉDULAS AOS NOVOS ENFERMEIROS EM COIMBRA 15.10.2016
ENTREGA DE CÉDULAS <prima aqui>
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ONTEM, SÁBADO 15/10/2016 ASSISTIMOS A CONVITE, À ENTREGA DE CÉDULA PROFISSIONAL AOS NOVOS ENFERMEIROS.
Os discursos não falaram dos problemas que a Profissão atravessa.
A nosso ver, teve louvores e elogios recíprocos, em demasia; um elogiava outro e vice-versa. Sobre os finalistas "nim"...
Uma questão de opções, pois nesta manifestação pública os Dirigentes da Ordem estavam francamente satisfeitos cada um consigo e com o outro.
De algum modo, não era o momento de lembrar pecados velhos.
A seu tempo, os jovens formados contactarão com a realidade.
Querem um exemplo prático:
A caminho de Coimbra, ao fim da manhã, ouvia a Rádio Renascença, onde um grupo dissertava sobre as dificuldades dos "CUIDADORES" das falhas e falhos de memória, a requererem apoio qualificado que os intervenientes do programa demonstravam não possuir nem saber, como e, onde o obter.
Mas se esta perda progressiva da memória não é uma doença... por que estava o prof. Castro Caldas a debitar conceitos e preconceitos?
Não estava nenhum Enfermeiro presente e, foi notório o cuidado anti-enfermeiro, em não falar nesse grupo, o nosso, uma só vez.
Mas, mais espetacular é isto:
ESTUDANTES DE ENFERMAGEM VÃO ENSINAR OS CUIDADORES...<prima aqui>.
Quem foi o IU, que teve a ideia imprópria, desgraçada, infeliz; de se meter, onde não foi chamado?
Ai é!... Então por que não nos chamam nem falam em nós!?
Se está no grupo radiofónico um professor de neurologia, é porque há doença e, se há doença, tem de haver Enfermeiro, de contrário; se é um problema social, então só devia ter assistentes sociais e relatores de estatísticas de quantos vão perdendo as faculdades memoriais, completado com uma cuidadora frustrada com a sua ignorância e falta de apoios. Era assim constituído o grupo.
Aqui está mais uma oportunidade de marginalizar os Enfermeiros, criando com a ajuda dos alunos formandos/formadores uma nova casta de curandeiros a roubarem postos de trabalho aos Enfermeiros.
A Ordem dos Enfermeiros deve estar a olhar, para hoje, porque, se olhasse para ontem, não era assim...
Será que há por aí mais uma escola comandada por Enfermeiros, com tolerância da Ordem, que as devia encerrar, a pensar ganhar uns €€€€ à custa de TAE-TE e de CUIDADORES DESCUIDADOS!?
Se a este grupo juntarmos os outros IU, que formam as pessoas no auto-cuidado, não falta nada para estarem criadas as condições de emigração, para Enfermeiros formados, em Portugal.
Enquanto os nossos colegas do lado, os Médicos, não deixam morrer a ideia de que só o Médico garante respostas para todos os problemas, os Enfermeiros, formados por quem não exerce e/ou nunca exerceu a "cuidadice" têm uma enorme dificuldade, em delimitarem o seu campo de ação.
Vai longe o tempo em que o campo de ação enfermeira era o do currículo escolar. Felizmente, hoje, a licenciatura dá tanta liberdade de ação e de imaginação, ao Enfermeiro, como a qualquer licenciado, mesmo que alguns ainda não se tenham lembrado disso, também por défice de informação.
Depois, não venham lamentar-se que os sindicatos não fazem nada.
Não quero imitar os que se metem em terrenos alheios, deixando de fazer o que devem, para fingirem fazer o que está feito, mas, se for necessário, dou uma ajudinha, para lembrar os Enfermeiros que não há só hospitais e centros de saúde, para ganhar dinheiro honestamente; há mais alternativas, se não as destruírem estupidamente.
Não há melhor oportunidade do que o dia da consagração profissional para lembrar estas graves distorções.
Com amizade,
José Azevedo
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