sábado, 22 de outubro de 2016

MINISTÉRIO DA SAÚDE ESTÁ A ATIRAR AREIA PARA OS OLHOS ENFERMEIROS



MS ATIRA AREIA PARA OS OLHOS DOS ENFERMEIROS <prima aqui>

A questão de fundo não é contratar Enfermeiros;
A questão de fundo é; regulamentar devidamente os que já trabalham, em 3 pontos fulcrais:

1 - vencimentos adequados ao nível da complexidade e saber técnico-cientifico dos Enfermeiros, que trabalham, logo a partir da admissão na função;

2 - Horários e demais cláusulas iguais para todos, para que o artº 59º da Constituição se cumpra; «para trabalho igual salário igual e só é igual se o horário for igual»;

3 - Reestruturação da carreira com as categorias de especialistas e direcção e chefia devidamente enquadradas e com progressões garantidas, acabando com chefias de conveniência e circunstância, pagas a 200€ de subsidio, esquema que já demonstra quanto está a lesar o bom desempenho, que se estima para os Enfermeiros.

É isto que está em causa e o que o nosso Sindicato dos Enfermeiros - SE, propõe, assim como o SIPE, através de negociação colectiva adequada e séria, que as carreiras dos DL 247 e 248 de 2009 determinam, pois quem as definiu e aprovou sabe a m... que fez e, por isso, deixou a porta aberta, para as correcções necessárias e inevitáveis, mediante a contratação colectiva, que este governo e os outros têm vindo a adiar, escudado e apoiado por manobras de diversão, com as quais vão iludindo os Enfermeiros, que estão a ser muito mal compensados do seu esforço diário.
Contratar Enfermeiros, para serem tratados como "carne para canhão" não é o objetivo prioritário desta estrutura sindical (SE+SIPE=FENSE), que aconselha aos Enfermeiros todos, que doseiam sabiamente a quantidade e qualidade do seu trabalho, pois será esta atitude firme, que abre as portas a outros Enfermeiros e não as promessas não cumpridas do Ministro da Saúde.
Se o MS não andar lesto da perna, teremos de instituir uma taxa, mais uma, para os Enfermeiros cobrarem directamente, aos Utentes, sem recibo, (vulgo gorjeta).
Não apoiamos a estratégia de os Enfermeiros terem de trabalhar, em dois lugares, para conseguirem o vencimento, que devem ganhar, num só lugar.
Esperamos que o Ministro da Saúde acorde, antes que a maquinaria de terraplanagem de que esta estrutura sindical dispõe, entre em ação. Não somos parcos em avisos, que ele ignora ou finge ignorar.
Lembramos, a propósito, que a nossa greve, se for esse o recurso, para fazermos valer os direitos dos Enfermeiros, que já estão ao serviço, não os que andam por aí; é de configuração diferente e consequências diferentes das habituais (das de greves tipo sol na eira e chuva no nabal: nem mobilizam o governo, nem causam danos aos doentes; são só para inglês ver).
Estamos a adiá-la, porque sabemos historicamente, as consequências do seu uso.
Mas, se o governo não nos atender, como deve, e rapidamente, sobretudo, numa única mesa negocial, pois as necessidades dos Enfermeiros não se movem, ao tom das tendências sindicais, nem a unicidade sindical é permitida pela constituição.

Colegas Enfermeiros, estejam atentos ao que escrevemos.
Por organização e método, não temos 250 dirigentes como o SEP, ou a Ordem, para podermos visitar-vos como essas estruturas, mas temos a FORÇA DA RAZÃO E CONHECEMOS AS VOSSAS NECESSIDADES E EXPECTATIVAS, COMO AS DA CLASSE ENFERMEIRA,  MELHOR DO QUE ALGUÉM E NÃO NOS POUPAMOS A ESFORÇOS HUMANAMENTE EXEQUÍVEIS!

Com amizade,
José Azevedo

Post Scriptum (PS)

P.F., alguém nos pode e quer esclarecer acerca do anúncio do "Curso de Auxiliares de Saúde", o que é e para que serve e quem o promove?
Estaremos perante uma alternativa aos Enfermeiros, como está a acontecer com os Técnicos Altamente Especializados, mais recentemente despromovidos sem o "altamente" (TAE ou TE)?
Haja uma alma caridosa que satisfaça a minha curiosidade, porque não quero jurar falso, pois é norma da casa falar, somente, do que sabe e experimenta. (José Azevedo)

E A AJUDA CHEGOU:

josnumar deixou um novo comentário na sua mensagem "MINISTÉRIO DA SAÚDE ESTÁ A ATIRAR AREIA PARA OS OL...": 

"Curso de Auxiliar de Saúde" ? Há várias empresas, ditas de formação profissional,a publicitar e a ministrar estes cursos e outros parecidos. Como sabe as carreiras gerais do sector da saúde acabaram e foram metidas num grande saco a que rotularam de Assistentes Operacionais. No seu interior encontramos electricistas, motoristas, jardineiros, carpinteiros, canalizadores, contínuos das escolas, porteiros, maqueiros e ex-auxiliares de acção médica.
Como as leis europeias exigiram, foi criado em outubro de 2010,pelo então governo português, um Curso de Técnico Auxiliar de Saúde. Foi criado e está a ser ministrado esse curso, com a duração de 3 anos, com estágio profissional em contexto de trabalho, nas Escolas Ensino Básico e Secundário. Está publicado e aprovado o Referencial de Competências e Formação dos TAS e o seu Perfil também. Desde a criação deste curso até hoje o Ministério da Saúde ainda não homologou esse mesmo curso, logo quem tem frequentado e desejar trabalhar como TAS em Portugal, infelizmente e para seu espanto, simplesmente não o pode fazer como TAS, mas apenas como assistente operacional. Mas isto é só uma parte da questão. Aconselho a leitura de alguns documentos até hoje publicados.
Deixo aqui esta pergunta: os assistentes operacionais são ou não importantes nas equipas multidisciplinares da saúde?
http://www.catalogo.anqep.gov.pt/PDF/QualificacaoReferencialPDF/497/EFA/duplacertificacao/729281_RefEFA

MUITO AGRADECIDO <José Azevedo>

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