Imaginemos durante alguns segundos que a situação se
passava entre Enfermeiros e Médicos?
Isto é: que os Enfermeiros se preparavam com a ajuda dos Médicos para os
substituir nesta e noutras circunstâncias, receitando, operando, passando
certidões d óbito, etc.
E vinha a Ordem dos Médicos
contestar esta formação: poder-se-ia dizer - «Médicos boicotam a formação do
INEM»?
Sabemos que há um iluminado - médico - que vai fazer socorrismo (low cost) à Alemanha, que nem sabe por que nesse
país, por exemplo, recorrem a pessoas com formação ligeira, mas nós informamos esse ignorante e outros
basbaques, que vêm para Portugal cheios de sabedoria: é porque não há Enfermeiros, aí, em
quantidade e têm de racionalizar o seu uso e distribuição, por outras prioridades.
Em Portugal, os Enfermeiros e suas competências deviam merecer mais
respeito, sobretudo dos
Médicos, que se envolvem, na formação destes auxiliares, que, até os
mandam para hospital militar, com boneco, para ensaios.
Depois, se o sinistrado está inanimado e a campainha não toca, porque não
há campainha, como é, ó inteligentes?
Se é para serem auxiliares dos Médicos, estes podem delegar-lhes as
competências próprias, aliás mais simples do que as dos Enfermeiros;
Se é para serem auxiliares dos Enfermeiros, atuando autonomamente, em vez
dos Enfermeiros, em nome deles, estes têm não só o direito, como o dever, de
impedir que sirvam gato por lebre à população, na complicada e melindrosa
situação de emergência.
Ora, havendo em Portugal, Enfermeiros
no desemprego que o "lobby" dos administradores hospitalares e CSP
não deixa empregar, não os usar, noutras atividades e estar a propor esta
solução desnecessária e perigosa, além de ilegal, é crime e merece denúncia de
quem a promove e alimenta, a começar pelos Ministros e Secretários de Estado.
Será que os Enfermeiros, quando defendem os seus legítimos direitos e
deveres e competências enfermeiras, não terão o mesmo direito de defesa, que
outras Profissões, regradas por Ordens Profissionais; e, ao defender-se,
defendendo as vítimas, estão a "fazer boicote à formação" de
perigosos curandeiros, estão a ser corporativistas como acusa o presidente do
sindicato desta coisa anómala?
Podíamos dar a origem e motivação da formação de "médicos de pé descalço"
e quem a promove, em Portugal, mas estamos no capítulo da defesa e não no da
acusação.
Por isso exigimos do "Expresso", semanário, o direito de
resposta, enquanto presidentes da FENSE (SE e SIPE) do Sindicato dos
Enfermeiros e Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem, ambos dos principais responsáveis
pela ideia e introdução da assistência pré-hospitalar, em Portugal,
enquanto diretor enfermeiro do Hospital de São João, o 1º e Enfº das Urgências
dos HUC. (Hospitais da Universidade de Coimbra), o 2º (José Azevedo e Fernando Correia)
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