ENSINO SUPERIOR
Enfermagem no top dos cursos com maior aumento de vagas
18 Julho 2014, 20:48 por Marlene Carriço | marlenecarrico@negocios.pt
Este ano lectivo, que começa em Setembro, oferece aos alunos um menor leque de escolhas. Ao todo há 50.820 vagas, menos 461 do que no ano passado. Mas há áreas e cursos em específico onde esta tendência é contrariada.
Entre os cursos com uma maior variação positiva de vagas face a 2013 destacam-se três de enfermagem, dois de gestão e, por exemplo, o de Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação (regime pós-laboral), na Universidade do Minho, que regista mesmo o maior aumento proporcional, na ordem dos 83%, para um total de 55 vagas disponíveis no próximo ano lectivo. Estes são apenas alguns exemplos dos cursos com maior aumento de vagas no próximo ano.
Ao todo, e numa lista superior a 1.000 cursos, 136 aumentaram vagas face a 2013. O Negócios optou por destacar os que tiveram uma variação superior a 40% de um ano para o outro. Mas olhando para os 136 cursos, e agrupando-os por grandes áreas de formação, são as de informática (+9,5%, para 900 vagas), agricultura, silvicultura e pescas (+2,7%, para 864 vagas) que mais aumentaram vagas este ano, proporcionalmente.
Ainda assim, é a área de "engenharia e técnicas afins" que domina a oferta nas instituições de ensino superior. Com 9.022 vagas disponíveis para o próximo ano lectivo, concentrando assim 17,5% do total de vagas, seguida das ciências empresariais e da saúde (15,3%) e Saúde (13%).
Do lado oposto da tabela, as maiores quebras, tendo em consideração áreas com um número considerável de vagas, assinalam-se na arquitectura e construção (onde se inclui engenharia civil) e nos serviços sociais. No primeiro caso, há uma quebra de 213 vagas (-9,3% face a 2013), para um total de 2.085. Se tivermos como base de comparação o ano de 2012 então a quebra ronda os 24% na área de arquitectura e engenharia civil. No caso dos serviços sociais, a quebra anual é de cerca de 7,3% e no conjunto dos dois anos a redução foi de 16,7% (o equivalente a 217 vagas).
Esta evolução justifica-se em parte pela baixa procura, que levou à extinção de cursos. A maioria dos cursos manteve o número de vagas, muitos porque ficaram impossibilitados de aumentar a oferta por terem uma taxa de desemprego superior à média. E cerca de 130 reduziram vagas.
Universidades e politécnicos públicos disponibilizam ao todo 50.820 vagas para os candidatos ao ensino superior na 1.ª fase do concurso nacional – cujas candidaturas decorrem até 8 de Agosto –, menos 641 lugares do que os 51.461 colocados a concurso no ano lectivo de 2013-2014. De acordo com a informação disponibilizada pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), o número total de vagas disponíveis para a 1.ª fase do concurso nacional de acesso está a cair desde 2011, ano em que foram a concurso 53.500 lugares. Mas a quebra de alunos candidatos tem sido superior.
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