domingo, 6 de julho de 2014

O CÍRCULO VICIOSO

Aquele epifenómeno da Administração de um grande Hospital, como é o de São João, que se vai eternizando na função, nesta nossa apagada e vil tristeza, conseguiu unanimidade nas Direcções dos serviços, por 2 razões:
1 . Por que são muitos, 66 ao todo;
2 . Por que foram escolhidos pelo epif...
2 . 1 Por que já estão a receber, em dinheiro, as horas extraordinárias, que os Enfermeiros só recebem em tempo quando ecebem.
Este é o prémio final do seu número bem ensaiado da demissão colectiva, como se isso fosse relevante para o funcionamento do Hospital.
Quanto a nós, o Ministro, se fosse pessoa mais avisada sobre a matéria, devia esperar e, até, aceitar as demissões, mudando o figurino da administração que dizem estar reduzida a Médicos e administradores LB.

Os Enfermeiros chefiados por chefias cada vez mais pressionadas por estes administrantes, a escravizarem mais e mais os seus colegas Enfermeiros, estão longe de programarem estratégias destas que o epif... desenvolve.
Pelo contrário; levam a que os Enfermeiros, cada vez mais percam mais tempo a abrilhantarem o papel do Médico, tapando-lhe as falhas, reduduzindo-lhe as dificuldades, enquanto descuram a valorização do seu próprio papel, perante o Doende que sofre, mas pensa, observa o evoluir de cada profissional. É uma reminiscência da era da "Assistência", paradigma em que o Médico era o benemerente da Misericórdia e a Enfermeira a alma caridosa que lhe facilitava o desempenho gratuito.
No imaginário popular permanece a memória do papel do Médico e o da Freira, que as Enfermeiras nem sempre trazem ao  1º andar da consciência, para o adequarem racionalmente, cuidando mais do seu valor e menos do que é de outros, sejam quem forem.
Então a equipa, o que é?
O resultado é que o estratagema habilidoso já fez chegar ao bolso dos directores e dirigidos Médicos o pagamento das horas extraordinárias, de inutilidade fdacilmente demonstráveis, como são as dormidads nas urgências (escândalo) e outras de espera do que não vem, como as de obstetrícia onde se esperam nascituros de gávidas que não engravidaram.É a reforma do Sistema...
Mas para os Enfermeiros, nada senão trabalho escrava e malm pago.
Ora, os Enfermeiros têm de ser capazes de golpadas à epif...
Quem estava no hospital de São João, no ano 2003, sendo eu Enf.º Director, lembrar-se-á que propus, ao CA de que fazia parte, o pagamento, em dinheiro, de horas extraordinárias, que constituiam 16% do total e as dos Médicos 76%. Todavia se esses 16% fossem pagos em dinheiro iriam prejudicar o pagamentos dos 76% do total atribuídas a Médicos e todas pagas em dinheiro, embora nda impeça na lei que sejam pagas com tempo, como aos Enfermeiros, isto partindo do pressuposto de que os Médicos também são funcionários abrangidos pelos mesmos direitos e deveres dos outros funcionários. (isto numa perspectiva optimista, claro está)
Fui posto na rua com um inquérito, que a minha antecessora coordenou, vergonhosamente, pecaminosamente, que nem a sua cantoria eclesiástica anula.
Fui reintegrado com os responsáveis Jaime e Ministro fora dos cargos. Deus não dorme, ou seja; a justiça tarda mas não falha.
Colegas Enfermeiros/as, isto é convosco.
Ajudem-nos a recuperar o que vos estão a roubar; imagem, importância e salário.

Com amizade,
José Azevedo

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