segunda-feira, 25 de maio de 2015
O TELEMÓVEL NA BARRIGA DA CESARIANADA
Muitos espantaram-se por a ginecobstetra ter-se esquecido e deixado o teleponto na barriga a substituir o bebé, que nasceu por cesariana e se encontra bem.
Ninguém se espanta se um político vai ler à televisão um teletexto a olhar para ele e a fingir que olha para nós.
Mas não sei por que se admiram de o enrascado ginecobstetra estar com o telemóvel na barriga da parturiente, para ler as mensagens de quem o orientava, à distância, pois não ficava bem estar a falar para dentro da barriga da "parideira".
Ora, foi justamente esse silêncio e, quando a leitura deixou de ser útil, que o esquecimento se deu.
O problema surgiu, quando o tele-orientador, não tendo o retorno do orientado, se lembrou de telefonar, à aluna.
Como o dito telemóvel estava na posição de vibrar, a puérpera sentiu aquela vibração estranha e resolveu perguntar à parteira se aquilo era normal.
Esta disse que não e reuniu a equipa para aliviar a vítima daquele objecto estranho.
Não demorou mais do que cinco minutos, a libertá-la do telemóvel, pois nem foi preciso desinfectar a área, porque o telemóvel tinha sido banhado com álcool a 70º e passado pelos raios cósmicos, que matam aeróbios e anaeróbios.
Ainda há quem se admire que fiquem compressas nas barrigas, porque as Enfermeiras se esqueceram de as contar, para ter a certeza de quantas faltam.
Exagerados!
Vibram com pouco!
Com amizade
José Azevedo
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