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Finalmente os Enfermeiros acordaram e começam a auto-organizar-se!
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Ao contrário do que se possa pensar ou dizer, esta reunião nasceu de um movimento autónomo que, durante algum tempo, foi trocando entre si e-mails, sms, telefonemas e.... cresceu. Isto édigno de nota!
Lutam por melhores salários, por mais dignidade profissional e pelo reconhecimento da sua autonomia e competências gestionárias. Tal e qual todos os Enfermeiros portugueses, lutam por aquilo que julgam mais justo para si e para as suas respectivas categorias profissionais.
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Este movimento não esteve sozinho naquele auditório cheio. Além de Chefes e Supervisores, compareceram livremente outros Enfermeiros. A sala não teve portas, pois naquele dia a preocupação era mais a Enfermagem do que a circunscrição "Chefes/Supervisores". Marcaram presença, também, os líderes dos dois maiores sindicatos de Enfermagem em Portugal: O Enf. José Azevedo (sempre muito perspicaz e multíscio), pelo Sindicato dos Enfermeiros e o Enf. José Carlos Martins, pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Tudo isto apadrinhado pela Ordem dos Enfermeiros e pelo Bastonário Germano Couto (que, apesar de tudo, não teve um papel na criação do movimento).
É admirável o facto de um conjunto de Enfermeiros se mobilizarem em prol da defesa dos seus interesses!
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Esta reunião foi importante por vários motivos: discutiram-se estratégias e estabeleceram-se consensos.
Os Enfermeiros reprovaram, de forma avassaladora, as ideias e metodologias do SEP. Parece-me que doravante teremos alguma concertação sindical. (sublinhado nosso José Azevedo)
Foi afirmado várias vezes que em termos retributivos todos os Enfermeiros estão a sofrer de um enorme injustiça e foi focado a necessidade de se homogeneizar os salários de entrada na grelha salarial, bem como incrementar o esquema salarial de toda a carreira de Enfermagem, independentemente da sua categoria!
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Foi elaborado um comunicado (pelos próprios Enfermeiros, não pela Ordem) a enviar para o Ministério da Saúde, subjacente à ideia unânime de que qualquer início de negociação terá um repercussão positiva em toda a carreira (como sabem estão em cima da mesa as negociação dos Acordos Colectivos de Trabalho), a exigir um conjunto de renegociações! Recordo que os Chefes/Supervisores, bem ou mal, são entendidos como representantes da classe!
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Uma nota final para o Bastonário Germano Couto que durante o seu mandato apoiou todos os movimentos e petições criados pelos Enfermeiros para a defesa dos seus interesses e da profissão!
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