segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

ESTA É DO CALINO!

Médicos aposentados vão poder acumular a pensão de aposentação, com o ordenado que, provavelmente, recebiam, aquando da sua aposentação; patati-patatatata!...

O Sr. de Pombal, que acumula, também ele, com o cargo de Bastonário dos Médicos, aplaude e comenta:
«Estou muito de acordo, porque o ministro cessante, [a quem batizaram de "zarolho por só ver para o lado médico da coisa"] pôs os Médicos a trabalhar de graça, porque retirava à pensão de aposentação o salário da retomada atividade

Deus ou o Diabo, ou quem puder e souber ajude-me nesta embrulhada, mais uma, do Professor Doutor José de Manuel da Silva de Pombbal.
Pergunto a quem souber responder:
P: Então a lei da aposentação não tem uma pensão calculada, para todos os cidadãos, de acordo com o que está definido nessa lei?
R: Claro que é essa a base de cálculo da pensão, portanto está certo; correcto.
P: Os trabalhadores, que trabalham, ou veem trabalhar os outros têm um salário de acordo com a sua categoria, na sua carreira profissional, não é?
R: certo, correcto, etc e tal!
P: Será legítimo e certo e correcto pensar que;
a) há uma remuneração para quem trabalha, quem está no suposto "activo" e é cálculada segundo uma TRU (tabela remuneratória única);
b) há uma tabela de pensionistas, através da qual é paga a pensão aos pensionistas;
Ora, se cada situação tem a sua remuneração, por que dão as duas remunerações; a de aposentado e de  reactivado, aos Médicos, que só fazem falta devido à má organização reconhecida?
P: Será que os Médicos aposentados não deixam de o ser, mesno fingindo, que vão passear aos serviços a bata branca, ou não, para terem direito a outra remuneração sem deixarem de ser aposentados passando a ser as duas coisas: APOSENTADOS/REATIVADOS...?
R: Não sei, responde o Calino.
Disse o Sr. de Pombal, para deleite da nossa faculdade pensadora, que o dito Zarolho, feito Ministro da Saúde, «explorava os Médicos aposentados, ao suspender-lhes as pensões e passar a pagar-lhes  a remuneração normal, tornando gratuito o trabalho destes reactivados Médicos».
Macacos me mordam...
Se há uma pensão para aposentados;
Se há uma remuneração para activos;
P: Suspender a pensão aos reactivados e passar a pagar-lhes pela remuneração, que percebiam, antes de aposentados, isto é pô-los a trabalhar gratuitamente?
R: Não, incerto, incorreto. Isso é cumprir a lei, que é assim, para todos os trabalhadores não-médicos.
Como é que este espertalhão de Pombal, feito Bastonário dos Médicos, consegue uma medida especial, para aposentados especiais, que deviam ser iguais aos outros, pois as suas diferenças relativas, verificam-se na acção e, nunca, na inação. Se reativados paguem-lhes como se não usassem o estatuto das duas coisas, num só momento; aposentados-não aposentados.
O Shakespeare inglês dizia: ser ou não-ser: eis a questão.
O Bastonário Médico consegue o ser e o não-ser num só momento e não é questão
Portanto, se querem regressar ao activo suspendem a pensão e recebem a remuneração de activos.
Quando regressarem, à aposentação, de onde, nada justifica, terem saído, se ouvesse mais organização, no SNS e menos aldrabices, de falsas necessidades; passariam a receber a pensão de aposentação ou de situação.
É sabido, que muitos Médicos e, não só, aproveitaram as facilidades de aposentção, em pleno vigor físico e psíquico, no caso dos Médicos, no auge da sua carreira, para fugirem às posteriores degradações de pensões de aposentação. E, agora, não querem perder o fruto da sua esperteza saloia.
Como é que o habilidoso de Pombal encontrou burros pela frente, que não sabem ler os sinais da lei, da austeridade e dos tempos!?
Eles aí estão.
Mas o maior burro de todos estes chicos espertos, sou eu, porque não consigo estas habilidades e mordomias, para os Enfermeiros.
Como é isto possível?
É!
E como uma desgraça nunca vem só, há uns anjinhos que sonham que a Ordem dos Enfermeiros possa algum dia a fazer coisas parecidas com o que PARECE fazer a Ordem dos Médicos e desvalorizam os Sindicatos da Classe Enfermeira...
Anjinhos...
José Azevedo

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