domingo, 1 de maio de 2016

COMPAREM ESTA SITUAÇÃO COM A DOS CENTROS DE SAÚDE EM ACES, QUANTO A DESLOCAÇÕES OU AMEAÇAS DE DESLOCAÇÃO

Sindicato denuncia "terrorismo psicológico" no "call center" do Grupo José Mello

28 Abr, 2016 - 11:32
Trabalhadores não conhecem tabelas salariais e há mulheres a quem são negados aumentos por terem gozado licença de maternidade.

O Sindicato dos Trabalhadores de Call Center acusou a empresa José de Mello Saúde de "terrorismo psicológico e de não cumprir a lei ao esconder tabelas salariais", adiantando que já denunciou a situação ao Ministério do Trabalho.
"Os trabalhadores do 'call center' da José de Mello Saúde, que atendem as linhas de apoio dos Hospitais e Clínicas CUF, e o Sindicato dos Trabalhadores de Call Center estão num braço-de-ferro há vários meses. A José Mello Saúde, no seu 'call center', não cumpre a lei nem respeita os trabalhadores", disse à agência Lusa o presidente do sindicato.
De acordo com Danilo Moreira, na empresa José de Mello Saúde (JMS), que gere os hospitais CUF, "existe precariedade, salários baixos, pressão e stress constante".
O sindicalista acusou a JMS de "esconder as tabelas salariais dos cerca de 250 trabalhadores, o que é ilegal".
"Os trabalhadores sabem que, eventualmente, podem progredir na carreira, não sabem quando, quanto podem vir a receber e que metas devem cumprir para serem promovidos. Um verdadeiro terrorismo psicológico contra os trabalhadores. A grande maioria mulheres, mães, muitas vezes solteiras. E a JMS, além de esconder as tabelas salariais, não permite a progressão dos trabalhadores que faltaram nos últimos anos, mesmo que justificadamente", disse.
Segundo Danilo Moreira, as trabalhadoras que foram mães "não vêem o salário aumentado, devido a terem beneficiado de licença de maternidade". "Isto numa empresa que diz incentivar a maternidade", acrescentou.
O presidente do sindicato contou também que os trabalhadores estão também "a ser lesados em centenas de euros" devido à transferência de local de trabalho.
A agência Lusa tentou obter comentários junto do gabinete de comunicação da empresa José Mello de Saúde.
Deslocação de trabalhadores
"Há alguns meses, no 'call center' da Mello Saúde, foram deslocadas pessoas, que estavam em Oeiras, para Moscavide. São trabalhadores que estão na empresa há uns anos com direito a apoio à deslocação. Pela lei, a empresa deve compensar monetariamente o acréscimo na deslocação dos trabalhadores e isso não está a ser feito", disse.
Por causa desta situação, salientou o responsável, "os trabalhadores estão a ter dificuldades em suportar os custos da deslocação, tendo alguns ponderado o despedimento por não conseguirem fazer face à situação".
Danilo Moreira adiantou que o sindicato conseguiu reunir-se com a direcção da empresa a 1 de Abril, tendo-lhes sido feitas "promessas de que tudo iria melhorar, o que não aconteceu".
"Por isso, foram enviadas cartas na quarta-feira a denunciar a situação ao ministro do Trabalho e à Autoridade para as Condições do Trabalho", disse.
O sindicato pretende, disse Danilo Moreira, "transparência na informação junto dos trabalhadores" e que seja "aplicada a lei".
"Vamos aguardar por uma resposta da ACT e do Ministério", diz. Se a situação "não for resolvida", o sindicato pondera recorrer à justiça europeia.

«NOTEM BEM:
Quantos exemplos bem mais acres e prejudiciais, aos Enfermeiros encontramos nos Cuidados Primários, nos Centros de Saúde, que se aglutinaram para criarem quintarolas para os camaradas caminheiros, no modelo ACES...
Por isso convém ter sempre presentes duas coisas:
1. É o Estado que forma e fornece os administradores aos Mellos, aos Santos, Anjos a Arcanjos da "corte da saúde";
2. Os vícios que criam no Estado e suas escolas perversas, vão exercitá-los naqueles paraísos sanitários, sejam do Alfredo da Silva, que enriqueceu com o virar da canoa, na Guiné, e fundou o império da CUF; sejam de outra família, (Santos), aliada do Mendes Ribeiro cognominado o 10% e os seus consultórios de consultas instantâneas, montados nos vãos de escada, ou espaços de acesso aos WC, dos centros comerciais.
3. Quantas vezes este famigerado perito, já fez parte das reformas atípicas dos serviços de saúde públicos?
Foram tantas quantas as que denunciei.
Se não sabem nós fornecemos os relatórios, que custam bom dinheiro ao erário público, mas de benefício privado (em cada esquina uma amigo...) ». (José Azevedo)

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