sábado, 9 de julho de 2016

DO CEMITÉRIO DAS METAS DA SAÚDE PARA OS ENFERMEIROS


[Retirado do noivado do sepulcro de Soares de Passos]

Vai alta a lua! na mansão da morte 
Já meia-noite com vagar soou; 
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte 
Só tem descanso quem ali baixou. 
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"Amor! engano que na campa finda, 
"Que a morte despe da ilusão falaz: 
"Quem d'entre os vivos se lembrará ainda 
"Do pobre morto que na terra jaz? 

"Abandonado o doc. das 38 metas, na gavetona, repousa 
"Há já 30 anos, e não vens aqui... 
"Ai, quão pesada lhe tem sido a lousa 
"Sobre as metas que escreveram, Enfermeiro, para ti! 

38 METAS CHAMAM POR TI <prima aqui>

E andam os Enfermeiros a correr, atrás do que não devem, e nunca mais se organizam, para praticarem estas metas, que foram escritas para eles.
Repousam, placidamente, no túmulo, onde as encaixotaram e, já ninguém, se lembrará delas, de forma organizada, com o objectivo que foram escritas.
Porquê esta atitude dos Enfermeiros?
Eu sei dar a resposta, mas prefiro que seja cada um de vós a reflectir, sobre as causas, que desviam a vossa atenção e prática, destas metas.
Não há ninguém que não tenha posses para comprar os não vícios, que deterioram a saúde.
Quem é que não tem dinheiro para não comprar droga, seja alcool, tabaco ou cocaina, por exemplo?
Todos têm, desde o mais pobre ao mais rico.
Sabemos que a aplicação prática destas metas seria um grave prejuizo para o negócio da saúde; mas seria uma riqueza para a saúde de todos.
Sabem por que criticamos os ditos reformadores da saúde?
É porque os reformadores, partindo de premissas erradas, de cada reforma, que fazem, mais se afastam destas metas e mais desviam os Enfermeiros delas, que, também, por falta de apoios e autoridade, não têm, obviamente, espaço/tempo, para as porem em prática, pois que isso implicava uma reforma total e muito profundo do negócio da saúde.
E quando esses "poetas malditos" falam da sustentabilidade, não estão a pensar na saúde; pensam na forma de alimentarem as doenças naturais ou artificialmente inventadas.
Será necessário dizer mais?
Claro que não; para bom entendedor meia palavra basta.

Com amizade,
José Azevedo

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