segunda-feira, 4 de julho de 2016

OS ACTOS PROFISSIONAIS SÃO A MAIOR BACOQUICE



O método, que usam para esta abordagem, dos ACTOS profissionais, cheira a assalto, mais um, às competências dos Enfermeiros.
Claro está, que não culpamos, apenas os Médicos, desta intromissão estúpida e atrevida.
Estamos a falar numa época, em que os Enfermeiros são licenciados, como os Médicos, com responsabilidades mútuas.
Têm o seu grau de responsabilidade própria, que tem nada ou quase, com a responsabilidade dos Médicos, que não cobre a dos Enfermeiros, que é somente sua e não podem estar convencidos de que,  errando, podem esperar protecção dos Médicos e, talvez, por esta ideia absurda, que germina livremente, por aí, em muitas e ilustres cabeças enfermeiras, lhes tolerem as intromissões abusivas e continuadas, nas competências enfermeiras.
Até, na prescrição médica, sujeita a receita, dessa receita fazem parte as instruções, para a via e dose, que o Enfermeiro deve usar. Mas se o Enfermeiro não tomar atenção e administrar medicamento por via contra-indicada (por exemplo penicilina procaínica por I.V.), quem paga os prejuízos é o Enfermeiros, porque para o Médico será considerado um erro humano, para o Enfermeiro é um a negligência grave, "incompetente", porque não evitou o seu erro nem corrigiu o do Médico. E leva pela medida grande sem apelo nem agravo. Nem a complementaridade o salva.
Os IU começaram por preferenciar o trabalho em equipa e nesta o estatuto de complementaridade. Lembrem-se do art.º 8º do DL 161/96 o famigerado REPE, feito por quem nunca exerceu a Enfermagem e pensava que todos os Enfermeiros são como os IU que o fizeram: irresponsáveis.
Para que se pense, no que os Enfermeiros estão a deixar, que os esmaguem e escravizem desvalorizando-os, não obstante as palavras do MS, em contrário, aliás, nem podia legalmente, dizer outra coisa, convém ler algo sobre a matéria. Vejam o que pensavam os Enfermeiros no 1º Congresso Nacional de Enfermagem em 1973.
O que nos preocupa é a baixa de conhecimento enfermeiro, sobre ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL.
Por exemplo, na área dos CSP, que é, por excelência, enfermeira, em qualquer país, o que está a acontecer, em Portugal com as famigeradas USF, é impensável, em termos de autonomia profissional.
Aqui, está uma matéria que devia merecer dos dirigentes da Ordem, uma atenção adequada acerca dos métodos de ensino das escolas e do grau de responsabilidade que transmitem aos licenciandos.
Nem sequer encontramos explicação coerente de tão frágil acção, neste campo.
E seria bem mais útil, para a Enfermagem, do que a tentativa de se intrometerem nas negociações sindicais, garantindo aos não sindicalizados, a idoneidade negocial sindical, dos dirigentes sindicais, sobre os seus (deles) problemas profissionais, não sindicalizados. Provavelmente, aproveitando a boleia dos sindicatos (só alguns), para ser a Ordem a representá-los sindicalmente, conjecturo eu...
O atrevimento é tal, que têm coragem de nos criticarem, por estarmos a actuar correctamente, nesta e em todas as matérias de interesse dos nossos Associados Enfermeiros.
Vejam se nos dão uma ajudinha, mas sem empurrões.
E vão lendo o que, aqui se escreve, para não jurarem falso.
Com amizade,
José Azevedo


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