NB: Aqui está uma coisa muito importante a contrariar a lógica "científica (?)" que tem sido seguida no tratamento do cancro.
Não temos por hábito exigir o fim, o objectivo atingido, o resultado final das coisas e das situações.
Sabemos empiricamente que morre muita gente de cancro e depois de ser submetida a várias manobras cirúrgicas e terapêuticas específicas.
Por muito que nos custe, ninguém sabe quando e como pode ser atingido por uma doença destas cancerosas; aqui começam as dúvidas;
Nem sabemos, quando o diagnóstico não está errado e o cancro é mesmo cancro, o que vai acontecer à vítima, até ao desfecho final.
A experiência é que o cancro mata irrevogavelmente e os meios de cura que têm estado a ser usados não são eficazes. Ou mais bem; podem estar na mesma fase experimental e com idêntico sucesso ao dos "dendrítos", com os mesmos ou piores resultados. E toda a diferença para melhor ou para pior tem de ser experimentada, o que também não acontece com os citotânatos. Caiu-se na rotina de considerar a morte uma inevitabilidade, não obstante a quimioterapia.
Simplesmente, todos os olhos estão postos na nova lógica de encarar a doença fatal.
Todos os pormenores estão a ser registados e verificados.
Karl Popper, na sua tese sobre a lógica do conhecimento científico, baseou a sua teoria no método da falsificabilidade: «uma teoria só é verdadeira quando e se puder ser falsificada».
Falta um dado comparativo: qual o rigor analítico que é posto nas terapêuticas habituais e, onde estão registados, com o mesmo rigor, os resultados finais da terapia com "citotânatos", Citotóxicos exigido para os outros métodos que levianamente acusam de não científicos?
No rigor e honestidade científica temos de pôr os dois métodos nos pratos da mesma balança e ver para que lado pende. Não basta contestar, por contestar, a esperança numa vacina que aborda a doença doutra maneira, com outra lógica. Ora, se a lógica é outra o logos está lá, implícito
É preciso ficcionar; em igualdade de circunstâncias e com os diagnósticos acertados idênticos qual dos métodos é mais eficaz.
Vir rejeitar, a priori, um método, que pode ser tão eficaz/ineficaz como o outro é, défice de lógica científica, partindo do pressuposto de que nos indivíduos se pode falar em ciência, tal como a conhecemos.
E não pode.
No indivíduo, pessoa humana, tudo é empírico, tudo é tentativa erro, tudo é experimental.
A experiência não é ciência, tal como a concebemos, através do conhecimento científico: universal e necessário; a experiência é a verificação do fenómeno científico, pois não há ciência sem experiência.
Por isso Kant chamou a essa ciência juízos sintéticos a posteriori.
Não está em causa saber quanto nos paga o laboratório dos citotânatos para dizermos; isto é científico e aquilo não é; nem quanto nos paga o das vacinas com células dendríticas, o mesmo ou o contrário.
O que está em causa é a eficácia dos métodos em confronto, pois quando se contesta um está-se a eleger o outro, a menos que se faça o que estamos a fazer; colocá-los ambos em análise e síntese dos resultados.
Não basta dizer bem de um e mal do outro:
1 . é preciso saber qual o que salva mais vidas;
2 . qual o que mata mais e mais depressa;
3 . quais os resultados finais de um e do outro
O que está em causa são as probabilidades de um e do outro produzir bons e maus resultados que a estatística ajudará a avaliar.
A ciência é infalível, mas os humanos não: «errare humanum est».
Vamos lá a pôr um bocadinho de honestidade científica em cima da banca de ensaios e a não vomitar sentenças a priori, porque os juízos sintéticos a priori só se conseguem com o 2+2=4;
Ou: o Deus do argumento ontológico de Santo Anselmo, existe.
Todos os juízos de carácter científico são sintéticos a posteriori, ou seja, depois de comprovados pela experiência.
Não baralheis mais as pessoas, ó vós, que sois responsáveis pelo que dizeis, ainda que não acrediteis muito nisso.
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