A propósito das 40 horas semanais estejam atentos às fases seguintes do processo de contestação, que iniciámos em 18 de Setembro, juntamente com o SIPE.
Embora alguns gostassem que perdessemos esta oportunidade de mostrar o "já basta" da nossa Classe, nada está perdido. Hoje mesmo, estamos a trabalhar na resposta à contestação que o MS fez à nossa oposição, ao alargamento dos horários dos Enfermeiros.
Que enormidade é esta:
- A Classe Médica, à pressa e, até num domingo, com pompa e circunstância, negociaram a atribuição das 40 horas, como opção voluntária, e contra o pagamento de + 40% do salário (uma espécie de horário macrescido, no seu melhor);
- À Classe de Enfermagem, prepara-se o Ministério da Saúde para atribuir as 40 horas semanais, com uma redução de 14,3% do magro salário de que dispõem.
Como é que este Ministério tem lata, latão, cobre ou zinco de contestar a nossa indignação mais que justa e fundamentada, em nome do interesse público, que vilipendia, que vitupera;
A nossa revolta mais que oportuna, cresce, embora tardia e lenta, como a programámos, aliás, ao usarmos o modelo da ferrugem, que é o vigente na construção das listas de espera.
É mais lento, mas é mais eficaz, como a experiência demonstra.
Finalmente, os Enfermeiros de todos os tamanhos e idades, começam a experimentar o peso da convergência;
E ganha cada vez mais adeptos a religação de que é ao Enfermeiro que compete demonstrar a falta que faz, na saúde do povo.
Só retirando-se, atento, para que ninguém perverta o seu mester, pode fazer com que, à força, reconheçam o seu valor, já que com jeito fingem desconhecer esse mérito.
Com amizade,
J.Azevedo
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