quarta-feira, 30 de outubro de 2013

PREJUÍZO PARA OS INVENTORES DE DOENÇAS

Ministério da Saúde vai fazer mapa das doenças mais comuns em Portugal

Paulo Macedo pediu um inventário de todos os equipamentos não usados no Serviço Nacional de Saúde e vai apresentar proposta para regular conflito de interesses nas compras e prescrições.
FOTO: PAULO PIMENTA
O Ministério da Saúde vai fazer uma espécie de mapa das doenças mais comuns em Portugal, incluindo uma caracterização dos métodos de tratamento e os encargos financeiros que cada uma dessas patologias envolve. E também um inventário dos equipamentos comprados e não usados.
O anúncio foi feito pelo ministro Paulo Macedo nas jornadas parlamentares do PSD e CDS-PP, que decorrem esta segunda e terça-feira no Parlamento. Na sua intervenção, o governante deixou um quadro global sobre os desafios do seu ministério para o próximo ano e não se cansou de falar na necessidade de apostar na eficiência no sector da saúde.

Em breve o ministério dará “informação sobre os principais tipos de doença da nossa sociedade. Significa que a Direcção-Geral de Saúde vai fazer um ponto de situação sobre sida, patologias oncológicas, cardio-vasculares, infecções”, descreveu Paulo Macedo. Estes dados, assim como o ponto da situação de cada doença, passarão a ser monitorizados regularmente, acrescentou.

Paulo Macedo anunciou também que mandou fazer um levantamento de todos os equipamentos comprados – ou alugados - pelo Serviço Nacional de Saúde e não utilizados de modo a perceber se continuam a ser necessários e qual os custos implicados para o sistema. O mesmo se passa já com as instalações: a intenção é reduzir custos com rendas de imóveis parcialmente usados ou não usados de todo e também vender património que não seja utilizado.

Macedo realçou que o Serviço Nacional de Saúde português tem recebido boas classificações em rankings internacionais – como da OCDE e do World Economic Forum - e vincou que “as pessoas sentem, no dia-a-dia, quando recorrem aos centros de saúde e aos hospitais que têm resposta [para os seus problemas] no SNS”. Realçou que “a saúde [portuguesa] continua a comparar bem em termos internacionais”.

Mas o ministro também reconheceu que “isso não significa que tudo esteja bem”, lembrando a “situação difícil dos hospitais, com orçamentos muito exigentes, grande pressão sobre o corte de despesas e para o ganho de eficiência”.

Para Paulo Macedo, esse ganho de eficiência passa pelo aumento da qualidade das instituições, escolhendo os órgãos sociais de forma criteriosa. Nessa área, avançou que é necessário “regulamentar melhor os conflitos de interesses: tem que ser claro quais os interesses de quem escolhe as tecnologias de saúde e os medicamentos, por exemplo”. O ministro avisou que haverá legislação nessa área brevemente.

O ministro salientou que apesar do aumento das taxas moderadoras, cerca de metade da população continua isenta. E que o valor do aumento das taxas moderadoras é, em termos globais, menos do que os portugueses pouparam com a redução dos preços dos medicamentos. Esta afirmação levou os deputados do PSD a baterem as primeiras palmas tímidas. Paulo Macedo lembrou as “rendas com margens excessivas, algumas na ordem dos 2000%, que não são compatíveis com a situação económico-financeira”.

 

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