domingo, 10 de novembro de 2013

MEDITANDO...


NB:
       Vejamos as confluências com a nossa carreira, que é como quem diz; com a sua destruição.
[Comecemos pela pergunta óbvia: sem uma organização inteligente e eficaz, quem vai levar à prática a reforma do Estado agora apresentada?
A resposta a esta pergunta né dada pelos próprios ministérios de todos os governos, que utilizam gabinetes ministeriais provisórios de origem política para levar a cabo as tarefas que deviam ser realizadas por uma administração pública devidamente organizada, profissionalizada e com memória.
Ou seja; se queremos verdadeiramente reformar o Estado, comecemos por uma administração pública hierarquizada de direcções gerais e quadros profissionalizados e acabemos com os sistemas  paralelos, criemos um sistema de informação que permita a descentralização das decisões e o controlo centralizado dos custos, criemos uma verdadeira escola de administração pública, separemos com clareza o que é público do que é privado, valorizemos as funções de planeamento, de estudo e de auditoria e, finalmente, comecemos por aceitar a avaliação sistemática e a gestão por objectivos, com a consequente diferenciação remuneratória dos funcionários, são decisões essenciais a assumir].

Repetimos este pedaço do texto de Henrique Neto para compararmos a reforma do Estado, com a da Saúde, a começar pela base: os Cuidados de Saúde Primários.
Quando fala nas condições necessárias à implantação de qualquer reforma é mais que certo o conhecimento que o conjunto tem de ter do que está a fazer.
Os 3 níveis consagrados nas mais genuínas teorias de administração, que começam com Moisés e seu comando decimal, para atravessar, com sucesso, o mar que os separava da terra prometida são:
a concepção, a administração intermédia e a execução.
O que concebe os objectivos tem que ser realista e uma visão tão distante e tão próxima, quantop possível, da coisa a administrar. Pode planear no abstracto, isto é: sem conhecer os pormenores da execução.
O nível que se segue (que pode ser o de director geral) tem de saber da concepção e da execução, para não pensar nem mandar executar ao sabor da asneira.
Finalmente, temos o nível da execução, que exige uma chefia próxima, para resolver questões de execução. Moisés por cada 10 unidades tinha um comando; por cada 10 grupos de 10 unidades tinha outro comando; por cada grupo de 10x10x10 tinha um comando dos outros comandantes.
Mas isto aconteceu nos primórdios da civilização judaico-cristã, que é a nossa.

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