sexta-feira, 22 de novembro de 2013

NA ESCOLA DE BRAGA








Estamos na Escola Superior de Enfermagem de Braga.
No seminário participaram a OE, o SE e o SEP.
Foi um dabate interessante que demonstrou aos alunos quanto nos divide o que devia unir e quantos erros temos cometido no aproveitamento das oportunidades e do tempo perdido.
Falaram do MDP o SEP e a Ordem e ficou claro o absurdo de manter as escolas ligadas a um modelo de desenvolvimento profissional, que já nada tem a ver com os títulos académicos que as escolas emitem. Esses sim, legítimos, naturais.
Também ficou patente que o entusiasmo com que a Colega do SEP, Guadalupe Simões falava da Carreira de Enfermagem monocategorial e o MDP, que pressupõem a legitimação do "controleiro", evidenciaram uma necessidade de reflexão, não só da parte da própria,  como de todos nós, pelo que revelam esses dois males para a Classe, mas sobretudo pelo que escondem.
Ora como nós não estamos proibidos de fazer perguntas para cima vamos ter de fazer algumas.
É que os Alunos e os Enfermeiros têm não só o direito, como o dever de saber o que escondem estes movimentos controleiros da Profissão em nome de um modelo de desenvolvimento profissional irreal e utópico.
O que é preocupante é que estas interligações aberrantes não indiciam nada de bom para a Enfermagem e foram arquitectadas numa época em que a Enfermagem tinha duas estruturas em uma (SEP-OE).
Chegámos ao ponte de avisar  dos perigos desse monolitismo de representação unicitária.
O à vontade com que disse estas coisas significa que as armadilhas que percepcionámos na concepção do modelo continuam na mente dos seus autores.
Neste momento é a falta dos milhões de euros que nos garante a impossibilidade de montar o controlo.
Mas é urgente olhar com mais atenção para estes perigos que são o que parecem.
Se não tivesse havido outros pontos de interesse o entusiasmo e naturalidade e convicção com que Guadalupe falava destas coisas compensou-nos com certezas  das causas das coisas que nos afligem.
E não fomos os únicos a sentirmos essas preocupações.
Os alunos foram extraordinários nas reacções que nos deixaram perceber, pela maturidade que demonstraram que está a ressurgir a força que vai emendar erros.

Um desses erros é a absurdidade dos serviços mínimos das greves de Enfermagem que nos vão bafejando com os milagres de ter sol na eira e chuva no nabal, ou seja; fazer greve não pode prejudicar o alvo do nosso trabalho, os doentes. Eles não podem dar pela falta dos Enfermeiros, mesmo em greve.

E o aluno que representava ali, naquele momento, o menino que disse: "olhem, o rei vai nu", perguntou;
Então por que fazem greve os Enfermeiros?

Com o discorrer do tempo hão de descobrir.

Com amizade, José Azevedo                              

Sem comentários:

Enviar um comentário