segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

NOTÍCIAS COM INTERESSE

Futuro dos doentes e a inovação na área da Hepatologia estiveram em destaque

10/02/2014 - 11:42

Realizou-se este fim-de-semana o Congresso Português de Hepatologia, que congregou a 4ª Reunião Luso-Brasileira de Hepatologia e a 4ª Reunião de Enfermagem de Hepatologia, e que contou com a presença de 300 especialistas que, durante os dois dias do encontro, discutiram a realidade e o futuro dos doentes portugueses bem como partilharam informações sobre o mais recentes avanços da investigação das doenças hepáticas, avança comunicado de imprensa.

A Hepatite C foi a doença com mais destaque no Congresso através da realização de vários simpósios. Também se falou da crescente necessidade da elaboração e implementação de um plano nacional de Hepatite C e, como exemplo, foi apresentado o caso de sucesso da implementação do plano nacional escocês.

“Não ignorando a importância da Hepatite C, vivemos num país em que a doença hepática alcoólica é ainda a principal causa de cirrose. Assim, foi muito importante abordar também a doença hepática esteatósica, alcoólica e não alcoólica, assim como as complicações da cirrose hepática, com que temos de lidar todos os dias na nossa prática clínica", sublinhou Helena Cortez Pinto, Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado. E foi por isso que neste encontro científico, que pretendia ser o mais abrangente possível e reconhecer os trabalhos científicos que se realizam em Portugal, não ficaram esquecidos o presente e o futuro de outros temas como as Doença Hepática Esteatósica Alcoólica e não-alcoólica, as Doenças Hepáticas Auto-imunes, a Hepatite B, os Tumores Hepáticos e Transplantação, as Complicações da Doença Hepática Avançada e os Micro-RNAs na Doença Hepática.

Houve ainda tempo para a apresentação de um projecto inovador, a Liver.pt, uma plataforma de registo de dados, projectada pela APEF com o objectivo de melhorar o conhecimento da realidade nacional no que respeita às doenças do fígado que afectam a nossa população e que neste momento aguarda apenas a aprovação da Comissão Nacional de Dados para poder avançar.

O Congresso Português de Hepatologia terminou com a entrega das bolsas de estágio e de investigação e dos prémios conferidos aos melhores trabalhos apresentados na reunião.


Fonte: comunicado de imprensa 




ADSE passa a ser gerida pelo Ministério da Saúde

10/02/2014 - 11:28

A tutela da ADSE vai transitar do Ministério das Finanças para a Saúde até ao final deste ano, apurou o Diário Económico junto de fonte governamental.

A intenção já estava prevista no memorando de entendimento assinado com a ‘troika' em 2011, mas só agora - com as alterações no modelo de financiamento deste subsistema de saúde dos funcionários públicos - é que a mudança de tutela se tornará efectiva.

Com esta alteração, a ADSE e Serviço Nacional de Saúde (SNS) estarão sob a mesma tutela, no entanto, tal não significa uma fusão entre os dois sistemas até porque continuarão a ter fontes de financiamento distintas: a ADSE continuará a ser sustentada pelos descontos dos funcionários públicos, enquanto o SNS continuará a depender das taxas moderadoras e das verbas oriundas do Orçamento do Estado.

Esta medida vai permitir aproximar os preços das comparticipações do Estado via ADSE e SNS, o que resultará em poupanças para os cofres públicos.

 

Fonte: Diário Económico
http://economico.sapo.pt/noticias/adse-passa-a-ser-gerida-pelo-ministerio-da-saude_186775.html





Setúbal é o único hospital público com partos na água

10/02/2014 - 11:22

O primeiro nascimento dentro de água no hospital de Setúbal aconteceu há quatro anos e, desde aí, o hospital faz, em média, dois a três por mês. Mães referem que o parto é mais tranquilo, conta o Diário de Notícias.

"É uma experiência muito positiva e quase transformadora." Inês Anjo, 29 anos, é mãe da Carolina, uma das 72 crianças que nasceram dentro de água no Hospital São Bernardo, a única instituição pública da Península Ibérica que oferece às grávidas essa possibilidade. O hospital de Setúbal conta no total com 135 imersões em água durante o trabalho de parto. Segundo os responsáveis pela instituição, o número de grávidas a procurar o serviço tem vindo a aumentar.

 

Fonte: Diário de Notícias
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3677706





Enfermeiro lança app Android para os profissionais de Saúde

10/02/2014 - 11:17

A Material de Penso é uma nova aplicação para os dispositivos Android, desenvolvida por um enfermeiro açoriano, Pedro Rosa, e lançada com a colaboração da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores (SRRAA) da Ordem dos Enfermeiros (OE), avança o PC Guia.

A aplicação Material de Penso foi desenvolvida para facilitar o trabalho dos profissionais de Saúde que cuidam de utentes portadores de feridas, proporcionando, de forma clara, a consulta de informações sobre os diversos materiais de penso com acção terapêutica.

Esta nova aplicação, gratuita, está disponível para download na loja Google Play


Fonte: PCGuia
http://www.pcguia.pt/2014/02/07/enfermeiro-lanca-app-android-para-os-profissionais-de-saude/





Demora de dois anos na aprovação de medicamento tornou-o obsoleto

10/02/2014 - 09:23

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) e o Ministério da Saúde demoraram dois anos a aprovar um fármaco para o tratamento para a hepatite C que, agora, está ultrapassado. O alerta parte de várias entidades, entre elas a Associação SOS Hepatite, avança a Rádio Renascença.

A comissão parlamentar de Saúde dá voz às preocupações e apela ao Governo que aprove, com urgência, o novo medicamento inovador já disponível para o tratamento da doença.

A deputada socialista Antónia Almeida Santos reconhece o peso do custo destes medicamentos no orçamento do Ministério de Paulo Macedo, mas apela ao ministro que aprove o novo fármaco no prazo legal de três meses.

“Estamos atentos, no fundo, para saber se o Governo vai aprovar no prazo legal (três meses). O último demorou dois anos e meio a ser aprovado. Estamos a falar de tratamentos que têm um peso enorme no orçamento da Saúde, mas, seja como for, há um prazo legal”, afirma.

Mas o secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, responde que é preciso seguir as leis previstas para estes casos: “Em primeiro lugar o cumprimento de um processo de avaliação fármaco-económica, que está previsto na lei, num diploma feito pelo Governo anterior, bem feito, que determina que todos os medicamentos que são introduzidos no Serviço Nacional de Saúde sejam avaliados, como acontece em muitos países. Terminada essa avaliação o Estado português tentará encontrar aquele que é o preço mais vantajoso para os doentes, de forma que o medicamento possa ser introduzido”.

Fonte: Renascença
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=31&did=138320





INEM encaminhou três mil doentes para a Linha Verde do AVC no ano passado

10/02/2014 - 09:21

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) anunciou este domingo que encaminhou 3.036 doentes, no ano passado, para a Via Verde do AVC (Acidente Vascular Cerebral), avança a agência Lusa, citada pelo Diário Digital.

Desde que foi criada, em 2006, aquela linha atendeu mais de 17.000 pessoas, segundo os números agora divulgados.

Relativamente a 2013, os distritos com maior incidência destes casos foram Lisboa (742) e Porto (518), seguindo-se Braga (286) e Setúbal (263).

"Na maioria dos casos foi preciso decorrer entre 30 minutos a uma hora e quinze minutos desde o início dos sintomas para que fosse dado o alerta para o 112", afirma o INEM em comunicado.

O instituto lembra que quanto mais cedo forem identificados os sinais de AVC mais eficaz será o tratamento.

"Falta de força num braço, boca ao lado ou dificuldades em falar são alguns dos sinais súbitos de alarme que podem indicar a ocorrência de um AVC", refere o documento, em que se alerta para a necessidade de a população saber identificar os sintomas e utilizar o 112.

Os dados de 2013 indicam ainda que em 65,3 por cento dos casos, os meios de socorro chegaram ao local em menos de 19 minutos.

Os hospitais de São José (324), Braga (265), São João (262) e Penafiel (214) foram os que receberam o maior número de doentes encaminhados pela Via Verde do AVC.

O AVC é um défice neurológico súbito, motivado por uma deficiente circulação arterial ou hemorragia no cérebro, que só pode ser confirmado através de uma Tomografia Axial Computorizada (TAC).

Continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal.

"Manter hábitos de vida saudáveis, a prática de desporto de forma regular, evitar o tabaco e a vida sedentária são formas de prevenção eficazes e acessíveis a todo o cidadão", sublinha o INEM.

 

Fonte: Lusa/Diário Digital
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=684204
 




Maternidade de Portalegre das poucas que registou aumento do número de partos em 2013

10/02/2014 - 09:13
A maternidade do Hospital de Portalegre registou um aumento do número de partos durante o ano de 2013, com 580 nascimentos, tendo, segundo esta unidade de saúde, sido a única no Alentejo a registar uma subida, avança a agência Lusa, citada pelo SAPO Saúde.

De acordo com os dados revelados pelo gabinete de comunicação da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), a que a Lusa teve acesso, em 2013 nasceram naquela maternidade 580 crianças, mais duas dezenas do que no ano anterior.

A maioria dos nascimentos registados (185) pertence a crianças cujos pais residem no concelho de Portalegre, seguindo-se 118 bebés de parturientes oriundas de Elvas e 74 referentes a parturientes de Campo Maior.

Na mesma nota, a ULSNA refere que durante o ano de 2013 foram ainda registados naquela maternidade seis nascimentos de crianças cujas mães são oriundas do distrito de Évora e um de uma mulher residente no distrito de Santarém.

A ULSNA acrescenta ainda que, dos 580 partos realizados, 292 bebés pertencem ao sexo feminino e 288 ao sexo masculino.

Contactada pela Lusa, a enfermeira chefe da maternidade de Portalegre, Manuela Tavares, atribuiu o “sucesso” destes números ao projecto “Maternidade Mais Próxima da Comunidade”, iniciativa desenvolvida desde finais de 2011 pela ULSNA.

De acordo com a responsável, este projecto proporciona cursos de preparação para o parto nos 16 centros de saúde distribuídos pelo distrito de Portalegre, sendo os mesmos orientados por enfermeiras especialistas em saúde materna e obstetrícia.

“Era do nosso conhecimento que nalgumas franjas geográficas do nosso distrito as parturientes optavam por ter os bebés noutras maternidades e com este projecto no terreno desenvolveu-se um laço de confiança”, disse.

Para Manuela Tavares, a “proximidade” entre os profissionais de saúde e as grávidas foi “muito importante”, uma vez que a maternidade “saiu de contexto fechado e projectou-se" junto da comunidade.

 

Fonte: Lusa/SAPO Saúde
http://saude.sapo.pt/noticias/saude-em-familia/maternidade-de-portalegre-das-poucas-que-registou-aumento-do-numero-de-partos-em-2013.html





Ranking dos hospitais: resultados inesperados nos cancros

10/02/2014 - 08:45
No grupo das “doenças neoplásicas”, o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e o IPO (Instituto Português de Oncologia) do Porto são os líderes, mas os IPO de Coimbra e de Lisboa nem sequer aparecem na lista dos cinco primeiros, avança o jornal Público.

Quando se olha para a avaliação em vários tipos de cancro, há resultados que ainda podem ser mais surpreendentes, pelo menos para um leigo. No cancro da próstata, por exemplo, as posições de topo são ocupadas pelo Centro Hospitalar da Cova da Beira e pela Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano e, nos cancros da mama e do pulmão, o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro surge no quarto e no terceiro lugar, respectivamente.

”Na área da oncologia este ranking não serve, está feito para doenças agudas, não para doenças crónicas e não avalia os episódios de ambulatório [sem internamento] quando a maior parte do tratamento é hoje feito em ambulatório”, defende o coordenador do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, Nuno Miranda.

“Esta avaliação não está centrada no processo do doente, é feita com episódios de facturação, os Grupos de Diagnóstico Homogéneo (GDH)”, critica ainda. Como se explica que estejam em primeiro lugar no cancro da próstata unidades que nem sequer fazem radioterapia, pergunta o médico, para quem uma avaliação nesta área terá que passar pela análise da qualidade de vida dos doentes e do cumprimento das normas de orientação clínica, entre outros aspectos.

Nuno Miranda avança com outro exemplo para justificar a sua opinião: "As readmissões não são, nesta área, um indicador particularmente interessante, porque até são muitas vezes índices de boa qualidade".

O coordenador do estudo, Carlos Costa, retorque que a avaliação é feita a partir dos resumos informatizados de alta dos hospitais disponibilizados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e pela Direcção-Geral da Saúde. Estes resumos de alta são feitos por médicos, codificados por outros médicos, e depois auditados por duas vezes, por médicos das unidades hospitalares e da ACSS e não servem apenas para o financiamento, mas também para estudos epidemiológicos, frisa.


Fonte: Público
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/resultados-inesperados-nos-cancros-1622863 





Passos diz que há melhores hospitais devido às reformas do Governo

10/02/2014 - 09:11

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, garantiu que o recente ranking de hospitais mostra que há melhores unidades de saúde devido às reformas do Governo, avança o jornal Público.

“Isto não seria possível se o Governo não fizesse ouvidos moucos às declarações fatídicas de putativos pais do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O que ficou melhor qualificado foi o que fez as reformas ambiciosas”, disse ontem o primeiro-ministro na Maia, no encerramento do ciclo de conferencias “Confiança no Poder Local” – Estratégia e Gestão de Fundos Comunitários, Portugal 2020.Passos abordou ainda criticas a falhas no SNS. “Quem ouve a oposição a falar fica com a ideia de que o SNS foi destruído, de que não temos saúde e estamos à beira do caos. O ranking mostra que muitas instituições são de excelência”, disse Passos mesmo relativamente a hospitais que tiveram menos verbas disponíveis.

Recorda-se que, em Janeiro, os hospitais de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) admitiram que o número de colonoscopias para este ano não será suficiente apesar do aumento de 20 por cento. Também recentemente, um jovem acidentado em Chaves teve de fazer 400 quilómetros de ambulância após hospitais próximos não terem neurocirurgião.

Defendendo a descentralização, Passos disse que o “Governo não quer gerir todos os hospitais e escolas”. “Alguém acredita que o ministro da Educação sabe de tudo o que se passa nas escolas? Isto é impensável”, apontou o social-democrata que assumiu ser necessária uma reforma dos serviços de Finanças e da Segurança Social. “Nuns sítios fechar-se-ão uns, noutros serão abertos outros”, referiu.

Neste sentido, Passos questionou a oposição sobre se quer “abordar a questão do ponto de vista da luta partidária ou reunir-se numa mesa”, considerando que “é preciso que todos se entendam” sobre a distribuição dos fundos comunitários.

“Se tivermos 28 mil milhões de euros, não vale a pena discutir investimentos de 37 mil milhões”, alegou. Já antes, o vice-presidente do PSD, Marco António Costa tinha acusado o PS de ser “antipatriótico” por não apoiar o Governo.

 

Fonte: Público
http://www.publico.pt/politica/noticia/passos-diz-que-ha-melhores-hospitais-devido-as-reformas-do-governo-1622961#/0





‘Apagão’ obriga médicos a recorrer a receita manual

10/02/2014 - 08:55

Os hospitais e centros de saúde sofreram na semana passada um ‘apagão’ informático que durou nove horas. Uma anomalia técnica impediu os médicos de acederem ao registo electrónico da saúde entre a 01:00 e as 10:00 da passada quarta-feira. A par do problema, os clínicos dos hospitais e centros de saúde de todo o País queixam-se da lentidão e dificuldade de acesso de uma nova aplicação informática, para a prescrição electrónica dos medicamentos (PEM), que obriga à receita manual, avança o Correio da Manhã.

Segundo o CM apurou, a origem da anomalia ainda é desconhecida e afectou a prescrição electrónica de medicamentos e a emissão de atestados médicos. A avaria dificultou ainda o acesso aos processos clínicos e ao registo dos certificados de óbito.

Os médicos queixam-se de que as falhas com a nova aplicação fazem diminuir o tempo disponível para os doentes. A Ordem dos Médicos apela ao Ministério da Saúde para não transformar os clínicos em "burocratas informáticos".

Essas dificuldades levaram centros de saúde em Beja a suspender, a 27 de Janeiro, os atendimentos dependentes do registo informático para assegurar a assistência médica. Fonte do ministério afirmou ao CM que o problema "é do equipamento informático".

 

Fonte: Correio da Manhã
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/apagao-obriga-a-receita-manual





Vitamina C injectável pode ajudar nos tratamentos contra o cancro

10/02/2014 - 09:07

Num estudo divulgado na publicação científica Science Translational Medicine, um grupo de cientistas da Universidade do Kansas, nos Estados Unidos, defende que, por via intravenosa, a vitamina C pode ser um tratamento seguro, barato e eficaz para o cancro do ovário e outros tipo de cancro e pede a realização de ensaios clínicos em grande escala.

A utilização da vitamina C no tratamento contra o cancro não é novidade. Já nos anos 70, o químico Linus Pauling reportava a eficácia o uso intravenoso da vitamina C.

Já ensaios clínicos com a vitamina C dada por via oral mostraram-se ineficazes, uma vez que, sabe-se agora, o corpo humano expele rapidamente a vitamina C quando ingerida.

O grupo de cientistas da Universidade do Kansas injectou vitamina C em células cancerígenas do ovário, em laboratório, e também em ratos e em pacientes num estado avançado de cancro do ovário. A experiência permitiu concluir que as células cancerígenas eram sensíveis à vitamina C, enquanto as normais não eram afectadas.

O tratamento mostrou-se eficaz em paralelo com quimioterapia convencional usada para diminuir o crescimento dos tumores. Um pequeno grupo de pacientes reportou mesmo menos efeitos secundários com o uso de vitamina C ao mesmo tempo que a quimioterapia.

Um possível obstáculo ao avanço da investigação é a falta de disposição das empresas farmacêuticas em financiar os testes, uma vez que não há como patentear a vitamina C - um produto natural.


Fonte: Visão
http://visao.sapo.pt/vitamina-c-injetavel-pode-ajudar-nos-tratamentos-contra-o-cancro=f768736 





Ordem dos Médicos quer inspecção ao Centro Hospitalar do Algarve

10/02/2014 - 08:57
Uma inspecção à gestão do Centro Hospitalar do Algarve (CHA) e um inquérito sobre as afirmações do presidente do Conselho de Administração sobre a actuação dos médicos daquela entidade foram solicitadas pela Ordem dos Médicos, disse o bastonário na passada sexta-feira, avança o jornal Público.

“Achamos absolutamente essencial que o ministro da Saúde tire as suas conclusões e tome providências mas que também a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde faça o seu papel e, tal como já foi solicitado por escrito pela Ordem dos Médicos, faça uma inspecção ao CHA”, disse o bastonário José Manuel Silva, após uma reunião com vários médicos no Algarve.

Em causa estão um abaixo-assinado que reúne as assinaturas de 183 médicos do Centro Hospitalar do Algarve a denunciar a falta de condições nos hospitais que integram o CHA e queixas de doentes que se deparam com faltas de material.

O ambiente naquele CHA adensou-se mais desde que foram conhecidas as afirmações à comunicação social do presidente do Conselho de Administração do CHA, e ex-bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, apelidando de “burros” e “tontos” os médicos do serviço de cardiologia que informaram um doente que não poderiam realizar um exame por falta de material.

Em declarações à comunicação social, José Manuel Silva disse que existem problemas nos serviços de saúde de todo o país por via dos cortes impostos “além do que foi preconizado pela Troika” mas que, no caso do Algarve, se verifica “uma agudização de todos os problemas e uma péssima gestão dos recursos humanos”.

O bastonário lamentou a situação vivida no centro hospitalar algarvio e comentou que estes episódios são prejudiciais ao propósito de atrair para o Algarve mais médicos especialistas.

Sobre os comentários de Pedro Nunes relativamente aos médicos de cardiologia, o presidente do Conselho Distrital do Algarve da Ordem dos Médicos, Ulisses Brito, considerou em comunicado que Pedro Nunes “ao recorrer ao insulto dos médicos que cumprem o seu dever (...) só revela que não preza os profissionais da sua instituição”.

Caso as afirmações de Pedro Nunes sejam consideradas uma violação de preceitos éticos do Código Deontológico, José Manuel Silva diz que as consequências poderão variar entre uma repreensão ou uma censura.

“Não me parece que se chegasse a uma situação de suspensão e certamente nunca a uma situação de expulsão”, acrescentou.

As condições de atendimento do CHA e as polémicas com o presidente do Conselho de Administração foram motivo para que a Comunidade Intermunicipal do Algarve e o ministro da Saúde se reunissem na passada sexta-feira. O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, Jorge Botelho, considerou que Pedro Nunes está numa “posição insustentável” e sem condições para continuar a gerir aquele Centro Hospitalar.

 

Fonte: Público
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/ordem-dos-medicos-quer-inspeccao-ao-centro-hospitalar-do-algarve-1622876




Equipas motivadas e universidade ajudam hospitais do interior a adquirir excelência

10/02/2014 - 08:41

Há dois hospitais do interior do país entre os dez melhores no ranking nacional. Os centros hospitalares de Tondela-Viseu e o da Cova da Beira apresentam dados de excelência que são, para os respectivos responsáveis, justificados por existirem equipas bem preparadas e profissionais motivados que “fazem mais com menos”, avança o jornal Público.

Equipas multidisciplinares e circuitos bem definidos na actuação em casos de urgência são duas das razões para que o Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) seja a primeira unidade do interior a estar entre os dez melhores hospitais do país. O estudo da Escola Nacional de Saúde Pública coloca o hospital em sétimo lugar.

Uma avaliação que agrada ao presidente do Conselho de Administração do CHTV, apesar de Ermida Rebelo desvalorizar os rankings. A gestora sustenta tratar-se de uma posição “muito boa” atendendo à dimensão dos recursos humanos, materiais e técnicos. A mesma leitura é feita pela directora clínica do Centro Hospitalar Cova da Beira, cuja unidade aparece em oitavo lugar nesta tabela, que avalia o desempenho dos hospitais do país quanto ao internamento. É que, lembram, o “número de médicos é, talvez, um quarto ou menos dos profissionais que estão nos grandes hospitais de Lisboa ou Porto”.

O Centro Hospitalar Tondela-Viseu é o melhor, a nível nacional, a tratar doenças como as do foro ortopédico e degenerativas (musculoesqueléticas), neurológicas (que engloba o acidente vascular cerebral) e traumatismos onde se incluem as lesões por acidente. São patologias às quais estão afectos vários serviços, mas que encontram no Serviço de Urgência equipas multidisciplinares que actuam de imediato.

“Assumimo-nos como um verdadeiro hospital de agudos. Os nossos profissionais estão em constante formação, muito bem formados, com cursos avançados de trauma e temos os procedimentos bem definidos. Por exemplo nas fracturas do colo do fémur somos o hospital do país que maior número de intervenções faz logo na urgência. O doente quase que sai de lá a caminhar”, salienta Ermida Rebelo. O mesmo empenho, diz o presidente do Conselho de Administração, acontece com os utentes do foro neurológico.

“Estamos a falar de doenças em que o factor tempo é determinante e todos os mecanismos que começam na emergência pré-hospitalar são cruciais. A acção das equipas começa logo quando é accionada a VMER [Veículo Médico de Emergência Rápida] e no hospital as portas são de imediato franqueadas para receber o doente. Temos os procedimentos bem implementados com as vias verdes do AVC e Coronária. Com este procedimento minoramos também as sequelas do paciente”.

Para Ermida Rebelo, tudo funciona como se estivesse sempre a ser accionado um plano de catástrofe em que os “circuitos estão todos orientados” e o hospital preparado para o doente “não perder um segundo que seja”.

Apesar dos dados de excelência, o presidente do CHTV diz sofrer de “uma dor” que é a de não ver o seu hospital entre os melhores na área da cardiologia. “Posso dizer que, no que diz respeito a episódios de urgência, temos uma equipa do melhor que há no país. Está em alerta 24 horas em 365 dias”.

No ano anterior, o CHTV ficou colocado em quarto lugar no mesmo ranking elaborado pela Escola Nacional de Saúde Pública. Estar agora em sétimo lugar não é, para Ermida Rebelo, sinónimo de falha na qualidade. Antes pelo contrário: “De uma forma global, não duvido de que todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde estejam com melhores desempenhos. Baixar no ranking não traduz diminuição de qualidade. Todos os profissionais têm noção de que estamos a fazer mais e melhor e com menos”.

A importância da universidade

O Centro Hospitalar Cova da Beira é o segundo do interior do país a estar classificado entre os melhores, ocupando o oitavo lugar. É também o melhor no tratamento de doenças dos órgãos genitais masculinos, nomeadamente no estudo e tratamento das disfunções sexuais. “Temos um serviço de urologia com actividade diferenciada e o facto de sermos um hospital universitário torna-nos numa unidade de excelência”, confirma a directora clínica Rosa Maria Ballesteros.

A médica destaca o caminho que o centro hospitalar tem vindo a fazer, nomeadamente no seu relacionamento com a Universidade da Beira Interior (Faculdade de Medicina da Covilhã) no que respeita à investigação. “É este caminho percorrido que nos levou, há cerca de meio ano, a sermos distinguidos com o certificado internacional de Centro Médico Académico” em que, além da componente assistencial, o hospital congrega também a investigação e o ensino.

Fonte: Público

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/equipas-motivadas-e-universidade-ajudamhospitais-do-interior-a-adquirir-excelencia-1622818





Médicos britânicos pedem proibição do fumo dentro de carros com crianças

10/02/2014 - 08:38
Mais de 700 médicos e especialistas sanitários enviaram uma carta ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, a pedir que apoie a proibição de fumar em carros que transportem crianças. A medida será votada, esta segunda-feira, na Câmara dos Comuns, avança o Jornal de Notícias.

A proposta é do Partido Trabalhista que quer introduzir a proibição numa emenda do projecto de lei de Crianças e Famílias, actualmente em discussão na câmara alta. Caso seja derrotada, os trabalhistas já avisaram que irão incluir a medida no programa eleitoral a sufragar nas eleições legislativas de 2015.
 
 
Apesar da liberdade de voto concedida aos deputados do Governo, é difícil que a emenda seja aprovada na Câmara dos Comuns, porque muitos parlamentares, sobretudo conservadores, se opõe à medida por acharem que representa uma ingerência excessiva do Estado na vida privada dos cidadãos.
 
Em Inglaterra e no País de Gales, desde 2007, é proibido fumar nos locais de trabalho e na maioria dos espaços públicos. Na Escócia, a lei entrou em vigor dois anos antes.
 
Os trabalhistas pretendem, agora, estender a proibição ao interior dos automóveis quando há crianças, alegando que os adultos podem escolher fumar ou não dentro dos carros, mas que as crianças nunca têm opção de escolha.
 
A proposta dos trabalhistas refere, ainda, que um só cigarro é responsável por concentrações de fumo 23 vezes superiores às que ocorreriam numa casa.
 
Os especialistas e médicos britânicos aplaudiram a proposta e assinaram uma carta, publicada no British Medical Journal, na qual afirmam que a exposição de crianças ao fumo do tabaco como fumadoras passivas é o "maior factor de doença nas crianças".
 
No entanto, os críticos da proposta argumentam que, mesmo que fumar dentro dos carros quando há crianças seja "uma desconsideração", na realidade é algo que ocorre com pouca frequência e que será uma intromissão desnecessária na vida privada das pessoas e o primeiro passo para proibir o fumo dentro das casas.
 
As oposições das propostas levantam, ainda, dúvidas quanto à capacidade da polícia para garantir a aplicação da proibição.

 

 

Fonte: Jornal de Notícias
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=3675014&page=-1





Coimbra destrona S. João e é o melhor hospital do país

10/02/2014 - 08:33

O Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) ascendeu, pela primeira vez, em 2012, ao 1.º lugar no ranking dos 10 melhores hospitais. Destronou o S. João, no Porto, que estava no topo da tabela há três anos, avança o Jornal de Notícias.

Um pior desempenho em termos de mortalidade global (embora continue no topo da tabela) e piores resultados em 10 dos 17 agrupamentos de doenças analisados - passando a liderar apenas nas doenças cardíacas e vasculares, pediátricas e doenças do sangue e órgãos linfáticos, em vez dos sete agrupamentos que liderava em 2011 - terão levado o distinguido Centro Hospitalar de S. João, no Porto, a ser destronado pelo Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) no ranking dos 10 melhores hospitais de 2012, passando a ocupar o segundo lugar da tabela.

Há quatro anos que o CHUC ocupava sempre um dos três primeiros lugares no pódio e, em 2012, ascendeu ao 1.o lugar. Carlos Costa, um dos coordenadores do estudo "Avaliação de desempenho dos hospitais públicos (internamento)" - que a Escola Nacional de Saúde Pública publica desde 2005 e que sempre suscita polémica -, avança uma explicação: em 2012 o CHUC foi o segundo melhor hospital em termos de evolução da mortalidade e o melhor nas complicações de cuidados. Conquistou também a 1.ª posição em cinco dos 17 agrupamentos de doenças e está entre as cinco primeiras posições noutros cinco agrupamentos.

O CHUC conquistou ao S. João a liderança nas doenças digestivas e endócrinas e nas metabólicas, manteve a liderança nas ginecológicas e obstétricas, nas neoplásicas e respiratórias e perdeu as doenças de ouvidos, nariz e garganta para o IPO Coimbra. Carlos Costa explica que cerca de 60% dos óbitos nestas doenças são de cancro, "onde o IPO Coimbra é melhor que os restantes hospitais".

O ranking parece confirmar que os grandes hospitais são os que dão mais garantias de qualidade aos doentes: nas cinco primeiras posições estão hospitais de Coimbra, Lisboa, Porto. A seguir ao CHUC e ao São João, no terceiro lugar está o Centro Hospitalar Lisboa Norte (Santa Maria), o Centro Hospitalar Lisboa Central e o Centro Hospitalar do Porto. Só em 7.o lugar aparece um hospital do interior, o Centro Hospitalar Tondela Viseu, que já chegou a ocupar o 2.o lugar do ranking em 2010.

Outras novidades são a entrada do CH do Porto, ausente do ranking há pelo menos três anos, para o 5.o lugar da tabela, tendo sido, juntamente com o CHUC, o hospital com melhor evolução no top 10. O factor "mais decisivo" para o regresso do CH do Porto ao top 5 foi a melhoria da mortalidade e das readmissões, bem como um conjunto de "melhorias relevantes" em nove agrupamentos de doenças, com destaque para as doenças infecciosas, renais, neurológicas, respiratórias e oftalmológicas. Outra novidade foi a subida do CH Lisboa Ocidental do 10.o para o 6.o lugar; e o "tropeção" dos hospitais de Tondela-Viseu e Leiria-Pombal que passam, respectivamente, das posições 4 e 5 em 2011 para 7.o e 10.oº em 2012.

Alexandra Guedes, assessora da direcção clínica do hospital Tondela-Viseu, desvaloriza a queda de três posições. "Os nossos serviços não pioraram de certeza. Espero que a descida seja apenas porque os outros hospitais melhoraram bastante", disse, ao JN, reconhecendo, contudo, a dificuldade na contratação de pessoal. "Os nossos recursos são finitos, mas fazemos com que não se reflictam nos cuidados aos doentes, motivando e envolvendo os profissionais que estão a fazer mais com menos", assegura.

O ranking da Escola Nacional de Saúde Pública avalia a qualidade dos hospitais com base apenas nos resultados e tem em conta os episódios de internamento. O cálculo é feito com base na média ponderada da mortalidade (que vale 75%) e na média ponderada das complicações e readmissões (que valem 12,5% cada). É avaliado o desempenho global dos hospitais e o seu desempenho em 17 agrupamentos de doenças.

Para o ranking de 2012, foram analisados 870.631 episódios de internamento, num total de 542 doenças e 44 hospitais.

Ao JN, Carlos Costa explicou que esta metodologia "identifica e mede os indicadores de resultados de saúde e a qualidade dos cuidados prestados, não pretendendo identificar as causas que os originaram", o que é considerado pouco por alguns dos críticos do ranking, que apontam como fragilidades o facto de o estudo não ter em conta as transferências de doentes entre hospitais e as diferenças entre hospitais de fim de linha e hospitais com pouca diferenciação.

No entender do professor da ENSP, compete aos hospitais, órgãos regionais e ao Ministério da Saúde investigar se o desempenho identificado se deve a problemas de qualidade de informação (que admite existir), a problemas de estrutura (designadamente à quantidade e experiência dos recursos humanos e à tecnologia) ou a questões associadas ao processo de tratamento dos doentes. No limite, defende que se os maus resultados destes serviços persistirem, e não houver planos de melhoria que resultem, a tutela e os hospitais devem equacionar fundir ou fechar esses serviços.

 

Fonte: Jornal de Notícias
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=3675344





Custo de tratamentos em Portugal abaixo da média de oito países europeus

10/02/2014 - 08:27

Os custos médios de tratamentos em Portugal estão abaixo da média de custos em países como Espanha, França, Eslováquia, Noruega, Itália, Reino Unido, Dinamarca e Eslovénia, segundo um estudo divulgado na sexta-feira pela Autoridade do Medicamento (Infarmed), avança o SAPO Saúde.

Nos casos dos tratamentos que têm medicamentos disponíveis em todos os países e onde, por isso, é possível fazer uma comparação, verifica-se que em Portugal o custo por posologia média diária se encontra abaixo da média dos restantes oito países, avança o Jornal de Negócios com base no estudo do Infarmed. Nos restantes tratamentos, comparando apenas os preços nos países onde todos os medicamentos estão disponíveis, o custo do tratamento em Portugal é mais baixo do que a média dos restantes.

A Eslováquia é o país que apresenta preços mais baixos e por isso foi recentemente incluída na lista de países com os quais Portugal vai comparar este ano na revisão anual dos preços. Noruega e Itália é onde se praticam preços mais altos.

Preços em queda desde 2010

Portugal registou um decréscimo dos custos totais de tratamento nos quatro casos clínicos analisados, entre 2010 e 2014, com uma consequente diminuição de encargos, tanto para o Estado como para o doente. A diminuição dos preços variou entre 18,48% e os 51,22% para o Estado e 27,02% e 56,32% para o utente.

O Infarmed elenca algumas das razões que explicam essa quebra de preços, como a entrada no mercado de medicamentos genéricos comparticipados com preços mais baixos, as revisões anuais de preços de medicamentos de marca ocorridas desde 2010 até 2014 e; as alterações às regras de comparticipação de medicamentos genéricos.

Este ano, embora mais ligeira, haverá mais uma baixa de preços, informou já o ministro da Saúde.

Fonte: SAPO Saúde
http://saude.sapo.pt/noticias/saude-medicina/custo-de-tratamentos-em-portugal-abaixo-da-media-de-oito-paises-europeus.html





Suíços limitam imigração vinda da União Europeia

10/02/2014 - 08:01

Os suíços decidiram em referendo impor dentro de três anos quotas severas à entrada de cidadãos da UE no seu território, violando os acordos assinados em 2002 com Bruxelas, avança o Diário Económico.

Segundo os dados oficiais ontem divulgados, 50,5% dos eleitores e a maioria dos cantões aceitaram a iniciativa do partido conservador União Democrática do Centro (UDC), apresentada com o slogan "contra a imigração em massa". O projecto também restabelece o princípio de dar a preferência aos trabalhadores nacionais em relação aos estrangeiros, algo que havia sido abolido pelos tratados com a União Europeia.

"Esta é uma mudança de sistema que vai ter consequências bastante amplas", avisou a ministra da Justiça Simonetta Sommaruga, acrescentando que o governo "não está seguro de como vão decorrer agora as negociações com a UE".

Com efeito, ao decidir eliminar dois dos principais pontos dos acordos europeus, os suíços colocam agora em risco todos os tratados bilaterais entre o seu país e a UE, uma vez que a Comissão Europeia já avisou Berna de que "não pode escolher quais as normas europeias" que aceita e quais as que rejeita, tendo Durão Barroso ameaçado com "consequências legais".

Os dados divulgados pela comissão eleitoral suíça revelam uma forte divisão étnica dentro do país, com a região de língua italiana a votar fortemente a favor da imposição de quotas, a área francófona a defender a livre circulação de pessoas, e as regiões de língua alemã divididas sobre o assunto.

Durante a campanha eleitoral, a UDC argumentou com sucesso que, desde que os acordos com a UE foram assinados em 2002, este país que na altura tinha pouco mais de 6 milhões de habitantes recebeu mais de 800 mil imigrantes estrangeiros, 75% dos quais provenientes da UE, em particular italianos, alemães e portugueses. E que muitos destes estrangeiros acabaram por ficar sem emprego devido à crise financeira, estando agora a viver à custa da Segurança Social. A UDC notou ainda que, enquanto a taxa de desemprego nacional foi de 3,2% em 2013, este valor é de apenas 2,2% para os nacionais suíços, mas dispara para os 5,2% entre os cidadãos da UE.

Os peritos avisam que as quotas ameaçam as indústrias químicas, farmacêuticas e biotecnológicas do país, em particular a Roche e a Novartis, já que 45% dos seus trabalhadores são estrangeiros.
"Isto é uma derrota económica e de política externa", lamentou o deputado social-democrata Christian Levrat à Bloomberg, para quem "a elite económica permitiu que as coisas chegassem a um ponto onde a população sentiu que estava a perder" com a política de portas abertas, a qual havia sempre sido defendida em todos os votos populares das últimas décadas.

Fonte: Diário Económico
http://economico.sapo.pt/noticias/suicos-limitam-imigracao-vinda-da-uniao-europeia_186797.html

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