terça-feira, 27 de outubro de 2015
VENCIDOS NA VIDA; VENCEDORES NA MORTE
Os resultados eleitorais de 4/10/2015 suscitaram ou antes; ressuscitaram velhos vencidos e anexaram-lhes novos vencidos, na vida.
Ouvi-los a semear utopias e a espalhá-las ao vento é um regalo para a vista e um alívio para as preocupações de fim de mês.
Há por aí uns candidatos a acabar os Lusíadas, que nem sabem que o poema não é um poema lírico, mas épico e só consagra os heróis, depois de mostrarem a sua heroicidade...
Mas, quanto a resolver problemas económicos; as utopias não têm, nem desencadeiam problemas.
A Beata Catarina (a pequena) com o seu porte imperial, que, até fascina os direitistas, que andam sempre à mão, já deu as suas ordens imperiais, depois de extinguir a coligação de direita, por decreto imperial.
Não vai haver crise, logo não é permitido falar mais em austeridade.
No governo, que está a cozinhar com o seu mordomo, o da Costa, pois que ela vai ser coroada imperatriz, no Mosteiro dos Jerónimos, que assinala não só a qualidade dos pasteis de nata de Belém, como o inicio do império, categoria imperial, que lhe assenta como luva e nomeá-lo-á seu Primeiro Ministro, duma nova era, depois de reunir a maioria de esquerda para substituir a república, pelo império e a Constituição da República, pelo programa uniformizado, não escrito, para não sofrer a corrosão natural, nem os ataques dos racionalistas, elaborado pelo que de mais genuíno há nos três mestres da suspeita: ( O Costa faz de Nietzsche, o Jerónimo faz de Marx e a Beata Carolina faz de Freud, pois tem muito a ver com os sonhos e a sua interpretação freudiana).
Quanto aos recursos materiais não cometemos nenhuma inconfidência divulgando, em 1ª mão, que não vai haver falta de dinheiro, porque Catarina, a pequena, já assinou um protocolo com a proprietária das minas de ouro de Santa Bárbara, em próspera laboração e produção aurífera, com a possibilidade de o Engenheiro Sócrates, ao voltar do desterro eborense, ao activo político lisboeta, trazer, como dote, a garantia de tonelada e meia de minério, de exploração diária, com reactivação das minas de volfrâmio de Vale das Gatas, que herdou do seu avô.
Por outro lado, foi descoberto um manancial de petróleo, no estuário do rio Sado e, se os ambientalistas não vetarem a exploração, para não espantarem os golfinhos, essa maravilha do Sado, não vai haver falta de mais ouro, desta feita, ouro negro, em Portugal.
Por isso, digamos adeus à pobreza e à austeridade, porque não vão faltar recursos a este pequeno e pobre país.
Mas vamos ter algum prejuízo na nossa tradição fadista, porque se vai acabar com a tristeza, logo; a produção de fados vai, naturalmente, baixar, neste mar de rosas promissor.
E se a Imperatriz Catarina conseguir aumentar as cotas da pesca da sardinha e povoar os rios de piranhas, também daí, podem advir grandes recursos, até para substituir a carne vermelha, na alimentação, pois comê-la provoca o cancro, se, entretanto, não for contraído por outros vícios. Isto tudo, enquanto não transformar a espécie humana em herbívora, para o que tem de nos reeducar a caminhar a 4, usando as mãos, e alargar a boca e reforçar os dentes, para traçar a erva.
A sociedade protetora dos animais prepara um manifesto de louvor à proteção dos animais e ao aumento de associados.
Os neo-liberais que se cuidem, porque os nascentes anti-neo-liberais fictícios vão mostrar como se fazem omeletas sem ovos e enfartamentos a olhar para as montras com enchidos e bolos e queixos da serra.
Com amizade,
José Azevedo
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