quinta-feira, 13 de junho de 2013

E VAI DAÍ, AGARRA E PEGA...

De: rebordosa.comvida@europe.com
Enviada em: sexta-feira, 7 de Junho de 2013 14:52
Conversação: A quem interessa esconder a maior fraude na saúde???
Assunto: A quem interessa esconder a maior fraude na saúde???

Bom dia, Dr. José Pedro Liberal
Nota Prévia:

Na sequência da informação que V. Ex.a nos dirigiu sobre os nossos alertas de práticas ilícitas, nomeadamente na unidade de saúde de Cristelo, Paredes,entendemos que a nossa resposta deverá ser pública para que não caia em saco roto o trabalho sério e isento do REBORDOSA ComVida (100 SAÚDE) e para que “alguém“ se interesse por acabar com práticas desumanas e criminosas por nós denunciadas.


Perante a nossa comunicação e os esclarecimentos detalhados de um cenário de graves ilícitos e terror praticado por médicos da UCSP de Cristelo, que é apenas a ponta de uma meada que esconde o maior assalto alguma vez praticado e o acesso indevido às contas do Ministério da Saúde, que deixam a muitos milhões de euros de distância questões como a promiscuidade entre negócios de médicos que exercem na privada e prescrevem no SNS ou as prescrições viciadas de exames e os ganhos de laboratórios e até os negócios de receituário entre farmácias e médicos, estranhamos que V. Ex.a se permita colocar mais questões e ameaçar que se não apresentarmos mais detalhes ficam suspensas as investigações. A quem interessa esconder a maior fraude na saúde???

{Interessa aos fraudulentos, ou fraudaluntos, dizemos nós}.
 
É com profunda indignação, angústia e tristeza que constatamos, que com o recurso a argumentos descuidados (que não têm em conta a objectividade e a gravidade do conteúdo das nossas denúncias), mais uma porta (que se junta ao desinteresse do ACES Tâmega II/ Vale Sousa Sul) se fecha na imprescindível investigação e clarificação de casos concretos das práticas desviantes/ilícitas de médicos, que conceberam esquemas ardilosos para aceder indevidamente a milhões de euros das contas do SNS, servindo-se de forma imoral e desumana de uma população indefesa.

Lamentamos que apesar da gravidade dos factos devidamente identificados e enquadrados em práticas criminosas, V. Ex.a se permita solicitar mais informação. Mais informação de quê e sobre o quê, se a realidade dos factos nos diz que se forem realizados contactos junto de funcionários e da população (humilde e colaborante) amedrontada, com receio de retaliações, além de uma consulta ao sistema informático, todas as infracções e infractores serão “descobertos”, tal como a data/hora das práticas.

Quando estão em causa práticas continuadas que causam um rombo profundo no erário público representado pelo Ministério da Saúde e que colocam em risco a sustentabilidade do SNS, V. Ex.a liga o “complicómetro” e pede mais detalhes, quando para chegar às infracções, aos infractores prevaricadores e aos seus cúmplices, que alimentam procedimentos ilícitos do ponto de vista ético , moral e legal apenas precisava de seguir as pistas objectivas que lhe enviamos e que realizasse os contactos com os profissionais das Unidades de Saúde por nós indicados, facilmente chegaria aos infractores.

Não podemos silenciar a nossa revolta face aos argumentos invocados, tanto mais que apesar de V. Ex.a  não “ter conseguido” aprofundar qualquer investigação, na mesma hora em que está a ser lida esta nossa resposta, as populações são impedidas de aceder a consultas médicas na Unidade de Saúde, e que por inacção das investigações e desinteresse de entidades como o ACES Tâmega II Vale do Sousa Sul (entidade que colateralmente beneficia com os ilícitos e com os esquemas), os infractores continuam a beneficiar do acesso indevido em proveito próprio aos mesmos milhões que o Ministério da Saúde se vê obrigado a cortar na prestação de cuidados a utentes e nas remunerações dos profissionais, médicos, enfermeiros, administrativos e outros que recorrem ou trabalham com seriedade e empenho nas diversas estruturas do SNS.

Perante a resposta que V. Ex.a nos dirige e a fazer fé nos argumentos usados, percebemos que não adianta apresentar ao detalhe qualquer informação sobre fraude e práticas desviantes e ilícitas. Preocupa-nos os argumentos usados, tanto mais que dissemos como chegar aos infractores e às suas ilicitudes praticadas.

Mas que garantias temos nós de que se revelarmos a identidade das dezenas de casos e de nomes das pessoas (das quais recolhemos testemunhos) que são usadas numa gigantesca fraude que se pratica na UCSP de Cristelo (num universo de centenas de cidadãos) e as que são desviadas para Rebordosa, que haverá um tratamento objectivo das nossas informações e que haverá realmente uma investigação rigorosa?

Nós passamos dezenas de madrugadas à porta das Unidades de Saúde, pelo que estamos em condições de afirmar que para constatar com a verdade de Cristelo bastaria que V. Ex.a se deslocasse às Unidades de Saúde para questionar outros médicos, enfermeiras e funcionários administrativos e falar com a população que desumanamente é forçada a permanecer desde madrugada para conseguir uma consulta médica, e logo saberia em detalhe como funcionam os esquemas. Por que não o fez ou porque é que não alcançou nem obteve resultados não sabemos. Sabemos é que se se deslocar ao terreno e disser ao que vai, rapidamente junta à sua volta dezenas de pessoas que são ou foram vítimas das práticas mercantilistas.

Por constatarmos que da parte de V. Ex.a há um trabalho muito incipiente em termos de investigação real e de facto, respondemos que não estão criadas as condições de confiança para detalhar o nome de centenas de pessoas num universo de milhares, quando sabemos que numa simples conversa com a população à porta da Unidade de Saúde ou até num qualquer café da freguesia chegaria aos elementos e aos detalhes.

Quanto à questão do desvio indevido e sem consentimento de população de Cristelo, que apareceu inscrita na USF S. Miguel Arcanjo em Rebordosa/ Paredes, estranhamos que não tivesse sido feito uma simples abordagem telefónica ou pessoal (após uma consulta do sistema informático) para filtrar quem foi transferido entre as duas unidades de saúde. É difícil? Será que não se investiga detalhadamente por que se iria constatar que ao mesmo tempo que foram “roubados” utentes para aumentar os índices de produtividade de uma USF, se chegaria a uma outra listagem que é muito incómoda para certos dirigentes da estrutura da Saúde. Qualquer investigação terá de relatar que constatou que centenas de utentes, em poucos dias, literalmente fugiram de Cristelo para se inscreverem no Centro de Saúde de Paredes, onde sabem que têm cuidados médicos humanizados e de qualidade e não são espoliados por médicos sem carácter. Este é um facto que não interessa a quem protege os infractores, que por sinal são os mesmos que fomentaram o descrédito de quem denunciou as fraudes, dado que (apesar de não intervirem directamente no roubo nas contas do SNS) apresentam números excepcionalmente irreais de produtividade em cuidados de saúde, que são “cozinhados” pelos denunciados, que valem indevidamente para o ACES muitas centenas de milhar de euros e até a promoção como dirigentes dentro das estruturas do Ministério da Saúde.

Se V. Ex.a pretende de facto saber como funciona a promiscuidade entre os negócios dos médicos que exercem no SNS e que simultaneamente são proprietários de clínicas privadas na mesma localidade, apenas terá que se deslocar à Unidade de Saúde de Cristelo e, depois de permanecer por lá várias horas na sala de espera junto ao balcão de atendimento, facilmente perceberá que há uma teia criminosa que conta com a cumplicidade de duas funcionárias administrativas, que “gerem” impunemente a falsificação das Agendas de três médicos (dois são proprietários de clínicas/consultórios privados) e lhes entregam e recebem em mão (a esses mesmos médicos) “encomendas” ou agendam como consulta presencial os pedidos de medicação crónica efectuados pelos utentes  e  os pedidos de MCDT’s dos clientes das clínicas/consultórios privados emitidos por esses mesmos médicos para a realização de exames (muitos dos quais de eficiência e rigor clínico suspeito) que são suportados integralmente pelo SNS. São necessários mais detalhes para levar à justiça os criminosos (autores e cúmplices)?

Como diz o povo, nas nossas denúncias “fizemos a papinha toda”, detalhamos e objectivamos, mas V. Ex.a ainda se permite perguntar por mais e mais detalhes. A fazer fé nas suas “exigências” de mais pormenores, se na vida real todos usássemos esse padrão de “dificultómetro”, sempre que fosse lançado um alerta de um incêndio ou de um assalto, os profissionais que recebiam os alertas e denúncias entretinham-se a perguntar (enquanto os crimes e os sinistros se consumavam) o nome, morada e número de identificação de quem estava a ser roubado e de quem se encontrava dentro da habitação que estava a arder. Surreal.

Será que há alguma relação entre esta não investigação e o facto de estar a ser criada em tempo recorde em Cristelo (com a cumplicidade e conivência da hierarquia) uma USF – Unidade de Saúde Familiar, pelos (e para) os mesmos médicos e funcionárias administrativas envolvidas e cumplicidade no impedimento do acesso dos utentes a atendimento na unidade de saúde, recorrendo à marcação de Consultas Fantasmas com distorção e viciação de Agendas Médicas Diárias, para inserirem nomes de clientes de clínicas (como utentes)  a quem é prescrita medicação e Exames Complementares que penalizam severamente a população e as contas do SNS (que paga por consultas não realizadas e exames por encomenda)?

Será que estamos perante um episódio em que as típicas investigações “faz de conta” e as não investigações visam silenciar o esclarecimento da verdade e assim perpetuar a função criminosa dos envolvidos nas fraudes e, muito especialmente os beneficiários com os ilícitos para que sobre os mesmos não existam inquéritos pendentes que os impeçam de consolidar o controlo da Unidade de Saúde de Cristelo, através dos estatutos de autonomia de gestão das USF’s?

Estaremos perante a maior fraude de sempre no SNS? Os relatos que fizemos sobre cumplicidades, conivências e promiscuidade apontam para práticas delinquentes de outros intervenientes. Percebemos que se tente complicar o que é fácil, pois o que denunciamos pode levantar a tampa do sarcófago onde se escondem os proventos milionários recebidos pelos ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde), na contratualização com o Ministério da Saúde por dezenas de milhar de consultas não realizadas. É que não estão em causa apenas a perdas intencionalmente infligidas às populações, nem as criminosas práticas de médicos (e seus cúmplices), acima de tudo estamos a expor à justiça a proposta de investigação de quem ignorou as práticas ilícitas e com os números de produtividade cirurgicamente forjados pelos prevaricadores, “brilhou profissionalmente” no âmbito da ARS Norte e do Ministério da Saúde (com falsas produtividades face aos números da contratualização, que valeram incentivos financeiros indevidos) e em geral perante outros ACES que não contam com colaboradores especialistas em viciação informática e na produção de Estatísticas Fantasmas. Aqui é que está o cerne da questão. Lá diz o povo que “tão ladrão é quem rouba como quem fica à porta como cúmplice!”.

É desejável que se investigue se existem e quem são os patronos e os autores da apressada criação de uma USF para a freguesia de Cristelo/Paredes, e quem ignora os alertas lançados pelo REBORDOSA ComVida sobre as práticas condenáveis e ilícitas dos médicos Vasco Santos, Maria do Céu e Fernanda Coelho e dos funcionárias administrativas Elisabete e Fátima. Não queremos acreditar que no Ministério da Saúde e no Ministério Público estes ilícitos possam ficar “abafados”, silenciados e ignorados por muito mais tempo.

Como é possível que depois das denúncias e os alertas que apontam para uma produtividade diariamente viciada na Agenda Diária dos médicos Vasco Santos, Maria do Céu, com a marcação de 20 a 30 Consultas Fantasma (com nomes fictícios ou pedidos de medicação crónica como consulta presencial) que inviabilizam o acesso da população ao normal atendimento (entre 400 e 600 consultas por mês/4000 a 6000 consultas ano) e os expõem à dependência (se tiverem dinheiro) de terem de recorrer aos consultórios/clínicas privadas ou irem como uns quaisquer “Sem Abrigo” ao frio e à chuva para a porta da unidade de saúde à procura de uma consulta como uma esmola caridosa ou procurar a sorte de encontrar uma agulha no palheiro, pois os mesmos três médicos que impedem a inscrição em Consultas Programadas restringem o acesso dos utentes às suas consultas de Vagas e Recurso (e até faltam intencionalmente nos dias de Consultas de Recurso).

Será que a população de Cristelo em Paredes é de segunda escolha?
Será que os interesses das clínicas e consultórios privados de Cristelo estão acima dos direitos da população aos Cuidados de Saúde Primários?
Quem salva a população de Cristelo de continuar condenada pagar (tirando à boca) para financiar o enriquecimento ilícito de clínicas e consultórios privados?
Será que os abusivos cometidos no passado pelos dirigentes do ACES Tâmega II Vale do Sousa Sul, que (cegos com os benefícios) ignoraram os alertas sobre os gravíssimos ilícitos com Consultas Fantasma e a promiscuidade entre o exercício no SNS e os negócios em clínicas privadas, são de tal maneira graves que ditam a mordaça e a Lei da Rolha dos dirigentes que se lhe seguiram?

Por percebermos atempadamente e depois de uma “consulta a uma vidente” que as “investigações” em alguns sectores iriam mirrar, é que ainda não divulgamos outros casos que constatámos no terreno, como por exemplo o facto de em Cristelo ter sido criado no sistema informático um “ficheiro” onde foram colocados e “catalogados” todos os utentes de uma médica e noutro caso uma parte da população do concelho de Paredes ter sido convocada para realizar a vacinação na USF S. Miguel Arcanjo em Rebordosa. Que garantias temos nós de que não estamos a escrever para o triturador de papel?

Por exemplo, quanto à criação do ficheiro em Cristelo, o mesmo permitiu a selecção e inserção na ficha do utente o discriminatório “ex- Dra. Ana Oliveira”, tendo passado a haver um cuidado especial no atendimento e nas tradicionais recusas de marcação de consulta, que até aí eram escamoteadas. A referida médica depois de ser estrategicamente enviada para a Unidade de Saúde de Paredes, foi procurada (logo nas primeiras semanas) por centenas de utentes que fugiram do pesadelo de Cristelo, e porque isso ameaçava sangrar o número efectivo de utentes e assim constituía uma machadada nas pretensões de quem quer controlar o Centro de Saúde de Cristelo e denegrir a imagem de quem os denuncia, os infractores passaram a oferecer “baixas” e outros “mimos” a quem apenas quer médicos sérios e honestos que os atendam com o coração e não com a carteira ou o número da conta bancária.

Pela fundamentação usada por V. Ex.a, não temos dúvidas em afirmar que a verdade só se saberá com a intervenção do Ministério Público (Polícia Judiciária) e de outra instância do Ministério da Saúde (IGAS) e com a divulgação deste grande escândalo por órgãos de comunicação e por jornalistas que sejam dignos da carteira profissional.

Lá diz o povo que “o pior cego é aquele que não quer ver”. Perante o rumo que as “investigações” levaram por essa Instituição sobre os casos que por nós foram fundamentadamente denunciados, lamentamos as cumplicidades e os esquemas de que gozam os que diariamente acedem ilicitamente às contas do SNS e martirizam intencionalmente uma população.

Será que para que sejam feitas investigações de facto e os ilegalistas sejam levados à justiça, teremos de escrever e publicar um texto injurioso com expressões insultuosas, afirmando que o médico tal é gatuno, a médica xis é vigarista e a médica zê é uma ladra? Se esse for o caminho, assim será.

Creia V.Ex.a que a indignação que sentimos com a argumentação usada na sua resposta motiva ainda mais o Rebordosa ComVida (100 SAÚDE) para continuarmos a denunciar as más práticas de uns quantos que roubam o que é de todos. Se não andassem uns “Xico Espertos” (e seus cúmplices) a roubar, as contas do Ministério da Saúde estavam desafogadas e não eram necessários cortes nos Cuidados de Saúde nem nas remunerações dos profissionais. Nós acrescentamos “Uma caneta na mão de um médico corrupto é mais perigosa do que uma arma na mão de um bandido”.

Sem mais,
 NB: [Esta de mais e mais informação do que já está devidamente informado faz lembrar a pergunta feita "nome e morada das vítimas de Hirochima e Negazaki?", para decidir qual dos 3 viajantes devia ser atirado fora do balão, decisão democrática e legal.]
               Luís de Sousa
Rebordosa ComVida (100 SAÚDE)

rebordosa.comvida@europe.com
tel 91 707 75 55


{Onde é que eu já ouvi disto?
Como é possível alguém dizer estas coisas e ninguém ser preso ou demitido da função?
De duas uma:
Ou esta informação está ampliada para provocar efeitos negativos nos visados;
Ou, a ser verdadeira, e nada nos indica que é falsa, temos que adoptar o autor, pois é mais que sabe quais os verdadeiros motivos de, a norte do Douro, se instalarem como cogumelos, as USF, com práticas fictícias e resultados falseados, para simular objetivos atingidos e incentivos gordos garantidos.

Há dias, um desses anticomunistas primários, como se dizia, no tempo do falecido, resmungava, na mesa ao lado, num café de renome, da Invicta:
- "O Ministério da Saúde deixa os comunistas montarem as USF pela mão do Dr. Vilas Boas e da Associação a que preside, para não criarem problemas de agitação com manifestações e coisas  parecidas. É uma compra indirecta.
- Mas, respondia o outro; isso fica muito caro, além de estar a criar problemas com os outros Médicos e com os Enfermeiros, que não cabem nas panelas, que os comunistas estão a criar com as USF e têm de ser mandados para o "nu de Judas".

E dizia, ainda, o interlocutor:
Mas o Ministro da Saúde saberá dessas manobras?
- Se te estou a dizer que é para os ter sossegados, tem que saber".
Escorropichei o café, que findava e parti, pensativo com mais uma das versões do sistema USF, que não nos cansamos de denunciar, porque não serve os interesses da população, nem do país.
As pessoas envolvidas, seja qual for a sua motivação são as principais responsáveis do que se diz com e sem verdade tanta.

É um fenómeno como o das bruxas. Há quem não acredite, mas que as há, há!}






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