domingo, 12 de janeiro de 2014

VMER -VERSUS - VEER

Estes publicitários não dão conta das encomendas;
Eles são as espreitoscopias: TAC, COLON, RMN, outros/as.
As causas desta ineficácia estão no nome da Viatura de Emergência Médica  Rápida,
quando devia ser Viatura de Emergência Enfermeira Racional.
Esta é uma falsa questão em que se demonstra que Médico em Portugal tem mais olhos do que barriga e que os dinheiros públicdos não estão a ser tão bem administrados, quanto podiam estar; quanto deviam estar.
Faz parte do carácter médico a encenação da saúde.
Por exemplo: a bula (cujo étimo não deixa grandes dúvidas) que acompanha os medicamentos é uma obrigação pré-hipocrática em tudo que se destine à saúde, para dizer duas coisas: do que se trata e a que faz bem. Isto é tão importante que essa informação pode conter uma parte substancial da cura.
Basta ler o que um estudo recente conclui sobre enxaqueca, duma Universidade de renome mundial:

{Estudo de Harvard prova que placebo tem efeito de remédio para enxaqueca

10/01/2014 - 15:43

Quando o assunto é dor, a expectativa de melhoria suscitada pelas palavras do médico na hora de prescrever um medicamento pode ser tão importante para a eficácia da terapia quanto os efeitos farmacológicos do medicamento propriamente dito, segundo um estudo da Faculdade de Medicina de Harvard, avança o Diário Digital.

A pesquisa avaliou a influência do efeito placebo no tratamento de pessoas com enxaqueca e concluiu que uma pílula inócua pode ser tão eficaz quanto um medicamento de verdade no alívio da dor de cabeça durante um ataque, dependendo da mensagem que é dada ao paciente no início.

Pacientes que receberam mensagens positivas beneficiaram mais da terapia do que aqueles que receberam mensagens neutras ou negativas, independentemente de estarem a tomar placebo ou medicação autêntica.
"Fica claro que cada palavra na clínica conta", segundo Ted Kaptchuk, um dos investigadores que liderou o estudo no Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston. Publicado na revista Science Translational Medicine, o estudo apresenta "a medição mais precisa do efeito placebo feita até hoje", segundo ele.
Vários estudos já demonstraram que o efeito placebo pode trazer benefícios clínicos reais para os pacientes. Mas nenhum até agora, segundo Kaptchuk, havia conseguido medir o tamanho desse efeito, separando-o dos efeitos farmacológicos directos da medicação.



 

 

Mas não é sobre esta matéria que pretendemos inflectir; é no aproveitamento de recursos disponíveis que não se esgotam no Médico e com o Médico e que são desaproveitados com as "mediquices".

A pergunta deve ser posta de outra forma:

Será a assistência pré-hospitalar uma das competências exclusivamente Médica ou pode ter nos Enfermeiros a resposta adequada a essa assistência?

Lembro-me da falência que foi a triagem das situações mais ou menos graves, à entrada das urgências, feita por Médicos, que não conseguiam discernir, se aquela acção era para catalogarem a gravidade maior ou menor das situações; se era para começar logo o interrogatório tipo consulta, naquele lugar e momento impróprios.

Não obstante este método ser muito útil, quando realizado por Enfermeiros, não tem escapado às críticas oportunistas e balofas do Bastonário da Ordem dos Médicos, que demonstra não conhecer o Decreto-lei 32.171 de 1940, quanto aos deveres de cada profissional diplomado, na arte de curar, numa situação de urgência, onde os Enfermeiros, já eram doutores, mesmo antes do ano 2000, para esse efeito de urgências e a respectiva assistência. É pena, pois poupava-nos a certas imprecisões... suas.

Ora, sendo a assistência pré-hospitalar uma grande "desmotivação" para os jovens Médicos, os que se prestam ao som estridente, incómodo e inútil do ni-nó-ni-nó-ni-nó-ni, é natural que estejam a fazer um grande frete na assistência pré-hospitalar, porque pressentem que aquilo não foi feito para eles, sejam cubanos, australianos ou colombianos...

E não foi.

Não fossem as birras corporativistas do Sr. Dr. José da Silva e a ignorância sectorial de quem nos comanda e a obra deste tipo de assistência tinha a continuidade, que merece e se impõe.

A primeira solução seria mandar o dito desmancha-serviços (de Enfermeiro), ou alguém da sua confiança, por ele, aos países, onde já não há médicos em presença física, nas Urgências hospitalares, muito menos nas pré-hospitalares. Nós é que não temos cabeça para gastar bem o pouco dinheiro que temos.

Talvez esta medida lhe abrisse a mente emperrada na corporação.

Mas quem é tanto ou mais responsável do que ele, devia acompanhá-lo para estudarem em conjunto as soluções adequadas aos problemas que vão adiando.

Quando um idiota, (quanto a nós é pessoa com ideias pequeninas e visão curta) em Viana do Castelo, participou do Enfermeiro, corajoso e profissional consciente, que pegou na VMER e a transformou em VEER, indo socorrer quem precisava de ajuda, antes que fosse um bombeiro substituir Médico e Enfermeiro (isso já não seria insuficiente, nem escandaloso, nem ilegal...), é caso para perguntar: quando é que o Ministério da Saúde leva a sério as acusações que o Dr. José da Silva lhe faz, acerca destas matérias e as entrega aos Enfermeiros, pessoas com a formação ideal, descorporativiada e tudo, a assistência para que estão habilitados e, onde são eficazes.

Mandem alguém ver como se faz nos países que ocupam os primeiros lugares na classificação mundial dos cuidados de saúde?

Façamos um esforço sério para enganarmos menos as pessoas atirando-lhes com os Médicos para a frente, como se fossem os mprofissionais mais indicadas, em todas as circunstâncias.
Ora isto é falso.
Isto é perigoso.
Isto é mentira.
Isto é dispendioso, perdulário.
Isto só é possível em paises governados por hesitantes profissionais!

[Viaturas de emergência param temporariamente em várias zonas do país por falta de tripulação

emergência param temporariamente em várias zonas do país por falta de tripulação

Pelo menos cinco viaturas estiveram temporariamente inoperacionais: Évora, Portalegre, Guarda, Faro e Torres Vedras.
Nelson Garrido

 
O acidente provocado por um cavalo no dia de Natal, perto de Évora, e que causou quatro mortos e quatro feridos graves, foi um dos que ocorreram numa zona coberta com viatura médica de emergência, mas que se encontrava inoperacional.
Segundo uma ronda feita pela agência Lusa, nos últimos meses, pelo menos outras quatro viaturas estiveram temporariamente inoperacionais: as de Portalegre, Guarda, Faro e Torres Vedras.
No caso mais grave, em Évora, a administração do hospital confirmou que “a VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação) estava, momentaneamente, inoperacional” quando ocorreu o acidente, no dia 25 de Dezembro, que envolveu dois automóveis e um cavalo - Maria Antónia Ascensão, ex-jornalista do PÚBLICO, o marido e a filha foram três das vítimas deste acidente.
A coordenadora da VMER de Évora reconheceu que “em épocas especiais é mais complicado ter médicos disponíveis”, alegando que “a escala é preenchida com horário voluntário” e que os clínicos “nem sempre estão disponíveis”.
A indisponibilidade “esporádica” dos clínicos pode explicar-se, segundo Ireneia Lino, com o facto de “o retorno financeiro” estar a “descer para valores próximos aos dos serviços dentro do hospital”, apesar de ter “um risco acrescido”.
Ainda assim, assinalou que a VMER de Évora tem actualmente “poucos períodos” de paragem, apresentando “dois ou três por cento de inoperacionalidade”.
Na noite da passagem de ano, foi a VMER de Portalegre que não saiu para assistir duas pessoas atropeladas no centro da cidade. Um homem de 42 anos morreu e uma mulher de 36 ficou ferida.
Fonte da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano confirmou que “a VMER esteve inoperacional entre as 20h do dia 31 de Dezembro e as 12h do dia 1 de Janeiro”, porque “não havia médico disponível”.
O coordenador da viatura de Portalegre, Hugo Capote, adiantou à Lusa que já foram formados “entre 20 e 30 médicos”, mas que, actualmente, prestam serviço “entre 10 e 12”.
“Alguns médicos fizeram a sua actividade na VMER durante cinco ou seis anos, mas, depois, as suas carreiras médicas evoluíram e, a partir de certa altura, optaram por trabalhar a tempo inteiro nos seus serviços”, explicou.
Hugo Capote referiu que “há quase três anos” que não há formação de médicos para a VMER de Portalegre, tendo já sido “solicitada várias vezes ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM)”.
A situação não é “exclusiva” do Alentejo. Em Torres Vedras, no distrito de Lisboa, segundo o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, a VMER “esteve 10 dias 100% inoperacional”, em Agosto de 2013.
A “situação pode-se agravar dramaticamente” agora com a VMER do Hospital de Vila Nova de Gaia, cuja administração pretende reduzir “o pagamento dos médicos para 11,68 euros e dos enfermeiros para 7,52 euros” por hora, disse.
Também a VMER da Guarda enfrenta “pequenos períodos” de inoperacionalidade, reconheceu à Lusa o seu coordenador, Tiago Saraiva, indicando que as paragens correspondem a cerca de 5%, devido à falta de médicos para o serviço, mas no prazo de dois a três meses o problema deve estar resolvido.
No Algarve, o caso não é tão grave porque existem três viaturas (Faro, Portimão e Albufeira), mas, mesmo assim, de acordo com o Centro Hospitalar do Algarve, “durante o período do Natal, como é normal em feriados e festividades, houve um ou dois dias em que, além de um helicóptero, só esteve axcionada uma VMER”.
Segundo o Centro Hospitalar do Algarve, a partir do dia 15 deste mês, vai dispor de 18 médicos que estão a acabar o curso, numa formação a realizar de novo em Março e que deverá tornar a região “num exemplo em termos de activação” dessas viaturas.]


 

Sem comentários:

Enviar um comentário