domingo, 26 de janeiro de 2014

SÓ PAGO REMÉDIOS QUE CUREM





NB: Quer isto dizer que há remédios que curam e os que não curam.
Como é que o Sr. Ministro distingue os que curam dos que não curam?
Será por isso que tem a ideia fixa de contratar Médicos, nem que venham de terras índias descobertas pelos nossos antepassados?
Ou seja; como nos Centros de Saúde a única função que disntingue Enfermeiros de Médicos é a receita, está-se mesmo a ver que contrata Médicos e mais Médicos para que eles receitem medicamentos e mais medicamentos, para Ministro saber quais os que curam e os que não curam, pois só estes serão pagos.
Os ingleses esperam pelos resultados e doente que não é curado não é incluído na conta.
A lógica é: se o medicamento é receitado para curar e não curou, de duas uma; ou não é remédio; ou está falsificado e não atingiu o fim a que se destina. E inglesinho não paga.
Aqui vem o coro celestial cantar os louvores aos medicamentos, sem excepção.
Acerca destes mais duvidosos e não testados disse o Bastonário da Ordem dos Médicos, que o Ministro está a matar os doentes, ao recusar pagar os que não curam ou são de duplo efeito
É de homem esta atitude!
Só é pena que ainda não tenha alcançado que ao enxamear os serviços de "inventores de doenças" e receitadores de médicdamentos não garantidos, está a fazer um favor gratuito aos laboratórios produtores da "molécula", pois permite testar os que curam e os que não curam. Depois, é só optar se é para curar ou manter doente!
Outra atitude musculada é a de contratar saldos nos preços dos remédios a pagar pelo SNS à farmacopeia. E o laboratório paga o ensaio com desconto.
Como é que se verifica a eficácia da molécula?
Será que os peritos em "benchmarking" vão pedir o pau de topógrafo ou "benchmark" emprestado ao moço de topógrafo para medirem a eficácia dos remédios?
Suegrimos duas excepções:
1 - Aqueles que padecem de mal de morte, cujo remédio é morrer, como diz o Zé;
2 - Aqueles que vão ao Médico, porque este tem de viver da profissão, honestamente; compram os remédios, que ele receita, porque famacêutico, também tem direito à vida; não os tomam, porque o cliente precisa de viver.

Mas [a quantidade exacta de doentes vai depender das solicitações dos Médicos; aqui levanta-se o problema do diagnóstico certo ou errado.
Entretanto o desmancha prazeres do JMS da OM diz: «...O Ministério da Saúde demorou tanto tempo a aprovar estes medicamentos que entretanto já foram aprovados na Europa e nos EUA  outros mais evoluídos» ... a autorizar a compra do VICTRELIS - remédio com 60% de eficácia, que já há outros que curam mais e mais bem!
Vale a pena reflectir nas contradições dos próprios.
Como garantem a eficácia de um produto em estudo sem submeter os doentes à experimentação?
Se já há outros melhores;
Se só paga as curas previstas;
Se só paga depois de ver os resultados;
Então é porque as dúvidas são muitas.
Mas a fé é que nos salva: tenhamos fé, na cura, mesmo que esta esteja do lado dos falhanços.

Aqui o papel dos Enfermeiros é muito importante.
Embora não estejam incluídos nas verbas que os laboratórios pagam para testar a molécula.
E não tendo o perfil do "benchmark", são os profissionais mais bem posicionados para garantirem a avaliação da eficácia dos remédios.
O defeito de os Enfermeiros dizerem, tantas vezes, "que isso é com o Médico", até aquilo que é com eles, como a avaliação do resultado dos remédios, atiram para quem não está em condições de seguir passo-a-passo a evolução para a cura ou para a morte, como estão os Enfermeiros.
É mais um exemplo dos desperdícios de os Enfermeiros não alimentarem correntes de opinião pessoal e profissional próprias. A autonomia, o carácter profissional, fazem-se, também, com pequenos gestos e modificação de hábitos carcomidos pelo caruncho.

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