segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

SE SALVATERRA DE MAGOS FICAR COM 3 MÉDICOS A SOLUÇÃO É:

Montar rapidamente UCC com Enfermeiros que restrinjam ao mínimo indispensável as idas ao Médico, como já acontece com as UCC mártires estóicas.

Esta é uma boa oportunidade para acabar com essa fantasia do Médico geral e familiar.

Tenha a coragem Sr. Ministro da Saúde de começar a racionalizar os recursos disponíveis, pois se os Enfermeiros prestarem os CUIDADOS PRIMÁRIOS, próprios da assistência sanitária primária, os 3 Médicos são mais que suficientes para o número de consultas de que vão precisar.
Acabe com essa fantasia de que sem Médicos não há assistência primária de saúde.
Ou o que é pior, dar a entender que sem Médicos a saúde das populações corre perigo. É falso esse argumento, pois quando a saúde corre perigo o Enfermeiro limita-se a fazer o que faz o Médico: envia pela caminho mais curto e rápido, o doente ao Hospital de referência.
Certo?
Correcto?
Hoje não, que já é tarde, mas amanhã, de manhã, vamos anexar a esta notícia os 100 e muitos (Indicadores de Desempenho (ID) que  estão anexos à portaria que, abusivamente, o Senhor Secretário de Estado Adjunto, publicou com o nº 377/20013,  sem satisfazer as exigências contratuais da FENSE (SE e SIPE), porque nas nossas propostas estavam assinalados mais de 100 desses ID, nos quais o Enfermeiro tem actuação individual suficiente e são muito poucos aquelers em que actua com o Médico e são uma meia dúzia aqueles em que o Médico actua só.
Se mandar aplicar a portaria referida os 3 Médicos são capazes de ser um maná e não uma desgraça como a máquina dos sorvetes e comprimidos, já está a publicitar e a pressagiar.

Para orientação de leitura veja-se a verdade do que se afirma:
na 1ª coluna à esquerda assinalámos a cor azul o que fazem e podem fazer uns e outros; só uns; só outros.
Mas se isto é assim nas USF onde há uma paridade entre Médisos e Enfermeiros: 7-7; 6-6, etc, já nas UCC, que se recomendam, em qualquer circunstância, porque são as que se usam nos países onde não há tantos bacocos a deixarem-se engodar, como em Portugal, muito mais se impõem na conjuntura actual, a não ser que a crise seja uma farsa para atingir mais os mais mal pagos, como se pode inferir pelas remunerações máximas de muitos Médicos em várias instituições públicas de saúde, incluindo os CS; publicadas pelo "Correio da Manhã de 11 do corrente mês e republicadas neste blog.
Sr. Ministro da Saúde,
faça o que tem de ser feito.
Mostre-nos soluções diferentes e não as que são próprias de criado de cego que está sempre a pedir para o ceguinho; no caso de V.E. Médico para o doentinho, que nem sequer existe em acto, embora exista em potência.
A vida é assim, como diz mestre Alvim!




 

 



 








Salvaterra de Magos pode ficar com apenas três médicos para 21.000 utentes {e daí?!}

17/01/2014 - 15:33

O Ministério da Saúde admitiu que o Centro de Saúde de Salvaterra de Magos pode ficar, “a curto prazo”, com apenas três dos actuais sete médicos ao serviço para um universo de mais de 21.000 utentes, avança a agência Lusa, citada pelo SAPO Saúde.
O quadro sobre os cuidados médicos no concelho, constante de uma resposta do Ministério da Saúde a um requerimento entregue no final de Outubro de 2013 pelos deputados socialistas eleitos pelo círculo de Santarém, levou a concelhia do PS de Salvaterra de Magos a emitir um comunicado em que sublinha que “se as preocupações das populações já eram muitas”, a informação agora recebida “ainda as agrava”.
No comunicado, enviado esta sexta-feira à agência Lusa, a Concelhia socialista exige do Ministério da Saúde “um total esclarecimento” sobre a previsão anunciada para curto prazo de apenas três médicos de família para os mais de 21 mil utentes do concelho.
Lamentando a “miserável tentativa de responsabilizar os médicos pelas dificuldades que os cidadãos têm de aceder aos cuidados de saúde primários” (ao referir a ausência de candidatos aos concursos abertos), o PS entende que o Ministério “demonstra uma total incapacidade de resolução dos problemas”.
Na resposta aos deputados socialistas, o Ministério da Saúde afirma que, actualmente, 41 por cento dos 21.131 utentes inscritos no centro de saúde de Salvaterra de Magos não têm médico de família, encontrando-se o maior número de utentes sem médico em Glória do Ribatejo, Marinhais e Foros de Salvaterra, sendo que nesta extensão (onde estão a ser construídas novas instalações) se encontra um médico aposentado contratado.
“A curto prazo prevê-se que ao Centro de Saúde de Salvaterra de Magos fiquem afectos apenas três médicos, sendo que dois deles têm problemas de saúde, o que os tem mantido afastados do serviço por longos períodos de tempo”, refere.
O Ministério adianta que das cinco vagas atribuídas ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Lezíria no último concurso apenas uma foi ocupada, o mesmo tendo acontecido no concurso anterior, “por inexistência de candidatos”.
O Ministério afirma que, para melhorar o apoio às populações, a 21 de Outubro entrou em funcionamento a Unidade de Cuidados na Comunidade de Salvaterra de Magos (o único concelho do ACES Lezíria que não tinha este tipo de estrutura, que, nomeadamente, faz visitas aos domicílios), graças a uma reafectação dos enfermeiros colocados nas extensões de saúde, e que foi contratado um enfermeiro no início de Novembro.
Adianta ainda que, apesar da falta de candidatos às vagas atribuídas, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a direcção executiva do ACES Lezíria estão a “procurar soluções céleres” que permitam melhorar a prestação de cuidados de saúde e lembra que tanto a comissão de utentes da saúde como a Câmara Municipal se disponibilizaram para proporcionar alojamento e transporte gratuito aos médicos que queiram trabalhar no concelho.

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