Seis médicos detidos em operação
anti-fraude
por Lusa
Médicos e farmacêuticos foram hoje detidos no âmbito
de uma investigação relacionada com prescrições fraudulentas no Serviço
Nacional de Saúde (SNS), disse à agência Lusa fonte ligada ao processo.
A fonte
adiantou que entre os dez detidos na Operação Consulta Vicentina, quatro
mulheres e seis homens. Destes, seis são médicos e há dois farmacêuticos.
A ação de
fiscalização conjunta entre a Polícia Judiciária, a Inspeção-Geral das
Atividades em Saúde (IGAS) e o Infarmed decorreu terça-feira e hoje na zona de
Lisboa e do Algarve, tendo sido feitas buscas a farmácias e unidades do Serviço
Nacional de Saúde (SNS).
De acordo
com o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), foram
realizadas 33 buscas, entre domiciliárias, não domiciliárias e a consultórios
médicos, e foi apreendido diverso material relacionado com a prática da
atividade criminosa em investigação.
Também foram
constituídas arguidas outras pessoas singulares e coletivas.
A mesma fonte
não soube precisar o montante da fraude, referindo apenas que é bastante
elevado.
Contudo, num
verão de 2012, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, estimou que as fraudes no SNS
pudessem atingir os 100 milhões de euros.
A
investigação a fraudes no SNS tem sido feita pela Unidade Nacional de Combate à
Corrupção (UNCC) em estreita colaboração com o Ministério da Saúde, no âmbito
de um inquérito em curso no Departamento Central de Investigação e Acção Penal
(DCIAP).
Provavelmente já sabe e já leu.
Quem diria que, finalmente, se notam alguns progressos nestas
matérias de fraude e ganhos ilegítimos, não só pelos prejuízos que causam ao
Orçamento do Estado, como à saúde das pessoas, pois há, sempre, gente boa, ingénua que acredite
nestes "inventores de doenças" e respectivas terapêuticas.
Há uma questão de fundo; estas fraudes não são acidentais,
mas muito premeditadas e organizadas; sistemáticas.
«Eu respeito a fé, mas
a dúvida é o que fornece uma educação» - Wilson Mizner.
[Não há nada mais excitante para uma campanha publicitária como um homem
velho e impotente. Ao contrário deste, Edson Arantes do Nascimento, mais
conhecido por Pelé, é realmente sexy. O ex-futebolista brasileiro já passou dos
60, mas mantém-se esbelto, usa fato e gravata e são-lhe conhecidas diversas
aventuras amorosas, o que aumenta grandemente a sua credibilidade.
Nos cartazes publicitários e nos anúncios televisivos, desde
2002, Pelé aborda um problema sobre o qual ninguém gosta de falar: «Problema da
erecção. Fale com o seu médico; eu faria isso»
A campanha, pela qual Pelé deve ter recebido uma soma de dólares
de seis dígitos, da empresa farmacêutica norte-americana Pfizer, é interessante
por dois aspectos.
Em primeiro lugar, o vigoroso jogador, há muito retirado,
segundo proclama, não tem problemas de erecção, mas sim problemas com a
abstinência sexual: no estado actual, Pelé gerou quatro filhos com duas
esposas, e conhecem-se-lhe, pelo menos, mais duas filhas naturais, fruto das suas
infidelidades.
Por outro lado, surpreende que Pelé não faça qualquer menção
ao Viagra, o comprimido contra a impotência fabricado pelo deu patrono Pfizer.
Precisamente, por isso, a campanha educativa de Pelé sobre a
impotência masculina é um excelente exemplo das novas argúcias do marketing
farmacêutico: em vez de anunciar aos quatro ventos os medicamentos, a tendência
é fazer campanha das doenças através de revistas onde, em grandes letras, nos é
dito que talvez sejamos impotentes, depressivos ou tenhamos fungos.
Pelé, obedecendo a ordens da Pfizer, a empresa produtora do
Viagra, preocupa-se (pelos vistos por amor ao próximo) assim, em termos gerais,
com a diminuição do vigor masculino dos seus companheiros de sexo. A flacidez
do pénis, a disfunção eréctil, atinge grande número de homens, declara a
estrela mundial. «O medo e a inibição impedem muitos homens de falarem com o
seu médico sobre os seus problemas de erecção» diz Pelé, em nome da Pfizer.
(press release da empresa Pfizer de 19-03-2002).
A empresa Wyeth, para citar outro exemplo, promove o quadro
clínico da depressão. Sob o título {Questionário sobre o desejo}, publicou um
anúncio na revista Bunte mediante o qual pretendia detectar doentes potenciais.
(In Bunte nº 27/2002, ver também www.denkepositiv.com).
O texto rezava assim: «nem sempre a vida oferece o que uma
pessoa espera. As pessoas sentem-se então desiludidas, e frequentemente dá-se
uma quebra. Não há motivo para se preocupar. Mas se a quebra se prolongar, tudo
se torna triste. E tristeza, a longo prazo, faz adoecer. Faça um teste pessoal
agora mesmo». Seguidamente vinha este questionário.
{1 – Perdeu interesse pela sua relação ou é incapaz de
sentir-se atraído como dando por ela?
2 – É-lhe difícil distrair-se dos problemas e dos receios em
relação ao seu parceiro ou à solidão?
3 – Aumentou ou diminuiu muito o seu peso ou o seu apetite
ultimamente?
4 – Tem dificuldade em conciliar o sono ou dormir toda a
noite?
5 – A sua libido diminuiu, ou ultimamente já não sentia
qualquer tipo de atracção sexual?
6 – Tem a sensação de que os seus amigos e conhecidos
começaram a afastar-se de s?}
Quem responder “sim” a 4 destas perguntas, segundo a empresa
farmacêutica, necessita de terapia e deveria» falar com um médicos da sua
confiança». (O da família)
As empresas farmacêuticas ficariam encantadas por promoverem
os seus comprimidos sem rodeios, directamente aos consumidores. Todavia, pelo
menos na União Europeia, esta prática é proibida no que respeita a medicamentos
de receita médica obrigatória. Dada esta necessidade, criaram-se as campanhas
de consciencialização ou “disease awareness”, mencionadas no início do livro.
Estas campanhas publicitárias, amiúde de carácter global, têm de
consciencializar a população da existência de determinadas enfermidades, com o
intenção oculta de vender os medicamentos e as correspondentes terapias.
Este método indirecto de promover medicamentos cada vez mais
goza de maior popularidade no sector farmacêutico.
O ano de «2001 viu surgir um número crescente de empresas
farmacêuticas dedicadas a iniciativas de educação do público», comenta o perito
em marketing Chris Ross. « O doente informado torna-se rapidamente o alvo
central das estratégias de mercado da grande indústria farmacêutica».
[Uma pessoa saudável é a que foi mal examinada
(opinião médica)] . (in “Os
inventores de doenças” de Jörg blech).
Por este pequeno excerto da obra citada se pode ver como e onde
se gasta o dinheiro destinado à saúde/doenças das pessoas, para que se pague
tão mal aos Enfermeiros.
São comparticipações (luvas) que chegam aos prescritores desde as mais
atrevidas, às mais subtis maneiras;
São campanhas de diagnósticos de doenças que a estatística
(tratado de probabilidades) sugere como certas; ciência infalível filha do conhecimento científico mais genuíno.
São as televisões, que, desde manhã cedo, começam a falar-nos da
maneira de combater a caspa, pela voz de um conceituado dermatologista, aos
rastreios dos cancros do cólon, da mama, da chupeta e o que mais se possa
imaginar, rastreios que os países evoluídos estão a refrear cada vez mais, pois
os erros de leitura estão a prová-lo, cientificamente, são mais prejudiciais à
saúde do que os hipotéticos cancros, na lógica médica: “se não tens uma doença é porque foste mal
examinado”, mas hás-de vir a ter e corres o risco se não te
abeirares do teu médico, dito de família, de morreres distraído, com uma “paragem
cardiorrespiratória”. E, o que é mais grave, sem um diagnóstico.
MAS A VIDA É MESMO ASSIM, MESTRE ALVIM!
NB: aguardo a todo o momento que o Sr. Bastonário da OM emita o seu douto parecer, para o cômputo dos erros de Enfermeiros e Médicos.
Para já, o saldo é largamente favorável aos Enfermeiros, pois estes, até os bons conselhos dão sem taxa moderadora nem factura, por isso é que o Sr. Secretário de Estado Adjunto de Ministro da Saúde não deixa separar a contabilidade de quem faz e de quem recebe. SAPE - SAM.
Só mais uma gracinha; lembram-se da campanha dos problemas de erecção e falta dela: consulte o seu Médico, ou o Farmacêutico. Nunca falavam em Enfermeiro, porquê?
Talvez nesta omissão esteja uma boa explicação natural de o Sr. Dr. José Manuel da OM estar sempre em antena, com textos aprovados pelo encarregado de pôr o pó de arroz na cara e o Germano da Silva, Enfermeiro, nunca aparecer.
E os outros que aparecem é porque convém a alguém, não Enfermeiro que apareçam. Aqui no SE há bons exemplos, a começar por mim.
Como tratamos essencialmente de problemas de Enfermeiros isso não é notícia, porque não é do tipo do "homem a morder no cão".
Isto só significa que temos de dar mais voz ao silêncio.
Para já, o saldo é largamente favorável aos Enfermeiros, pois estes, até os bons conselhos dão sem taxa moderadora nem factura, por isso é que o Sr. Secretário de Estado Adjunto de Ministro da Saúde não deixa separar a contabilidade de quem faz e de quem recebe. SAPE - SAM.
Só mais uma gracinha; lembram-se da campanha dos problemas de erecção e falta dela: consulte o seu Médico, ou o Farmacêutico. Nunca falavam em Enfermeiro, porquê?
Talvez nesta omissão esteja uma boa explicação natural de o Sr. Dr. José Manuel da OM estar sempre em antena, com textos aprovados pelo encarregado de pôr o pó de arroz na cara e o Germano da Silva, Enfermeiro, nunca aparecer.
E os outros que aparecem é porque convém a alguém, não Enfermeiro que apareçam. Aqui no SE há bons exemplos, a começar por mim.
Como tratamos essencialmente de problemas de Enfermeiros isso não é notícia, porque não é do tipo do "homem a morder no cão".
Isto só significa que temos de dar mais voz ao silêncio.
Com amizade e muita atenção,
José Azevedo
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