quinta-feira, 3 de abril de 2014

ABUSOS DE CHEFE

Do alto do seu pedestal a Enfermeira Chefe, recrutada no lote de "conveniência e cumplicidade", auto-convencida de ter poderes, que não tem, atrapalhou a vida duma subordinada que estando há longa data escala para de tarde resolveu marcar uma consulta médica para a manhã do dia em que estava escalada para de tarde.
Com um respeito que este tipo de chefe está longe de merecer, a subordinada avisou a "chefe" de que não podia vir trabalhar, porque tinha um compromisso para de manhã, visto que estava escalada para de tarde.
Mas por que foi feita esta alteração a uma escala que estava afixada desde o princípio do mês, como a lei determina?
Uma das subordinadas dilectas da chefe, precisou de folgar nessa manhã e sem qualquer respeito pela vítima abusou dos seus direitos profissionais e pessoais de maneira suja.
Perguntado o perito sindical, neste tipo de abusos este emitiu a solução, recorrendo à estratégia de "para vilão - vilão e meio", adequada a esta prática vilanaz sugeriu:
1 - ir trabalhar de manhã e, a tempo, deslizar suave e silenciosamente, para a consulta, em tempo do patrão, fazendo, no regresso, ordeiramente a entrega do comprovativo da ausência, à chefe "sui generis";
2 - Não aparecer, simplesmente, senão no seu tempo de escala, como a lei manda, forçando a chefe a arregaçar as mangas e substituir a dilecta colega que dispensou de forma não só ilegal, mas sobretudo ilegítima.
Quais os erros cometidos por esta chefe, independentemente dos favoritismos, sempre desaconselhados em função de chefia:
1 - Demonstra não saber que o art.º 56º nº 1 e 2 do DL 437/91 de 8 de Novembro, manda elaborar a escala de acordo com ambas as partes;
2 - Elaborada esta não pode ser alterada para fazer jeitos, pois também as alterações só serão permitidas, através de acordo da chefia e do executor, obviamente.
 
Por esta via, iremos dando exemplos pedagógicos, que minimizem os efeitos negativos deste tipo de chefia, que viola direitos, atemoriza pessoas, demonstra muita ignorância, na arte de lidar com pessoas, ainda por cima, colegas de profissão e, naturalmente, mais válidas e úteis.
A melhor maneira de reduzir a vilania de que são capazes é pô-las em evidência, para que sintam os efeitos do medo e da insegurança, que distribuem, por quem não verga a cerviz, perante estas chefias de oportunidade e conveniências várias, uma das grandes desgraças que temos de enfrentar e vencer, atacando-as nos pontos fracos.
Com amizade,
José Azevedo

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