quarta-feira, 6 de agosto de 2014

FECHEM CAMAS DEFENDE A ORDEM DOS ENFERMEIROS

Ordem dos Enfermeiros defende que Centro Hospitalar Tondela Viseu deve encerrar camas de imediato

Escrito por  30 julho 2014Sê o primeiro a comentar
Ordem dos Enfermeiros defende que Centro Hospitalar Tondela Viseu deve encerrar camas de imediato
O Hospital de Viseu tem grave carência de profissionais de enfermagem e a Ordem dos Enfermeiros (OE) exige a redução de camas enquanto não se fizerem as contratações adequadas, pois assim o impõe a segurança dos cuidados prestados aos cidadãos.
"No passado mês de junho uma representação da OE, liderada pelo próprio Bastonário, Germano Couto, realizou visitas institucionais a vários serviços, e a situação encontrada foi de não preenchimento da maioria dos requisitos considerados necessários ao seu funcionamento", adianta a OE em comunicado.
Em relatórios agora enviados para as entidades inspetivas, reguladores, da tutela e a administração do hospital, a OE defende também o investimento em programas de melhoria da qualidade do funcionamento.
A Ordem dos Enfermeiros considera que nos "serviços visitados está em risco a qualidade e segurança dos cuidados de enfermagem que são prestados aos cidadãos".
Para o Bastonário da OE, ou "são contratados enfermeiros, ou o hospital terá de abater camas de internamento, para as adequar ao número de profissionais de que dispõe, e que estão estabelecidas como dotação segura".
"A Ordem dos Enfermeiros defende veementemente o fecho de camas neste hospital, porque não é possível prestar cuidados com falta de enfermeiros, sem lesar as populações", afirma Germano Couto, que deu um prazo até ao final de agosto para a administração e o Ministério da Saúde resolverem a carência.
Admite que no Centro Hospitalar Tondela Viseu, "no mínimo", são 70 o número destes profissionais em falta. "A título exemplificativo, num dos serviços visitados, registava-se uma falta efetiva de 24 enfermeiros, numa dotação que deveria atingir os 61", refere.
No total dos três serviços visitados naquele Centro Hospitalar a "carência efetiva ascende aos 43 profissionais".
Para o Bastonário, a carência de enfermeiros "verifica-se na generalidade das instituições de saúde do país e reforçar o seu número melhora o desempenho do Serviço Nacional de Saúde, acaba por poupar nos gastos, porque os cidadãos que recebem cuidados de enfermagem sólidos vão adoecer menos, e serão menos um peso para o sistema".

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