Todos os substantivos de natureza abstracta, que terminam em "ade", como acessibilidade, proximidade, solidariedade, interdisciplinaridade; complementaridade, multidisciplinaridade precisam de substância concreta para passarem da ideia ao objecto concreto, palpável.
Seja qual for o número de pétalas da rosa todas elas devem estar presas num fulcro, à volta do qual vão girando, cada uma com a sua especificidade no conjunto.
O problema é a racionalidade que impõe no fulcro o doente, o utente, o cliente, seja qual for o estado do "ente" é um ser pessoal, centro de todas as movimentações disciplinares.
E a figura que mais perto está dele é o Enfermeiro.
Logo tem de ser o fulcro da questão.
Os países onde a doutorice médica já perdeu a impedância e os Enfermeiros estão cônscios do seu valor, em muitos dos quais nem sequer são licenciados, os ganhos nesta problemática da saúde, são enormes.
Mas Portugal, país "endinheirado", dá-se ao luxo de desprezar este património para continuar a dar vida a um modelo de Assistência Primária, que nem com Cubanos lá vai.
Nós avisamos, porém eles de tão entretidos que andam a distribuir favores uns pelos outros nem dão conta que a revolução está em marcha.
Como não tiveram tempo, nem professores, para perceberem que uma revolução é coisa lenta, como a ferrugem que vai minando o ferro e tudo o que pode ser enferrujado ou oxidado, só vão dar conta do fenómeno tardiamente. E é pena, porque estamos a perder tempo, em demonstrar a irracionalidade do método, que devia ser usado na sua reconstrução.
Com amizade,
José Azevedo
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