ACIMA DE TUDO A VERDADE
Depois de nos ter sido noticiada mais
uma sessão da contrafação sindical, na Enfermagem, fomos repor a verdade, ao
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, acerca de um tema sobre a “avaliação do
desempenho – SIADAP X”. Infelizmente, não podemos seguir-lhes o rasto, com fins
idênticos!
A explanação começou com uma
parte gaga, daquelas que eram usadas, para dispersar as atenções e não se
reconhece tanta habilidade, à promotora para encenar, daquela forma. Vamos
supor que percebeu mal uma breve derivação, acerca dos erros, que apontou o SE
a um projeto de Regulamento Interno, que
o CHVNG pôs à discussão pública (?), mas que, não mereceu internamente, e da
parte das principais vítimas, aquela atenção objetivada, nas alterações, que se
impõem.
Os Enfermeiros tardam, em
perceber que isto é com eles e que têm de se opor, com todas as suas forças, a
esta marginalização, que a classe Médica tem vindo a praticar, nos Enfermeiros.
Pois foi; a nossa interlocutora,
sentiu que estávamos a roubar, porque prometemos uma coisa e estávamos a falar
mal do Enfermeiro Diretor, que e que… o que não aconteceu, nunca, pois seria
uma injustiça. Quem percebeu o que percebeu, não é da nossa responsabilidade.
Passado este pequeno mal-entendido, entrámos na verdade da carreira e no que
falta resolver, para ela entrar em vigor, com o mínimo de decência.
Não falámos aquilo, que se costuma
classificar de “politicamente correto”, porque estávamos ali, para dizer a verdade,
mesmo que seja dolorosa ao ouvido. E é!
Com verdade, as definições da Direção
da Enfermagem, não vão servir para satisfazer um grupo de amigos ou correligionários,
que, em vez de dirigirem a Enfermagem, usem o cargo para nos enxovalhar e
menorizar. Isto tem de ser dito, sem sombra de dúvida. Mas contraria certas
tendências e perspetivas e, por isso, faz abanar as consciências.
Cessados os ruídos e compreendida
a verdadeira razão da nossa presença, podemos dizer que a nossa atuação foi
esclarecedora e, no fim, até nos pediram para enviarmos as críticas, que
fizemos, ao tal famigerado projeto de Regulamento Interno, que, para nós, não
passa de mais uma tentativa abusiva de menorizar o papel essencial da Enfermagem,
na administração.
Ora, se tudo tem corrido tão bem,
até aqui, acerca da nossa destruição, por que não arrasar a Enfermagem, mais
ainda, do que têm feito?!
Como é óbvio, não nos pouparemos
a esforços para alertar os Enfermeiros dos perigos que correm, indo por certos
caminhos e, até, com certas colaborações, de determinadas pessoas da Classe de
Enfermagem, pois os seus interesses não são esgrimir para cima, mas espezinhar
para baixo.
Não está em causa interferir nas
decisões administrativas do Órgão de Gestão, mas espezinhar os Colegas e
mantê-los dóceis e servis. Dizer isto, embora seja uma verdade atual,
desagrada, não só a quem tem de a por em evidência, como a quem tem de a ouvir.
Ficámos com a certeza de que as
chefias, que nos escutaram e muito atentamente, não deram o seu tempo por
perdido, pois ficaram a saber que a avaliação do desempenho dos Enfermeiros,
como a definição das regras definidoras da direção de Enfermagem, não estão em
saldo, nem são para os falsários se apoderarem de cargos para os quais não
tenham a preparação profissional adequada, pois não estamos a brincar aos
políticos e às políticas; estamos a criar condições para que o último reduto
defensivo da vida das pessoas, que
em nós confiam, tenha condições de segurança e não se transforme, num antro
sectário, na arena dos conflitos, em que estão a transformar os hospitais e
centros de saúde.
É que, se há profissões, que
devem ser equidistantes, a certas atividades sociais, mormente, as políticas, a
Enfermagem deve ser exemplar nessa equidistância. O holismo, essa arma da
Enfermagem, que tanto se apregoa, não deve ser encarado, apenas, pelo lado da sinergia,
mas pelo da individualidade e pelo do respeito que o outro nos merece, numa ética da alteridade genuína.
Valeu a pena!
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