quinta-feira, 4 de abril de 2013

BASTA DE TANTOS ABUSOS


 

É um abuso a escolha de Enfermeiros para criação de USF e coisas do género, tratando os Enfermeiros como coisas, sem qualquer centelha de respeito pelos direitos mínimos à dignidade, enquanto profissionais altamente qualificados, mas profundamente bloqueados, na vida profissional, por quem tem a capacidade de escolher em nome duma falácia, em nome de nada, pois não é daí que vem a eficácia dos cuidados prestados, pelo contrário.

Fomos à comissão do Trabalho e Segurança Social da Assembleia da República, apresentar o nosso protesto pela forma leviana e, até mesmo, pouco séria, como se estão a constituir as USF, que deviam ser UCC.

Infelizmente, não é assim que as coisas funcionam, visto que as UCC são demasiado económicas e não deixam grandes comissões, porque se centram nos cuidados de enfermagem. Resolvem muitos problemas a baixo custo, o que não deixa margem para contabilizar o binómio custo/benefício.

Tivemos oportunidade de referir alguns fenómenos como o de haver lotes de utentes com Médico, que ainda não existe, nem se sabe, se já acabou o curso.

Como esta prática não tem qualquer legitimidade, impõe-se acabar com ela.

Imagine-se que um desses Médicos de Família se atira à criação duma USF tipo A, à espera de passar a B. Consegue arregimentar um grupo de Médicos e Enfermeiros e exclui todos os que não têm perfil para a exploração da coisa: Médicos e Enfermeiros!

Depois criam mais um problema, que é expulsar essas pessoas, profissionais competentes, mas que não agradam ao idiota que teve a ideia de fundar mais uma USF, que vai dar cobertura fictícia a X utentes, como se isto fosse uma vitória para os sem Médico e para o SNS.

Quem incutiu esta mania nos governantes lá irá para onde pague isso como diz o Utente.

Não temos jeito para delatores das poucas-vergonhas que por aí campeiam, em nome dos cuidados e de quem os explora. Não vamos, porém, deixar de falar nisso, aos 4 ventos para termos a certeza, que pelo menos ainda hyá alguém que se preocupa com uma reorganização efetiva e séria dos CSP.

Fomos ouvidos e esperamos ampliar a nossa voz com os ilutres deputados encarregados das questões laborais e a referida falta de respeito que é dada a uns em nome de direitos que os outros não têm, por seu turno.

Só nos resta provar e comprovar o abuso da escolha de pessoas como quem escolhe gado para o matadouro.

Não se faz, ou antes, não se devia fazer. 

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