É um abuso a escolha de
Enfermeiros para criação de USF e coisas do género, tratando os Enfermeiros
como coisas, sem qualquer centelha de respeito pelos direitos mínimos à
dignidade, enquanto profissionais altamente qualificados, mas profundamente
bloqueados, na vida profissional, por quem tem a capacidade de escolher em nome
duma falácia, em nome de nada, pois não é daí que vem a eficácia dos cuidados
prestados, pelo contrário.
Fomos à comissão do Trabalho e
Segurança Social da Assembleia da República, apresentar o nosso protesto pela
forma leviana e, até mesmo, pouco séria, como se estão a constituir as USF, que
deviam ser UCC.
Infelizmente, não é assim que as
coisas funcionam, visto que as UCC são demasiado económicas e não deixam grandes
comissões, porque se centram nos cuidados de enfermagem. Resolvem muitos
problemas a baixo custo, o que não deixa margem para contabilizar o binómio
custo/benefício.
Tivemos oportunidade de referir
alguns fenómenos como o de haver lotes de utentes com Médico, que ainda não
existe, nem se sabe, se já acabou o curso.
Como esta prática não tem
qualquer legitimidade, impõe-se acabar com ela.
Imagine-se que um desses Médicos
de Família se atira à criação duma USF tipo A, à espera de passar a B. Consegue
arregimentar um grupo de Médicos e Enfermeiros e exclui todos os que não têm
perfil para a exploração da coisa: Médicos e Enfermeiros!
Depois criam mais um problema,
que é expulsar essas pessoas, profissionais competentes, mas que não agradam ao
idiota que teve a ideia de fundar mais uma USF, que vai dar cobertura fictícia
a X utentes, como se isto fosse uma vitória para os sem Médico e para o SNS.
Quem incutiu esta mania nos
governantes lá irá para onde pague isso como diz o Utente.
Não temos jeito para delatores
das poucas-vergonhas que por aí campeiam, em nome dos cuidados e de quem os
explora. Não vamos, porém, deixar de falar nisso, aos 4 ventos para termos a
certeza, que pelo menos ainda hyá alguém que se preocupa com uma reorganização
efetiva e séria dos CSP.
Fomos ouvidos e esperamos ampliar
a nossa voz com os ilutres deputados encarregados das questões laborais e a
referida falta de respeito que é dada a uns em nome de direitos que os outros
não têm, por seu turno.
Só nos resta provar e comprovar o
abuso da escolha de pessoas como quem escolhe gado para o matadouro.
Não se faz, ou antes, não se
devia fazer.
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