«A única constante na gestão é a mudança», diz o «Best-Leader awards 2013»
Também há, sem direito (?) a
prémio quem garanta que a única constante, na gestão, são as pessoas, com as
quais se faz tudo ou nada.
«Ou fazemos o que é necessário ou virá alguém que o fará muito pior do
que nós».
O que é “o necessário”?
Com que critérios se avalia “o necessário”?
Como se obtém a certeza do que [é necessário], para o BEST-LEADER é o
necessário, em si, e não na cabeça do Best?
Depois de termos a certeza de
como se avalia o “…é necessário” e de que o “é necessário” é mesmo necessário,
para algo, ou para alguém, e não um constructo delirante de cabeça febril,
atacada de uma virose qualquer ou de autoconvencimento ingénuo, dos que até,
fazem sonhar acordado, outro problema se levanta: “fazer melhor ou fazer pior”.
É evidente que se este
necessário, se refere a “necessidades” físicas ou psíquicas, meramente
subjectivas, ninguém as faz mais bem feitas que o próprio. Por exemplo, se por
necessário se entende o obrar, como uma das necessidades, ninguém as executa
mais bem do que o necessitado. E se alguém tentar fazer, depois, certamente não
há dúvida que fará pior, ou nem fará…
É tão modesto este “Best-Leader
Award”, não é?!
Será tão elevado o grau de {os modestos},
que impõe que ninguém mais possa descer a este nível de modéstia, ao ponto de o
“Best” se poder considerar o único, nas
escala dos melhores dos melhores, garantindo, com a certeza absoluta de que os
outros são todos piores, porque, a priori, num juízo sintético a priori
kantiano, nem é preciso experimentar, tal o grau de certeza certa, a priori; é
como 2+2=4?
Quem será o monstro, celeste,
terrestre ou marinho, que municia estas certezas?
Seja Deus ou o Diabo, se alguém
souber do seu paradeiro digam-nos, para sabermos como se atribuem prémios na
floresta gestora da Administração Pública…
Uma já nos foi indicada: “Leadership Business Consulting”, uma
agência, parente próximo das de “raiting”, a quem compramos opiniões, além-mar,
para sugestionar pategos; aquém lar.
Não sabemos quanto facturam, nem
quem lhes paga. Pelos resultados, podemos adivinhar as pistas, que contribuem
para a sustentação destes opinantes.
Mas é legítimo supor que há mais.
Nós só queremos saber como se
consegue descobrir quem e como se chega ao oposto do “Best-Leader”, ou seja; “The Worst-Leader”, pois se se sabe como se é
o melhor é porque, também, se pode saber, ou devia saber, quem é o pior, e como
se premeia, até para não lhe permitir fazer as “coisas necessárias” mais mal, do
que o “Best”, no caso de ser um desses a substituir o faz-tudo mais bem que os
outros, porque é o melhor, o insubstituível, visto que, quando alguém lhe
lavrar o epitáfio, ao “Maior e Melhor”, e a humanidade perder nele a última
esperança de fazer tudo bem, sem que deixe a herança, por falta de herdeiro, a
quem faça melhor.
2- {Não me diga como deve ser feito, faça-o você mesmo}, eis uma máxima
orientadora do “best dos bests”. No fundo, lá na curva, a última que dá acesso
ao infinito, pode encontrar-se toda a profundidade da sapiência desta máxima,
como se alguém quisesse dizer de maneira mais sabia e popular: {quem
quer, vai; quem não quer, manda}!
Porém, esta forma de dizer está
gasta e plasmada nos adágios populares, não dá, por isso direito a prémio do
tipo “award” da consultora do grupo “consulting”.
Portanto; à pergunta (P) – Como define
o seu estilo de liderança?
Vem a Resposta (R) a 2 tempos:
1) “Ou fazemos nós o que é necessário fazer ou
virá alguém que o fará muito pior do que nós faríamos;
2) Não me diga como deve ser feito, faça-o você
mesmo”.
P – Que lideres nacionais ou
internacionais o influenciam? Porquê?
R – “ as nações, as organizações e a história estão repletas de líderes
que, perante tremendas dificuldades e em épocas de desesperança (desespero?),
foram capazes de sonhar, acreditar e mobilizar outros e, finalmente,
concretizar as ideias com que sonharam. Os exemplos são inúmeros (do género
do senso comum) e não é necessário nomeá-los
(isto é que é saber de nomes de autores: não há fartura que não dê fome. Se
dissesse um esse iria apoderar-se dos delírios deste sonhador vencedor de
prémios de agências consultadoras).
A minha esperança é a de ser capaz de me deixar embalar esses exemplos,
de ser capaz de continuar a sonhar com o que, agora, nos parece impossível e
continuar, através do exemplo e da minha prática diária, a motivar os outros
para as tarefas extremamente difíceis com que nos confrontamos. (como é que
um sonâmbulo consegue, a sonhar, motivar os acordados humanos, de carne e osso?
Não será essa motivação com que sonha motivar os outros, parte integrante e
contínua do próprio sonho?)
P – “A saúde é um sector com especificidades. Na gestão diária e na liderança, quais são as diferenças que
têm de ser acauteladas face a outras empresas ou organismos públicos?
R – Não há diferenças. Há 3 centralidades fundamentais:
O cliente (o doente),
O envolvimento das pessoas,
E a eficiência.
O essencial, como em todas as outras áreas, públicas ou privadas, é
dispor de um profundo conhecimento prático do negócio (que é o que nega o
ócio) É o conhecimento e domínio de todos
os processos e do negócio que permite gerir bem. Os restantes princípios são
exactamente os mesmos. (por isso o meu gato miava…).
P – Num momento em que o sector público está sob restrições financeiras,
o que foi necessário mudar na gestão do hospital?
R – Muito antes dos políticos e governantes e da sociedade em geral
terem tomado consciência da que os recursos disponíveis são sempre limitados e
de que gerir é, em grande parte, fazer escolhas em função da limitação dos
recursos disponíveis, já o conselho de administração deste hospital estava a
tomar medidas no âmbito do medicamento, dos sispositivos médicos, dos recursos
humanos e do fornecimento de serviços externos que visavam manter a sustentabilidade
e o equilíbrio económico-financeiro do hospital. Foi nessa altura (2005) que
tudo mudou na gestão do hospital, mesmo contra as corporações e os interesses
instalados, mesmo contra a cultura da administração pública favorecedora do
imobilismo, do comodismo e da aversão à mudança. O conceito que agora predomina
é o de que a única constante na gestão é a mudança. (Mas não haverá ninguém
que dê um murro neste sonhador sonâmbulo para ver se ele acorda, para a
realidade que o cerca, que não é bem a mudança, mas a mudança da sua mudança,
ou seja; a indiferença?).
P - Se os hospital fosse privado, o que poderia ser feito de diferente?
R – Ainda bem que o hospital não é privado. Ainda bem que o hospital é
público e se inclui num SNS público (que por tal sinal é público que como
SNS, também inclui o privado…), universal
e financiado pelos impostos de todos. Mas, se o hospital, em vez de ser
administrado sob espartilho corruptor dos princípios atávicos e arcaicos da
administração pública, pudesse, de facto, ser gerido de acordo com a
flexibilidade do direito privado, tudo mudaria (provavelmente até a própria
mudança com que barra o bolo da sua noção de gestão, para papalvo engolir
melhor), desde a gestão das pessoas e as
políticas de recursos humanos, até aos processos de aquisição (como a definição
de uma correcta política de consumo que sustentaria uma adequada política de aquisições),
passando por todos outros processos de gestão. Este é, aliás, o grande drama e
a grande frustração de quem quer gerir em vez de administrar, ou seja, de quem
quer gerir o ingerível, de quem quer gerir a coisa pública (respublica), de
quem quer gerir perante a desconfiança do centralismo administrativista que nos
tolhe. [Ali arriba já se tinha notado que este “best” não sabe que a
eficiência está do lado da concepção e a eficácia do lado da execução e dos
resultados da mesma.
Agora está a pôr a administração
abaixo da gestão, como se gestão fosse bom e administração fosse mau, para ser
adoptado um conceito em vez do outro e/ou vice-versa.
Se em vez de confiar em lentes de
gestão administração ou coisa e tal fosse ler um dicionário tipo Lello Universal
lá encontraria que “ministrar” é fornecer, prestar (um serviço, por exemplo)
conferir, sugerir, inspirar e mais coisas, como a de suportar o peso da coisa
sobre os ombros.
Ministro é aquele que tem um
cargo ou está incumbido uma função de suporte), executor e também administra.
Administração é a ciência e arte
de governar um Estado.
Gerir é administrar, dirigir.
Ora do administrar e do gerir
nascem os administradores e ou gestores que são muito parecidos, só que o
vernáculo anda á volta dos ministros e dos administros. Como muitos dos textos
foram traduzidos para portubrasilês, até dá para confundir organigrama com
organograma.
Relegar para um plano secundário
a administração é sinal seguro de não saber patavina da coisa. Mas como a nossa
intenção não é dar lições a “sábios” do “best”, passemos ao que se entende poe
E.P.E.
Pela forma como fala o “best” até
parece que não foi o promotor do G17 para agilizar as compras. Será que mente?
Se a EPE é para administrar esses
hospitais como empresas, por que não informaram disso o “best”, que, pelo que
disse, ainda não deu conta disso.
Ou será que no seu sonhar, ainda
não despertou para essa realidade?
Tanta superficialidade e
ligeireza, no dizer e sonhar, até nos mete dó, pelo sofrimento que provocaria
se o “best” estivesse acordado e informado do que está a dizer, do que debitou
para o seu prémio que será atribuído].
P – As progressões na carreira e os prémios estão congelados na
administração pública e houve até cortes salariais. Como se motivam os funcionários
e se obtêm ganhos de produtividade?
R – A minha opinião, apesar de me tornar vítima permanente dos
interesses corporativos, é a de que as carreiras da administração pública são
caricatas, ultrapassadas, totalmente desligadas do mérito, avessas ao conceito
fundamental da recertificação e avaliação permanente do desempenho, cristalizantes
e promotoras da improdutividade.
No momento presente e, perante todas as necessárias restrições orçamentais,
a motivação das pessoas obriga a ter a coragem de, em primeiro lugar, separando
o trigo do joio, dispensar os que não têm capacidade para o que devem fazer nem
querem aprender, os que estão de baixa fraudulenta e os improdutivos e,
implementando políticas de reconhecimento (monetárias e não monetárias),
empenhar os outros nos objectivos estratégicos das organizações. A abordagem
administrativista (não dá mostras de conhecer mais este termo, deve estar a
aplicar a mesma estratégia semântica do “economicista”; mas se assim é que quer
dizer, deve pronunciar administrativicista)
e centralista em curso, promovendo reduções cegas, apenas baseadas em critérios
percentuais (olha quem fala…) universais, deixa uma margem muito restrita, para
a motivação das pessoas. (Que pessoas? As que insulta e persegue por
estarem doentes, com baixa por atestado passado por colegas do “best”?
As que despede e retira os
direitos da caixa geral de aposentações como se fosse o dono desses direitos,
conquistados ao longo dos anos e pagos, para o efeito?).
É o predomínio do centralismo e da desconfiança nos gestores e na
autonomia das instituições que está a minar a mais do que necessária reforma do
sector público».
O que este gestor do “best” que
há é mais um dos responsáveis por muitas confusões dado o seu saber em
migalhas, como dizia o outro, estar profundamente inquinado.
Sendo tanto e tão profundo o asneirado
é legítimo supor que deve ter bebido nalgum charco inquinado com urina, ou
mesmo mijo, de burro. Se não foi isso ainda é mais grave do que supomos, dada a
facilidade com que parece estar a influenciar mentes frágeis e ignaras. E o
problema não é dele, é dos influenciados.
Não queríamos deixar os leitores atentos e interessados por estas coisas, sem a informação visual da peça a que nos vimos referindo. Não é todos os dias que uma Leadership Business Consulting é solicitada, pensamos nós, para dar prêmios destes.
Se o CHSJ não tivesse a gente funcionária que tem, com os descidos conceitos de gestão, que demonstra possuir, adquiridos nalgum jardim estrelado, ia ser lindo; se ia!
Não queríamos deixar os leitores atentos e interessados por estas coisas, sem a informação visual da peça a que nos vimos referindo. Não é todos os dias que uma Leadership Business Consulting é solicitada, pensamos nós, para dar prêmios destes.
Se o CHSJ não tivesse a gente funcionária que tem, com os descidos conceitos de gestão, que demonstra possuir, adquiridos nalgum jardim estrelado, ia ser lindo; se ia!
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