segunda-feira, 1 de abril de 2013

Hospitais Sem Clínica Privada ?!


 Vão longe os tempos em que se criou a ideia de que Médico era ideal para dirigir Hospitais.

Claro que feita a ideia para gerir tinham de vir os de nomeada e não a gente anónima: professores, assistentes e candidatos a …

Duma maneira geral eram pessoas com clientelas formadas e, por isso;

Ou havia diretor de hospital em pessoa grada, gente fina e cotada na bolsa;

Ou não havia outro remédio senão recorrer a um anónimo que iria descredibilizar a ideia de que Médico é que é bom para administrar fazendo de juiz em causa própria.

Felizmente que o tempo nos tem dado, mais uma vez razão, ao ponto de dizermos que não basta tirar as clínicas privadas dos Hospitais Públicos; é necessário tirar as causas que lhe deram origem. Ao retirar a Clínica privada, há que retirar também o Clínico instalado, pois já se viu, que desta prática, não vem mal ao mundo, mas vem muito bem ao bolso do usufrutuário do sistema.

Repare-se que a ideia de que Médico era o melhor para administrar a coisa da saúde, mesmo sem perceber patavina das coisas e práticas administrativas: bastava ser.

Curiosamente, nem sequer nos atrevemos a dizer em que ministério foi desenvolvida a ideia que hoje, já se percebeu, que não foi a melhor. Daí que se a ideia atual é retirar a outra ideia de que administrar uma coisa qualquer é melhor conhecer bem essa coisa, sem saber o que é administrar e perspetivar para além do próprio umbigo do administrador, quando demasiado arreigado à sua Classe, então, abaixo a medicina privada nos hospitais, para evitar concorrências desleais.

Imagine-se que a sapiência era tanta que o sábio até podia estar presente ausente, num só momento:

Presente, para cuidar dos seus clientes particulares;

Ausente, para cuidar das problemáticas da administração.

Este erro surge porque pessoas destas de tanto se afadigarem com administradores que não lhes facilitavam a vida no reino das experiências e, não só que conseguiram fazer crer os políticos de que se fossem eles, os Médicos a gerir em causa própria, não teriam de se vergar a terceiros.

O certo é que a coisa pegou e o resultado, já se pode analisar à distância, não passa duma das muitas irracionalidades de qualquer sistema em que o juiz ajuíza em causa própria.

Claro está que esta medida, a ser posta em prática, reflete que os usufrutuários estão a perder influência no sistema, por isso são corridos.

Só temos pena que seja só esta irracionalidade a ser combatida, quando o esquema já pegou noutras bandas, com vantagens para quem se  servia dele.

É pena, muita pena, mesmo!

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