O Sindicato dos
Médicos do Norte (SMN)
Acusa o departamento de
Contratualização da administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) de
querer fazer lei própria em cima da própria Lei, relativamente «à
contratualização das USF e UCSP.»
De acordo com aquele Sindicato, a
grelha de contratualização distribuída às USF e UCSP do Norte {teima, uma vez mais, em ultrapassar o que
foi negociado, entre os sindicatos (dos Médicos e o
Dr. Pisco, Presidente da Associação dos Clínicos Gerais, chefe de’ssa’ Missão)
no Ministério da Saúde}, pois esta
contém [uma abusiva alteração], que
consiste [em incluir na grelha elementos
para o processo de contratualização com USF e UCSP, para além dos 15
indicadores institucionais (UCSP e USF modelo A) e dos 17 indicadores financeiros
(USF modelo B) a Tabela 2- ID (indicadores de Desempenho assistencial elegíveis
para a selecção pelas ARS para a contratualização de incentivos institucionais
com as USF e contratualização interna com as UCSP, constante do documento
“Metodologia de contratualização, para os CSP, no ano de 2013, publicada pela
ACSS}.
Desta forma, o SMN alerta, num
comunicado publicado na sua página eletrónica, que {a Metodologia para os CSP 2013 é clara. A contratualização das USF em
2013 será feita ainda segundo os critérios de 2012 conforme informação enviada
aos sindicatos pelo Chefe de Gabinete do SEAMS em 21 de Março}. [O SE não recebe nada destas tabelas, nem destes negócios
como se não tivéssemos nada a ver com isto, imaginem lá (e cá) porquê?!]
Por isso, defende o SMN, “não há pois rigorosamente mais nenhum
indicador a contratualizar, seja da tabela 2, seja de outra qualquer”. E
recomenda, ainda que as “equipas devem
recusar que a Tabela 2 – indicadores de contratualização – integre a grelha
Elementos para o processo de contratualização com as USF e UCSP” e que “estas devem recusar inclusão desta tabela
nas Cartas de Compromisso que vierem a assinar”.
24 de Abril de 2013
O SE lembra que está em revisão a
portaria 301 dos ID e IDG e o Decreto-Lei 298, que fala de incentivos e outras
massas, igualmente ainda mais “incentívaras”.
Como é nosso dever, informamos os
Enfermeiros, muito particularmente os que pertencem ao SE de que, desta vez, as
coisas vão ser diferentes, pois na 1ª quem quer cais ( e não foi o caso); mas
na 2ª só cai quem quer.
Já requeremos ao Ministério da
Saúde as actas para exararmos o nosso protesto se as nossas proposta não forem
contempladas. E não se trata de incentivos, apenas; mas de algo bem mais
importante, para justifica-los, que é um critério de separação dos cuidados de
saúde, que executam os Enfermeiros e os tempos que gastam para essa execução,
dando razão de ser ao SAPE, acabando com a mania de despejarem tudo, no SAM,
como se os actos enfermeiros fossem a concretização da voz dos desejos médicos.
E não são nada disso; têm vida e
concepção próprias, logo as contratualizações de ID não são um exclusivo
negocial dos Sindicatos dos Médicos, porque os actos enfermeiros, não lhes
dizem, rigorosamente nenhum respeito; são da competência exclusiva dos
Sindicatos de Enfermeiros.
Não nos opomos a uma negociação,
em mesa comum, pelo contrário; seria a forma democrática e correcta de
respeitarem quem, ainda respeita; seria a metodologia adequada a demonstrar que
os CSP não se esgotam nas consultas médicas,
dando voz simultânea, à razão que assiste aos Enfermeiros, para dizerem basta.
Ou há moralização nisto ou comem todos!
E lá por criarem uns coisos, a que chamam responsáveis e neles delegarem funções,
que não detêm, que à falta de argumentos válidos, recorrem à ameaça de
desemprego, que é “tinha” da época, com que os tinhosos, nos perseguem, criando
revoltados uns, após outros, não é por tudo isso, que vamos deixar de exigir
aquilo que os Enfermeiros merecem como compensação justa do seu trabalho, que
repetimos, vai ser separado do trabalho autónomo dos Médicos.
É preciso aferir ratios, pois sem sabermos as percentagens qualitativas
e quantitativas do que fazem os Médicos e os Enfermeiros, não é possível
calcular quantos faltam e onde. Quando vemos um “coiso
responsável” dizer que tem um Enfermeiro a mais no CS ou Unidade de
Saúde, sorrimos por compaixão de tanta certeza incerta, expressa pelo dito coiso, ao serviço sabe lá ele de quem!
Por isso, sosseguem os
apressados, porque estes CSP, USF e C.ª vão ter de mudar e muito, pois os
Enfermeiros vão descobrindo, onde e como foram enganados.
De então para cá, não temos
perdido a menor oportunidade de melhorar a sua situação.
É esse o objectivo da publicação
que estamos a fazer das Metas SPT 2000, fontes inesgotáveis de inspiração de Enfermeiros,
para os verdadeiros CSP, que estão muito longe de se esgotarem na “Consulta Médica”.
O esquema foi muito bem montado,
mas não é coerente, por isso padece de escassez de sinergismo, que o encaminha
para a incoerência ou incoesão.
Quando os responsáveis desta
incoerência interna dos CSP falam em reestruturação dos mesmos, não sabem o que
estão a dizer, nem a fazer, porque lhes falta conhecimento, para lá das suas
opções; por isso veem tudo pelo mesmo monóculo.
Se ao menos tivessem o cuidado de
se juntar a quem sabe e não a autistas e surdos-mudos dos que julgam que tudo que os
Médicos dizem e fazem é inspirado pelos deuses, por isso não os contradizem nem
acrescentam aquilo que falta no SNS e não está contido nos saberes dos ditos;
que é a parte dos Enfermeiros, que tem levado o Sr. Bastonário dos Médicos a
pensar erradamente, escorregando descontrolado para o mais “impingível”, vendável, que é: eles Os Enfermeiros) o
que querem é ser Médicos, porque, também ele, só vê o que julga, que é a
totalidade dos CSP – “a consulta médica”.
Nesta conjuntura contam com o apoio ignorante dos autarcas, que ajuntaram, como
parceiros de conveniência, para mais facilmente excluírem os Enfermeiros, da
área das tomadas de posição e das decisões adequadas; da administração dos serviços onde são os
maiores produtores.
Mas, como diz o outro: {sossega, jacaré
porque a lagoa vai secar!...}
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