Pode, pode e é bem
feito!
Ninguém mais do que nós, alguns
dos quais assistimos à abertura do Hospital São João deplora o uso que se faz
deste grande Hospital para fins, que estão longe de corresponder aos que
presidiram, à ideia da sua construção, no regime deposto, em 25/04/74.
Sabemos as simpatias, que junto
da opinião pública causam os insultos bacocos aos funcionários do Hospital, que
não precisam de qualquer Conselho de Administração, muito menos do vigente,
para funcionarem e cumprirem os seus deveres. As tiradas aleatórias e
lamentáveis do presidente do conselho, em função, na TVI, em horário de calçar
pantufas e embalar o sono, largamente badaladas, no sino da paróquia, mostraram
como se distanciava do funcionamento real e concreto do Hospital, justamente,
porque devia sentir que não tinha nada a ver com…, para o bem e para o mal,
como se um estranho demiurgo, ordenador infernal estivesse a gerir o CHSJ.
“Há tantas dezenas de cirurgiões que não operam”, como é o caso, não
citado, dos médicos, que viraram gestores, desiludidos, talvez da arte própria,
qual nova vaga de vencidos da vida, e o dito cujo, supra enunciado, até parece
que não pode, não sabe, não quer; quem é responsável por isso, indo, como só a
ele compete, para além da informação genérica dos números, que, até podem não
estar actualizados e não estão, certamente.
Por esses “gestos valentaços”, deferidos
sobre quem não tem direito de resposta, até o palerma que nos servia
umas pizas ligeiras, membro de grupo social em franca expansão e sucesso, batia
palmas ao herói, que tinha tido a coragem de fazer o que ninguém tinha feito:
humilhar quem está, no pleno uso de direitos sociais legais, os quais, goste-se
ou não, são direitos equivalentes aos que o herói usa demagogicamente, para
impressionar papalvos. Esses direitos foram conquistados, em tempo útil, e não
é seja quem e o que for, que até, pode ser consagrado em banda desenhada, nos
escritos do “Marílio”, que vai suprimi-los, por muito que isso incomode os
gestores inorgânicos e desumanizados, que nem os peixes antonianos ouvem.
E lá por poder contar com os
haaaaaaaaaaas dos boca-aberta, que andam por aí, que pode enganar o Povo;
E lá por atear fogos de palha,
que se extinguem com a mesma rapidez e facilidade com que se ateiam, não vai
ser por aí, que entra no mundo real e concreto.
É esse que faz funcionar o
Hospital, sejam quem forem os babosos a cuspir baboseiras, qual polpa de cacto
aloé vera, mal acondicionada.
É nesse mundo real, que se faz
justiça, que o HSJ paga com língua de palmo, em custas e advogados derrotados.
Mas também é nesse mundo, que o CHSJ resiste, como Entidade Única e Modelar.
Assim, mais um arquivamento de
processo intentado contra José Correia Azevedo, que foi Director Enfermeiro do
HSJ, além de Enfermeiro Chefe, durante 10 anos, no Serviço de Urgência, que se
caracteriza por não vergar a cerviz, cuja característica os ciclistas
imperantes ajudam a fazer apagar, sem sucesso, note-se.
Mas há, nos Tribunais, quem
reconheça, como normal, essa qualidade e o direito à liberdade de expressão, que é igual ao direito dos visados, em
acções sindicais, se sentirem mal, quando lhes são apontados erros, como os que
têm sido praticados, contra o Sindicato dos Enfermeiros, com calotes, que não
paga e perseguições ferozes, aos seus dirigentes.
Vem tudo isto a propósito:
O Tribunal de Instrução Criminal do
Porto mandou arquivar a queixa contra José
Correia Azevedo, nestes termos;
«O douto despacho de arquivamento fundamenta-se no facto de o conteúdo
das missivas (comunicados), não ser
susceptível de censura penal, ou seja, as expressões ali contidas e que visam o
Assistente, não preenchem os elementos constitutivos (objectivos e subjectivo)
do crime p. e p. pelo artigo 187º do Código Penal……
….. Conforme se extrai do douto despacho de arquivamento, o Ilustre
Titular do inquérito entendeu que não, concretamente, que as “expressões”
utilizadas apresentam-se com carácter generalizado, descarregadas de qualquer
tipicidade. Corroboramos tal entendimento. De facto, e, para além de não ter
apurada a não verdade das informações utilizadas pelo arguido e que possam
entender-se como visando o Assistente, capazes de ofenderem a sua credibilidade
ou prestígio, ou mesmo a confiança que lhe é depositada, em geral, enquanto
Entidade Hospitalar de Serviço Público, nos moldes em que o referido preceito
legal, as contempla.
Nesta conformidade e, reiterando-se na íntegra, as doutas considerações
e conclusões aduzidas e contidas no douto despacho de arquivamento de fls. 98 e
ss., que aqui se dão por inteiramente reproduzidas, para todos os efeitos
legais, o Tribunal está convicto de que, uma vez o arguido, submetido a
julgamento, pelas razões expostas, lhe não seria aplicada qualquer pena ou
medida de segurança, razão pela qual, ao abrigo do preceituado no art.º 308º do
Código do Processo Penal o arguido José
Correia Azevedo, devidamente identificado a fls. 71 e, por conseguinte,
determinar o arquivamento dos autos. Custas a cargo do Assistente, fixando-se a
taxa de justiça em 2 UC’s, levando-se em conta o já pago».
Por isso, a nossa mudança de
estratégia não se deve ao facto de termos qualquer receio das ameaças e queixas
para o Tribunal levadas a cabo pelo CA do CHSJ, mas porque, a maneira como está
a tratar os Enfermeiros é tão má, que arrasta, nesse tratamento impróprio, tudo
o que diga bem e/ou mal do dito CA, por um lado e exponha a verdade, por outro.
A nossa experiência é comum à dos
que defendem que “mesmo a dizer a verdade dos que praticam maus actos, se lhes está a
fazer publicidade, que de todo em todo, não merecem, mas que promove”. Há, sempre, quem, por instinto, apoie os
maus, não obstante as práticas facínoras.
Estejam confiantes os Enfermeiros
do CHSJ, de que os princípios: {….Não
são as ondas alterosas, que destroem os diques de defesa do mar, na Holanda;
quem os destrói é a ferrugem, que lenta, mas progressivamente, vai roendo o
ferro}, estão activados, ou por outras palavras: “nem sempre as mesmas ou
diferentes mentiras colhem a simpatia dos mesmos ingénuos instintivos, porque
os alcatruzes do engenho, nunca estão todos, em cima, nem todos, em baixo, ao
mesmo tempo”.
Além disso, segundo as últimas
informações da microbiologia, o bicho que os há-de roer, já lhes entrou na
derme.
Lá diz o Zé: [A
canalha não atira pedras às árvores sem fruta!]
O Arguido,
em trânsit
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